terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mulher tenta enganar amante do marido a tomar droga abortiva


Kisha Jones, de 40 anos, declarou-se como culpada da acusação de ter tentado abortar o filho da amante do seu marido.

Ela agora pode ser condenada a 4 anos de prisão.

A srª Jones telefonou à Monique Hunter, fingindo ser funcionária clínica, e disse que ela precisava de tomar uma droga chamada Cytocec.

Jones então falsificou uma receita e enviou-a à farmácia local (ao cuidado de Monique Hunter).

A srª Hunter tomou a droga, o que induziu-a a entrar em trabalho de parto prematuro mas não matou o bebé.

Mais tarde ela deu à luz um bebé saudável.

-Fonte-


domingo, 28 de agosto de 2011

Linda Gibbons, Prisioneira Política

Linda Gibbons já esteve 7 anos, não consecutivos, na prisão.Crime: rezar em frente a clínicas de aborto.


[ FONTE ]

Tradução a partir do site LifeSiteNews;

Linda Gibbons, avó de quatro netos, tem sido feita prisioneira política do governo canadiano ao longo dos anos.

O seu crime?

Oferece ajuda a mulheres, às portas das clínicas de aborto em Toronto. Pacífica e cordialmente tenta aconselhar grávidas angustiadas, oferecendo-lhes uma última oportunidade de se pouparem à dor de um aborto e de salvarem a vida dos seus bebés. Linda defende que a ordem judicial de proibição do aconselhamento em redor das clínicas de aborto é injusta, e portanto moralmente inválida. Ela acredita ser seu dever "salvar aqueles que são levados para a matança."

Solidária com as crianças no útero que não podem falar para se defender a si mesmas, Linda não se defende a si própria e permanece em completo silêncio quando é levada a tribunal. Ela também jejua e reza por vários dias antes de qualquer julgamento. Linda tem sido mudada frequentemente de uma prisão para outra. 




____________________________


Lembro que em Portugal também temos pessoas que sugerem medidas policiais contra aqueles que rezam e abordam grávidas em frente a uma clínica da morte, em Lisboa.

Como refere a primeira fonte citada, com o pretexto de se acabar com a humilhação das mulheres sujeitas a julgamentos supostamente injustos ( por matarem os seus filhos); legaliza-se o aborto e perseguem-se mulheres indefesas que se atrevam a rezar ou aconselhar mães a não matar as suas crianças.


A abortofilia, no seu esplendor:

... condenem à prisão as mulheres contra o aborto!






É injusto julgar e prender mulheres por crime de aborto...



sábado, 27 de agosto de 2011

Rússia: as consequências da cultura da morte

A crise demográfica do país conhecido (hoje, ironicamente) como "Mãe Rússia" raramente tem sido motivo de discussão no mundo anglófono. Recentemente, no entanto, a Population Research Institute (PRI) não só viajou até à Rússia como forma de remediar essa situação como publicou um vídeo-documentário da sua viagem à este país.

No seio das ruínas do império que classificou a família natural como uma instituição burguesa, o povo russo observa o declínio populacional à medida que a população mais jovem está a ser eliminada ao ritmo de 7 abortos por mulher (!!).

Nos últimos 20 anos estima-se que 80 milhões de crianças russas foram abortadas. Alexey Komov, presidente do "Moscow Demographic Summit" afirma:

A Rússia enfrenta um problema demográfico sério. Estamos a perder quase 3/4 dum milhão de pessoas todos os anos.
Actualmente, a taxa de natalidade da Rússia é de 1,2 por mulher, enquanto que a taxa de substituição que qualquer população deve ter ser de 2,1. Números semelhantes encontram-se na China, no Japão e nos países da Europa Oriental.

Em 2003 o então presidente Vladimir Putin instituiu o bónus de $9,000 por bebé como forma de salvar o país do colapso económico. No entanto, os peritos afirmam que, embora a medida tenha ajudado, a História mostra que, mal o processo tenha iniciado, só uma profunda renovação cultural pode ajudar o país evitar o desastre demográfico.

