sábado, 19 de março de 2011

E no caso de violação?

O que significa realmente a excepção no caso de violação. (Fonte)

Já todos ouvimos alguém dizer:

"Sou pela vida, bem, excepto nos casos de violação..." ou

"Sou pela escolha, sobretudo nos casos de violação!"

Alguma vez pensaste como é insultuoso dizer a alguém " Eu acho que a tua mãe devia ter-te abortado." ? É o mesmo que dizer, "Por mim, agora estarias morto."

É esta a realidade com a qual eu vivo sempre que alguém diz que é pró-vida "excepto nos casos de violação" porque eu teria inevitavelmente sido abortada se fosse isso fosse legal no Michigan quando eu era uma criança por nascer. Isto magoa-me, asseguro-vos.

Sei que a maioria das pessoas não encara o problema como se envolvesse uma pessoa - para elas o aborto é só um conceito - com um pequeno chavão elas varrem o problema para debaixo do tapete e esquecem-no. Eu espero, enquanto concebida numa violação, conseguir colocar um rosto, uma voz e uma história nesta questão.

Alguns perguntam-me: "Então significa que és pró-violação?".

Apesar do ridículo eu respondo pois percebo que não estejam a pensar realmente no problema. Existe uma enorme diferença: eu já existia e a minha vida teria sido terminada, eu teria sido assassinada através de um brutal aborto. Só podes ser morto e a tua vida desvalorizada uma vez que existas. Ser grata pela minha vida ter sido protegida de forma alguma me torna uma "pró-violação".

Sou grata aos meus heróis pró-vida a 100% !

Rebecca Kiessling, activista internacional pró-vida, advogada.




A história de Rebecca Kiessling. Versão Resumida

Eu fui adoptada quase à nascença. Aos 18 anos descobri que fui concebida através de uma brutal violação sob ameaça de faca por um violador em série. Como a maioria das pessoas, eu nunca tinha visto o aborto aplicado à minha vida. Mas assim que recebi esta informação de repente compreendi que, não só o aborto se relacionava com a minha vida, mas tinha a ver com toda a minha existência. Foi como se eu pudesse ouvir em eco todas aquelas pessoas que, com o mais amáveis dos tons, dizem, "Bem, excepto em casos de violação..., " ou que exclamam fervorosamente " Sobretudo nos casos de violação!!!" Todas essas pessoas que nem sequer me conhecem fazem um julgamento sobre a minha vida, tão rapidamente a rejeitam pela forma como eu fui concebida. Eu sinto como se então tivesse de justificar a minha própria existência, de provar por mim mesma ao mundo que eu não deveria ter sido abortada e que mereço viver. Também me recordo de me sentir como lixo por as pessoas dizerem que a minha vida é como lixo, que eu sou descartável.

Por favor, compreende: sempre que te identificas a ti mesmo como "pró-escolha", ou sempre que fazes essa excepção para o aborto, o que realmente se traduz daí é seres capaz de te levantares perante mim, olhares-me nos olhos e afirmares, "Eu acho que a tua mãe deveria ter sido capaz de te abortar"

Essa é uma posição muito forte. Eu nunca diria algo semelhante a alguém. Eu nunca diria a alguém, " Por mim, tu estarias morto agora". Mas é nessa realidade em que eu vivo. Eu desafio qualquer um a demonstrar-me que não é. Não é como se as pessoas dissessem, "Bem, eu sou pró-escolha excepto naquela pequena janela de oportunidade em 1968/1969, para que tu, Rebecca, pudesses ter nascido."

Frequentemente encontro quem me confronta e depois tenta rapidamente despachar o assunto com respostas rápidas como, "Bem, tu tiveste sorte!". Mas seguramente a minha sobrevivência nada teve a ver com sorte. O facto de eu hoje estar viva teve a ver com escolhas que foram feitas pela maioria da sociedade, pessoas que lutaram à época para garantir que o aborto era ilegal no Michigan, mesmo em casos de violação, pessoas que argumentaram para proteger a minha vida e pessoas que votaram pela vida. Eu não tive sorte. Eu fui protegida. Seria possível argumentar que os nossos irmãos e irmãos que são abortados todos os dias são apenas "azarados"?!

