quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Notícia de última hora: Pode-se matar o bebé porque ele não sente dor

Pelos vistos os cientistas Britânicos agora tem mais tempo livre.
Relatório britânico pedido pela Câmara dos Comuns põe em causa argumento da dor para reduzir o prazo em que se pode interromper gravidez por malformações.
Portanto, foi um relatório encomendado com o propósito de refutar uma questão ideologicamente sensível, e não algo que os "cientistas" descobriram no normal curso do seu trabalho.

Vejam a forma como começa esta notícia "científico":

Tudo indica que os fetos humanos reagem a agressões mas não sentem dor pelo menos até às 24 semanas de gestação.
O quê?! "Tudo indica" e não "está confirmado"? Porque não a última e não a primeira? Porque não usar a expressão "Provou-se em laboratório"?

Sempre que nós estivermos da presença de frases como "tudo indica", podemos ter a certeza que o seu verdadeiro significado é "temos algumas evidências mas não estamos dispostos a colocar a nossa reputação em risco".

A conclusão é publicada num relatório do Real Colégio de Obstetrícia e Ginecologia britânico, feito a partir da análise dos estudos científicos e médicos mais relevantes sobre este assunto que foram publicados desde 1997.
"Estudos científicos" e "médicos mais relevantes". Depois disso, como não acreditar nas suas conclusões? Afinal, nós todos sabemos que, em Medicina, o consenso tem sempre razão.
É notório que as ligações [nervosas] entre a periferia e o córtex não estão intactas antes das 24 semanas de gestação.
Várias coisas não foram ditas:
  • Elas precisam de estar "intactas" (seja lá o que isso for no seu entendimento) para se sentir dor?
  • Neste estado de desenvolvimento, há outras formas de sentir a dor, sem ser essa?
  • Se por acaso o bebé sentisse dor por outras vias, há alguma forma de se saber?
  • Se amanhã se descobrir que o bebé sente dor antes das 24 semanas, o que dizer das pessoas que usarem este argumento para matar seres humanos?

Infelizmente, os "cientistas e médicos" não disseram.

Como a maioria dos neurocientistas acreditam que o córtex é necessário para perceber a dor, pode-se concluir que o feto não consegue experimentar a dor antes deste período”, diz o relatório.
Então a conclusão de que o bebé não sente dor não é uma ramificação das evidências mas sim um efeito do que os neurocientistas ACREDITAM ser necessário para se sentir a dor. Portanto, essa CRENÇA dos neurocientistas está a ser usada como base (ou suporte) para se tirar a vida a outro ser humano.

O aborcionista pode responder e dizer:

  • "ah e tal, mas essa crença deve ser baseado em alguma coisa científica!"
Pode, como também pode ser o resultado de algo pessoal, não confirmável com experiências médicas. Nem tudo o que os cientistas acreditam é baseado na ciência (veja-se a crença na teoria da evolução). Será lógico usar-se este argumento para a matança de seres humanos quando nem os "cientistas e médicos" estão certos do que a notícia alega?

Conclusão:

Notícias como esta significam uma coisa importante: Significam que os argumentos contra o aborto estão a ganhar peso dentro das comunidades. Se uma entidade próxima do estado usa a CRENÇA de cientistas para avançar com a sua agenda genocida, isso quer dizer que os tradicionais argumentos do lobby pró-matança não estão a funcionar.

Além disso, este tipo de lógica é ridícula. O facto do bebé não sentir dor (segundo a crença de alguns neurocientistas) não serve de suporte para o assassínio. Há pacientes em estado vegetativo que podem não sentir a dor. Será isto evidência de que se pode tirar a sua vida?

Não sentir dor não suporta o movimento aborcionista, mas não esperem que eles reconheçam o erro.

1 comentário:

  1. Devem ser os mesmos cientistas que em 13 de Novembro de 2006 deram origem a esta noticia de barbárie.

    Zenit

    Abraço

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Se vai comentar para defender a legalização do aborto veja primeiro este video. Caso mantenha a decisão de comentar para apoiar a legalização da matança dos fracos e inocentes, escusa de perder tempo. O seu comentário não será publicado.

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