Phillip Longman, pesquisador da "New America Foundation" afirma:

Em última análise é a fé e espiritualidade que determinam quantas crianças as pessoas decidem ter. . . . Isto não é algo que o governo possa fazer. Isto é algo que a sociedade tem que levar a cabo.
O documento do PRI explana vários projectos determinados a ajudar a renovação tais como uma rede federal de médicos clínicos que não executam abortos.

-Fonte-


Impressionante como as pessoas têm a solução bem à sua frente mas recusam-se a segui-la por motivos ideológicos.

É por demais óbvio que se a Rússia precisa de aumentar a taxa de natalidade, a primeira coisa a fazer é........ impedir prácticas que diminuam as taxas de natalidade. Mas é preciso ser-se um génio para se vêr isto?

Claro que o aborto deve ser proibido - mas não por motivos económicos e demográficos mas sim porque está moralmente errado um ser humano decidir sobre a vida de outro ser humano inocente.

O que está a acontecer na ex-"Mãe" Rússia vai acontecer em todos os países que legalizaram a matança de bebés. Esta práctica é o pináculo da cultura da morte, e como tal, é mesmo a morte que vão ter.


Mas o que pecar contra Mim violentará a sua própria alma: todos os que Me aborrecerem amam a morte. - Provérbios 8:36

O sr Phil Longman está 100% correcto ao afirmar que só uma renovação espiritual pode salvar a Rússia. Se os russos querem reverter a cultura de morte que dominou sobre eles durante grande parte do século 20, e domina hoje em dia, eles têm que voltar a adoptar ideologias em favor da vida.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Em Defesa do Partido Portugal Pró-Vida

Nota Prévia:   "Aborto em Portugal, Blogue contra a Legalização da Matança", não tem qualquer relação  nem fala em nome do PPV. O autor do texto que se segue, é um mero votante e simpatizante anónimo desse partido.


Acusação: « Sou cristão, pela vida e contra o aborto, mas votar  num partido como o Portugal Pró-Vida não faz sentido porque este é monotemático, não chega a um vasto eleitorado,  nem tem hipóteses de chegar a cargos de decisão. »

Resposta: A acusação é injusta porque a defesa da vida de bebés no útero materno é a causa mais nobre e prioritária quando se vive num país onde os matam aos milhares. Todos os principais partidos políticos  se dizem defensores e interessados numa vida melhor para os portugueses, quando todos eles toleram, acham discutível e/ou apoiam uma lei que mata milhares de portugueses por ano. Os mais fracos e indefesos. Bebés com dois meses e meio, quatro meses, seis meses ou até nove meses de gestação.

Se a vida é o maior bem, e se poucos a defendem, não devemos hesitar em apoiar o único partido que inclui nos seus princípios a inviolabilidade da vida humana desde a concepção até á morte natural.

Como posso acreditar na importância que qualquer um dos actuais partidos representados na assembleia supostamente dá  às minhas condições de trabalho, saúde, qualidade de vida, etc,  se todos esses partidos toleram e promovem o homicídio de pessoas mais fracas do que eu ?

O meu apoio ao PPV existe mas não é incondicional. Se o PPV algum dia falhar na sua promessa de defender a vida, perderá o meu voto. Devem ser os políticos a temer desagradar ao eleitorado  e a saber de antemão que esse eleitorado não abdica dos seus princípios e "castiga" os políticos que pisam a linha. Não deve ser o eleitorado a confiar ingénua e cegamente nos políticos.

A luta contra o aborto depende de um movimento popular indisponível para votar em partidos com deputados pró-aborto.  Uma organização verdadeiramente contra o aborto nunca daria um único cargo público e de poder, mais grave ainda quando tem poucos para assumir, a quem concorda com a legalização do aborto. E ainda assim, acreditam alguns que  um partido como o CDS tomará uma posição coerente com aquilo que diz defender, depois de, e se, conquistar mais poder (!). Mas porque haveria o CDS de respeitar quem lhe passou um cheque em branco, quando já for ( cada vez mais) poderoso?

Antes de se criticar o PPV por ser monotemático, devemos perguntar se o tema em causa é ou não fundamental. Não é sério menosprezar um movimento que luta pelo  direito à vida, num contexto em que o direito à vida é violado todos os dias sob protecção legal.

