sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Aborto: Há 100 milhões de meninas e mulheres a menos no mundo

Joseph Meaney

19 de março de 2010 (Notícias Pró-Família) — Notícia fantástica! A grande imprensa e até a ONU “descobriram” a crise do “desaparecimento de meninas” num período de 30 anos. O jornal The Economist (em recente edição intitulada “Gendercide” [generocídio]) e o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PDNU) divulgaram a “notícia” de que mais de 100 milhões de meninas e mulheres que deveriam estar vivas não estão.

Os culpados são os pais que querem ter filhos somente do sexo masculino e usam sonogramas para identificar o sexo de seu bebê no útero. O resultado final é milhões de abortos de seleção sexual de indesejadas meninas a cada ano.

Há algum tempo os líderes pró-vida vêm denunciando essa “matança de Eva” nos termos mais fortes. É sem dúvida alguma a maior campanha de discriminação assassina contra as mulheres na História. Incrivelmente, com poucas exceções, o problema do aborto de seleção sexual está continuamente piorando na Ásia e no mundo inteiro!

O que é chocante é que a solução que o The Economist recomendou é mais feminismo: mais propaganda dos mesmos indivíduos que trouxeram a legalização do aborto, mas desta vez dirigida para de certo modo melhorar a imagem pública das mulheres e filhas. Basicamente, eles estão dizendo que são necessárias campanhas em massa para ressaltar as contribuições positivas das mulheres na sociedade.

É claro que qualquer sociedade que não valoriza meninas ou mulheres em geral, tanto quanto homens, está em necessidade séria de uma mudança de coração no assunto. Contudo, será que alguém consegue com seriedade aceitar a idéia de que aqueles que alardeiam o aborto como direito supremo das mulheres são os melhores para nos conduzir para a recuperação de um sentido da dignidade do que é ser mulher?

The Economist aponta de modo favorável para a modernização e sociedades que têm aborto legal, mas nenhuma crise de aborto de seleção sexual. Pondo de lado o fato de que eles reconhecem que os chineses e os nipo-americanos estão recorrendo a abortos de seleção sexual, essas mesmas sociedades “progressistas” adotaram muitas outras agressões à dignidade feminina: pornografia, contracepção, “educação sexual” que mostra a pessoa humana como objeto, e assim por diante.

Se eles estão propondo seriamente que a solução para a eliminação das mulheres nos países em desenvolvimento é uma aceitação mais completa da própria ideologia que vem de forma tão patente prejudicando as mulheres e os homens, então precisamos apontar para a estupidez dessa perspectiva tantas vezes quantas forem necessárias até eles se darem conta.

As feministas radicais de boa vontade sacrificam a saúde e vidas das mães no altar do aborto legal. É só mais um passo para elas permanecerem em silêncio enquanto meninas em gestação são assassinadas pelo “crime” de ser mulher. Como bem dá para entender, algumas feministas pró-aborto estão incomodadas com isso, mas estão presas em sua ideologia sinistra que afirma que ninguém pode dizer a ninguém mais que sua “escolha” de abortar é errada.

Um momento decisivo em minha educação pró-vida com relação às tão chamadas organizações de “direitos das mulheres” ocorreu quando estive num encontro de março de 2007 bem nas entranhas da sede da ONU em Nova Iorque. O governo da Coreia do Sul havia proposto que a total assembleia da Comissão da ONU sobre a Condição das Mulheres adotasse uma resolução condenando o aborto de seleção sexual. A vasta maioria das delegações internacionais foi inicialmente a favor dessa proposta. Mas então as feministas desencadearam sua fúria.

Aquelas que se proclamam como “defensoras das mulheres” fizeram pressões pesadas e conseguiram que a União Europeia e outras nações abandonassem as meninas em gestação para seu destino de destruição, acabando com a resolução da ONU que, em grande parte, era simbólica. A lógica delas era essencialmente esta: Se aceitarmos que alguns abortos têm de ser impedidos, então todos os abortos estarão em perigo, e nossa meta é espalhar, não limitar, o aborto.

O modo de acabar com o aborto de seleção sexual é convencer o mundo acerca da verdade sobre a pessoa humana. Todas as crianças são criadas iguais na própria imagem de Deus, e como tais têm profunda dignidade e um direito à vida, independente do que médicos, pais, sociedade ou o Estado “escolham”. Nenhuma campanha em massa de promoção da ideologia feminista poderá se comparar com esse padrão da Lei Natural no que se refere a proteger a vida das meninas em gestação.

Deve-se desmascarar nos termos mais fortes a mentira de que essas feministas hipócritas estão defendendo as mulheres ou meninas. Elas estão defendendo o aborto, ponto final. Elas não são parte da solução — elas são parte do problema — e a vida de milhões de meninas (e meninos) está sendo destruída todos os anos por causa delas.

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