A minha mãe contou-me que foi a dois abortadeiros de vão-de-escada e que eu quase fui abortada. Após a violação, a polícia encaminhou-a para um conselheiro que basicamente lhe disse que o aborto era a coisa a fazer. Ela disse que não existiam centros de apoio a grávidas em crise na altura, mas assegurou-me que se existissem teria ido pelo menos para ser melhor esclarecida. O conselheiro foi quem a encaminhou para os abortadeiros de vão-de-escada. Do primeiro, ela disse que eram as típicas condições sobre as quais ouvimos como a razão pela qual "ela devia, em segurança e legalidade, ter podido abortar" -me. Sangue e sujidade na mesa e no chão. Aquelas condições e o facto de ser um sítio ilegal levaram-na a ir embora, tal como a maioria das mulheres.

Então ela foi contactada por um abortadeiro mais caro. Desta vez ela deveria encontrar-se com alguém à noite, perto do Instituto de Artes de Detroit. Essa pessoa iria aproximar-se, chamá-la pelo nome, vendar-lhe os olhos, colocá-la num carro, levá-la e depois abortar-me...., depois vendá-la outra vez, e trazê-la de volta.

Acho patético e sei que existem inúmeras pessoas horríveis que me responderiam à descrição destas condições abanando a cabeça e lamentando "É tão terrível que a tua mãe tivesse de ter passado por tudo isso para que pudesse ter-te abortado!"

Como se isso fosse solidário... Eu tomei consciência que elas pensam estar a ser solidárias, mas é uma posição de coração de pedra, se me tiveram como referência, não acham? É da minha vida de quem tão insensivelmente falam, não há nada de caridoso em tal posição.

A minha mãe está bem, a sua vida prosseguiu, de facto ela está mesmo bem, mas eu teria sido assassinada, a minha vida teria terminado. Eu posso não parecer a mesma como quando tinha quatro anos ou quatro dias de vida intra-uterina, mas sem dúvida alguma era eu, e eu teria sido brutalmente assassinada através do aborto.

De acordo com a investigação do Dr. David Reardon, director do Instituto Elliot, co-editor do livro "Vítimas e Vencedores: Crianças Concebidas por Agressão Sexual", e autor do artigo "Violação, Incesto e Aborto: Procurando por detrás dos Mitos"; a maioria das mulheres que engravidam como resultado de uma violação não querem abortar e estão de facto em pior situação depois de um aborto. Ver http://www.afterabortion.org/

A posição da maioria das pessoas quanto ao aborto em caso de violação é baseada em premissas erradas:

1) A vítima de violação prefere o aborto;

2) Ela ficará melhor se abortar;

3) A vida daquela criança não é razão suficiente para a mulher violada prosseguir a gravidez.

Espero que a minha história, e outras histórias colocadas no meu site, possam ajudar a dissipar o último mito. Gostaria de poder dizer que a minha mãe se enquadra na maioria das vítimas e que ela não queria abortar-me, mas ela estava convicta do contrário. De qualquer forma, a sujidade, a conversa do segundo abortadeiro e o receio pela sua própria segurança, levaram-na a desistir. Quando ela lhe disse pelo telefone que não alinharia naquele encontro arriscado, esse médico abortadeiro insultou-a e chamou-lhe nomes. Para surpresa dela, telefonou-lhe no dia seguinte tentando convencê-la a abortar-me, mais uma vez ela recusou e recebeu insultos como resposta. E foi assim, depois disto ela simplesmente não foi capaz de seguir em frente com o aborto. Estava então a entrar no segundo trimestre de gravidez -- teria sido muito mais perigoso e caro abortar-me.

Eu sou bastante grata pela minha vida ter sido poupada, mas muitos cristãos bem intencionados responderão coisas como, "Bem, Deus quis mesmo que tu vivesses!" Ou outros poderão dizer, "Tu estavas destinada a viver" Mas Deus pretende dar a todas as crianças por nascer a mesma oportunidade que eu tive de nascer. Eu não posso ficar sentada contentando-me em pensar, "Bem, pelo menos a minha vida foi poupada". Ou, " Eu mereci isto. Vejam aquilo que tenho feito com a minha vida." E aos milhões de outros que não puderam viver? Eu não posso fazer tal coisa. Tu podes? Podes ficar sentado e dizer, "Pelo menos eu fui desejado...pelo menos estou vivo" ou ainda, "Pouco importa!" ? Queres ser esse tipo de pessoa? Coração de pedra? Uma fachada de compaixão externa, mas vazio e duro por dentro?