O direito à vida tem de ser um ponto de partida inquestionável, sem o qual nenhum outro direito pode, em coerência, ser reconhecido ou sequer debatido.

Após a legalização da matança dos mais fracos, temos uma reacção em cadeia que não sabemos onde ou como irá parar. Hoje matam-se os bebés no útero, amanhã bebés recém-nascidos, depois serão os doentes e os velhos...

Ainda que um partido seja criado com o único propósito de acabar com a legalização do aborto em Portugal, e não me parece ser esse o caso do PPV ( será o principal mas não o único), esse partido merece ser apoiado. Não é menor nem acessário o objectivo de salvar vidas. Há uma diferença entre querer ter o poder de fazer algo específico, e querer o poder para ser, simplesmente, poderoso. Sem políticos assumidamente pró-vida, as leis abortófilas jamais poderão ser alteradas.

O PPV tem razão. Ser ou não ser, é mesmo a questão.


Um partido que pretende sobretudo acabar com a morte de seres humanos; é demasiado monotemático para o teu gosto?

domingo, 21 de agosto de 2011

Inglaterra: Por cada bebé adoptado, mais de 2,000 são abortados

Segundo dados recolhidos por um activista pró-vida, milhares de bebés são mortos por cada bebé que é adoptado. Dr Peter Saunders, escrevendo no seu blog, avisa que 203,444 abortos foram levados a cabo em durante o ano de 2009. No entanto, por contraste, só 91 bebés com menos de 1 ano foram adoptados durante o mesmo ano.

Estes números significam que por cada bebé adoptado durante o ano de 2009, 2,235 bebés foram mortos através do aborto - número sete vezes pior que os registos americanos.

Os comentários podem reacender as preocupações em torno das taxas de aborto do país e aumentar os apelos em favor das adopções.

Durante o mês passado, o novo responsável pele pasta da adopção disse que as mulheres com gravidez indesejada deveriam receber a opção de oferecer a criança para adopção ao mesmo tempo que se fala da opção dum aborto.

No início deste ano as estatísticas revelaram que o número de abortos em Inglaterra e no País de Gales aumentou em cerca de 8% durante a década passada (obrigado, feministas assassinas!)

Os números do Departamento de Saúde revelaram também que o número de bebés mortos devido a uma "deficiência" aumentou em cerca de 10% em um ano apenas.

Durante o ano passado 189,574 matanças de bebés foram levadas a cabo em mulheres a viver em Inglaterra e no País de Gales. No ano de 2000 175,542 abortos foram registados - mais 14,000 a menos.

-Fonte-

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Aborto: humanidade humanicida

De acordo com os cálculos dos peritos, durante o ano de 1970 provocaram-se em todo o mundo mais de cinquenta milhões de abortos. Supondo que esse índice tivesse permanecido igual (embora os últimos dados demonstrem um aumento), e computando apenas os cinco anos seguintes, provocaram-se, portanto, de 70 a 75, duzentos e cinquenta milhões de abortos.

Comparados com esta humanidade desaparecida em silêncio, o genocídio dos judeus durante a última guerra mundial, que parece ter estado à volta dos seis milhões de mortos, e a própria cifra total de mortos nessa mesma guerra, que chegou aproximadamente a cinquenta e cinco milhões, revelam uma diferença gritante.

E se agora – supondo que o índice de abortos de 1970 simplesmente se tenha mantido igual – computarmos a cifra global dos abortos provocados até o ano de 1980, o resultado é que numa só década, na qual vivemos como protagonistas, foram suprimidos mais seres humanos do que provavelmente em todas as guerras de que a humanidade tem notícia histórica.

Limitar-me-ei a formular quatro perguntas:

a) Se temos a experiência de que, do último grande conflito mundial e do genocídio judeu, acabaram por resultar tantas e tão importantes consequências, e dada a proporção que existe entre a importância de um facto e a dos seus efeitos, quais hão-de ser as consequências que recairão sobre uma humanidade que, se se consideram as cifras de abortos mencionados, só se pode definir como humanicida?

b) Será que a vida de quinhentos milhões de seres humanos, perfeitamente concretos e irrepetíveis, é algo de tão trivial e inútil que essa humanidade humanicida possa dormir tranquilamente, visto ter assegurado a sua impunidade histórica (sem mencionarmos a sua responsabilidade transcendente)?

c) E se, com efeito, a vida de tantos seres humanos (ou apenas a de um deles) é uma trivialidade, um sopro sem nome e sem destino, cuja supressão esvazia de sentido termos tais como “responsabilidade” ou “impunidade histórica”, que tipo de esperança tão radicalmente ilusória e infundada estamos então acalentando numa futura humanidade “mais humana”?

Como pudemos chegar a pensar que “futuro” e “esperança” eram palavras cheias de significado para os homens? Que estúpida ilusão mantemos ao sustentar a nossa crença na importância de todos os homens e no alto valor da sua dignidade “inviolável”?

d) Mas se é verdade que a vida de todo o ser humano, longe de ser trivial, é algo sempre importante, precioso, irrepetível, intocável, que destino histórico pavoroso está justamente reservado a esta humanidade humanicida! Que espécie de garra está atenazando a nossa garganta para que não grite, cada dia mais alto, contra este enorme e silencioso humanicídio?

Fonte: ABORTO E SOCIEDADE PERMISSIVA, de Pedro-Juan Viladrich, Quadrante, Sociedade de Publicações Culturais

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Concepção e humanidade: a verdade científica

-Fonte-

«A seguir à união sexual dos dois progenitores do novo indivíduo, decorrem cerca de 6 horas até ao encontro da célula masculina (espermatozóide) com a célula feminina (óvulo).

Estas células, chamadas germinais, são muito especiais e têm, cada uma, só 23 cromossomas no seu núcleo. Assim, cada célula germinal é viva mas incapaz, sozinha, de evoluir para um novo ser (a).

Porém, cerca de 20 horas depois da união dos progenitores, acontece um facto maravilhoso: os núcleos das células germinais fundem-se num novo núcleo de 46 cromossomas iniciando um ser humano original, distinto do pai e da mãe pois todas as informações genéticas (genoma) desse novo conjunto de cromossomas são só dele.

É o momento da fecundação ou concepção.


Excerto de um estudo compilado por Eduardo Torcato David (vd. texto integral aqui)

sábado, 13 de agosto de 2011

Grupo das Nações Unidas quer tornar o aborto um "direito humano" para crianças a partir dos 10 anos de idade

Ficamos a saber a partir da CNSNews.com que a Y-PEER, uma iniciativa juvenil pertencente à "United Nations Population Fund (UNFPA)" apelou para que o aborto e a contracepção se tornem num "direito humano internacional" para crianças com idades que podem chegar aos 10 anos.

O mesmo grupo (afiliado à ONU) emitiu um comunicado em favor do que os analistas da ONU qualificam como um apelo à descriminalização da prostituição e do uso de drogas. Para além disso, essa organização espera que haja confidencialidade nos "serviços de saúde" (aborto) fornecido aos jovens.

O documento "Joint Youth Statement on the Sexual and Reproductive Health and Rights of Young People” foi anunciando em preparação para a conferência de jovens das Nações Unidas.

O documento declara:

De modo a reconhecer na plenitude os direitos sexuais e reprodutivos dos jovens, especialmente o direito à escolha [de matar o bebé que se encontra o útero materno], temos que atingir o acesso universal a serviços médicos sexuais e reprodutivos seguros e amigos dos jovens.
As palavras "serviços médicos reprodutivos" significa aborto, algo que o documento mais à frente demonstra.

Lembrem-se deste tipo de "projectos" da próxima vez que algum esquerdista cantar louvores à ONU.

Para estes assassinos, disponibilizar serviços e recursos para matar bebés é um "serviço médico" e um "direito humano". A tragédia disto é que o maior e genuíno direito humano que nós podemos ter , isto é, o direito à vida, é ignorado por estes senhores.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Bebé diverti-se na barriga da mãe

Se não é um ser humano, então o que é? Se é um ser humano, será moralmente aceitável um ser humano decidir que outro ser humano inocente deve ser morto?

E sim, o aborto é uma questão moral, e não uma questão de "saúde pública" como dizem alguns assassinos aborcionistas.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Aborto e problemas crónicos de relacionamento


Mulheres que se submeteram a um aborto demonstram maior propensão para relacionamentos mais curtos e para o divórcio (1). Este facto pode dever-se a baixa auto-estima, menor confiança nos homens, disfunções sexuais, abuso de drogas ou álcool, incidência elevada de depressões, ansiedade, e temperamento instável.

Mulheres que se submeteram a mais de um aborto (cerca de 45% nos EUA- Facts in Brief: Induced Abortion. The Alan Guttmacher Institute, 1996.) têm maior probabilidade de se tornarem mães solteiras e de necessitar de assistência social.

Um estudo francês realizado em 1996 entre mulheres que se submeteram a mais de um aborto revelou que este grupo tinha sido caracterizado por parceiros instáveis e por um sentimento de ambivalência entre o desejo de engravidar e o não querer ter filhos (2).

Os autores deste estudo concluíram que existe uma precariedade psico-social real entre a população estudada e que esta tinha bom conhecimento dos métodos contraceptivos.

O aborto induzido parece deteriorar de um modo geral o relacionamento homem/mulher. Relacionamentos conflituosos, causais ou sem compromisso são particularmente susceptíveis de quebrar após um aborto. Em casos que os casais não se separam são geralmente referidos problemas de comunicação, disfunções sexuais e isolamento. (3)

1. Shepard, M.J. and Bracken, M.B. (1979). Contraceptive Practice and Repeat Induced-Abortion – Epidemiological Investigation. Journal of Biosocial Science 11(3):289-302.; Henshaw, S.K. and Silverman, J. (1988). The Characteristics and Prior Contraceptive Use of United-States Abortion Patients. Family Planning Perspectives 20(4):158-&.; Belsey, E.M., Greer, H.S., Lal, S., Lewis, S.C. and Beard, R.W. (1977). Predictive Factors in Emotional Response to Abortion – Kings Termination Study .4. Social Science & Medicine 11(2):71-82.; Freeman, E.W., Rickels, K., Huggins, G.R., Garcia, C.R. and Polin, J. (1980). Emotional Distress Patterns among Women Having 1st or Repeat Abortions. Obstetrics and Gynecology 55(5):630-642.; Berger, C., Gold, D., Andres, D., Gillett, P. and Kinch, R. (1984). Repeat Abortion – Is It a Problem. Family Planning Perspectives 16(2):70-75.

2. Douvier, S., Lordier, C., Rousseau, T. and Reynaud, I. (2001). Interruption volontaire de grossesse : étude comparative entre 1982 et 1996 sur le principal centre de côte d’or. Analyse des femmes ayant des IVG itératives. Gynecol. Obstet. Fertil. 29(3):200-210.

3. Strahan, T.W. (1993). Major Articles and Books Concerning the Detrimental Effects of Abortion. The Rutherford Institute, Charlottesville, VA.

(Agradecemos a M. D. Mateus a autorização para publicar na Aldeia este seu trabalho)

Fonte

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

"Eu tinha apenas 17 anos"


Os 27 anos de Alicia e a sua jovialidade escondem um sofrimento atroz. Aos 17 anos, fez um aborto, coagida e intimidada pelo companheiro. Reconhece agora que se deixou levar por ele em tudo, e arrepende-se profundamente de ter perdido voluntariamente um filho.

Naquela altura, eu tinha apenas 17 anos. O meu companheiro tinha mais alguns, várias relações anteriores e um filho pequeno que mimava em tudo. Reconheço que, para aquela criança, o Carlos era um bom pai. Eu estava verdadeiramente apaixonada e nunca tinha estado com outra pessoa.

Para ele, a relação não era clara e decidimos viver juntos para solucionar isso, mas não serviu de nada. O Carlos só me usava para fazer amor e eu era incapaz de me aperceber disso. Fazia tudo o que ele me pedia. Qualquer que fosse a hora a que ligasse, eu ia sempre. E, numa dessas noites, fiquei grávida. A sua reacção foi instantânea:

Acaba com isso, tu não vais ser capaz de criá-lo.
Ele tinha um bom emprego, um bom ordenado e uma vivenda acabada de estrear. E eu não tinha nada.
Se o tiveres, tiro-to.
Imagino que foi por ver a minha cara de medo que tentou adocicar com carícias o que dissera. Explicou-me ternamente que eu era demasiado jovem para ser mãe, e eu acreditei nele. Além disso, ofereceu-se para pagar e resolver tudo.

Fizeram-me o aborto numa clínica privada. Era tudo muito frio, incluindo as pessoas que me atenderam. Fizeram-me uma ecografia que não me deixaram ver.
- É uma gestação de três meses. É preciso fazê-lo depressa, porque depois será mais caro… – diziam.

Repetiram muitas vezes a palavra “rápido” E assim foi tudo. Senti que se me descolava o estômago.
- Sabemos que isto é o melhor, a única coisa que podes fazer… -tranquilizavam-me.

Lembro-me de tudo porque a anestesia foi local. Assim, era mais barato. Não sei se durou muito ou pouco tempo. Sei que no fim assinei um papel em que declarava que saía da clínica pelo meu próprio pé e sem sangrar. Mas não era verdade: o penso que me deram ia ensopado em sangue quando chamaram um táxi para me levar de regresso a casa. Não me lembro de mais nada. Ou talvez não queira lembrar-me…

Embora as más sensações não tenham desaparecido, parece-me tudo muito distante. Tudo mudou, desde então. Hoje sou mãe de uma menina, tenho outro companheiro e sou feliz. Não guardo rancor ao Carlos, continuo inclusivamente a considerá-lo meu amigo. Mas o que sei é que nunca mais me entregarei a um homem daquela maneira.

Nunca tinha falado do meu aborto e alegra-me que possa ser útil a alguém. Só espero que mais ninguém passe pela mesma dor sem sentido por que eu passei. O aborto é uma coisa muito má para qualquer mulher e a minha experiência é totalmente negativa, tal como a de muitas mulheres que sofrem discriminação de género por esta via.

O aborto é uma forma de instrumentalização da mulher: usam-nos a nós e aos nossos filhos. Não há direito que os pais se descartem assim do fruto da sua concepção. Não há direito ao aborto.

(In “Eu abortei – Testemunhos de abortos provocados”, de Sara Martín Garcia, Editora Principia)
Nota da autora: A minha participação neste livro consistiu em compilar e ordenar estes testemunhos, dando-lhes a forma de histórias e uma unidade. Todos eles são reais, embora, na maioria dos casos, os nomes utilizados sejam fictícios, para proteger a privacidade dos autores.

Fonte

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"Matei o meu filho"

O testemunho de Maria chega-nos através de uma carta ao director de La Razón, o jornal que a publicou em Janeiro de 2001. Em dois parágrafos apenas, esta mulher de 31 anos conta-nos o que sofre agora depois do aborto e como pede perdão ao seu próprio filho.

Tenho 31 anos e matei deliberadamente o meu filho. Quando soube que estava grávida, não contei a ninguém. As minhas perguntas eram: o que é que eu vou fazer? Que hei-de fazer com o meu filho? Absurda, egoísta, calculista e fria como uma pedra. Só me queria livrar daquilo que me perturbava e fui à clínica.

Santo Deus! Como fui estúpida! Agora penso no meu bebé a cada instante, penso que sou egoísta, fria, criminosa… De certeza que poderia ser bem-sucedida, como tantas mulheres. Quem me irá perdoar isto? O meu bebé já não está cá, e eu estou vazia, completamente vazia.

Quero que Deus me perdoe, mas penso que o que fiz foi tão cruel que nem sequer Deus me pode perdoar.

Nem o meu bebé, que não teve a oportunidade de ver o Sol, ou o mar, nem de respirar… Nada. Fui eu o seu juiz e condenei-o à morte só pelo facto de existir, de estar dentro de mim.

O meu bebé, por quem choro agora… Espero, meu filho, que algum dia me possas perdoar. Eu nunca hei-de perdoar a mim mesma enquanto viver.

Madrid La Razón, 10 de Janeiro de 2001

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