Dizes que te importas com as mulheres, mas não te podias importar menos comigo porque eu apareço como recordação de algo que tu preferias não encarar e que irias odiar que outros considerassem. Eu não me enquadro nos teus planos.

Na faculdade de direito também tive colegas que me disseram coisas como, "Bem, se tivesses sido abortada não estarias aqui hoje, não irias notar qualquer diferença, por isso qual é o problema?"

Acreditem ou não, a maioria dos filósofos pró-aborto usam o mesmo tipo de argumento:

O feto nunca sabe o que o atinge, por isso não existe feto que perca a sua vida".

Assim, suponho, basta esfaquear alguém que esteja a dormir, e não há problema, porque a vítima nunca saberá o que a atingiu?

Eu expliquei aos meus colegas como a mesma lógica justificaria matar uma pessoa hoje, porque "ela não estaria cá amanhã, e não saberia a diferença, por isso que importa?"

Eles ficaram de queixo caído. É supreendente o que um pouco de lógica pode fazer, quando pensamos nas questões com profundidade -- supostamente aquilo que teríamos de fazer num curso de direito -- e tomamos em consideração aquilo de que estamos realmente a falar: há pessoas que não existem hoje porque foram abortadas.

É como o velho ditado: " Se uma árvore cai na floresta, e nunca está por perto para ouvir, ela faz barulho?" Claro que sim. E se um bebé é abortado, e ninguém mais sabe disso, faz alguma diferença? A resposta é SIM. Aquela vida importa. A minha vida importa. A tua vida importa e não deixes que ninguém te diga o contrário.

O mundo é um lugar diferente porque era ilegal a minha mãe abortar-me naquela época. A tua vida é diferente por ela não ter podido abortar-me, porque estás agora aí sentado a ler as minhas palavras. Há algo que todos nós estamos a perder hoje pelas gerações que são abortadas. Isso importa.

Uma das coisas que aprendi é que o violador NÃO é o meu criador, como alguns pensam. O meu valor e a minha identidade não são definidos como "produto de violação", mas como filha de Deus. Salmos, 68: 5, 6 diz : Pai de órfãos (...) é Deus, no seu lugar santo. Deus faz que o solitário viva em família. Também em Salmos, 27:10, Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá.

Não existe nenhum estigma em ser adoptado. O Novo Testamento diz-nos que é no espírito de adopção que somos chamados filhos de Deus através de Cristo nosso Senhor. Ele certamente tem a adopção como bastante valiosa para a usar como metáfora do Seu amor por nós.

Mais importante, aprendi, eu serei capaz de ensinar os meus filhos, e ensino aos outros, que o nosso valor não é baseado nas circunstâncias da concepção, nos pais, irmãos, companheiro, casa, roupas, visual, QI, notas escolares, pontuação, dinheiro, profissão, sucesso ou fracasso, capacidades ou incapacidades... Estas são as mentiras que se perpetuam na sociedade. De facto, a maioria dos palestrantes motivacionais dizem aos outros que se eles puderem fazer alguma coisa específica de acordo com determinado padrão social, então eles "serão alguém". Mas ninguém consegue alguma vez adaptar-se a todos esses padrões ridículos, as pessoas falham a maioria deles. Isso significa que elas não são "alguém" ou que são "ninguém"?

A verdade é que não temos de provar o nosso valor a ninguém, se queres saber o teu real valor tudo o que tens a fazer é olhar para a Cruz --porque esse é o preço que foi pago pela tua vida.

Esse é o valor infinito que Deus colocou na tua vida. Ele considera-te bastante valioso, e eu também. Irás juntar-te a mim, afirmando também o valor dos outros, em palavras e acções?

Para aqueles que respondem, "Eu não acredito em Deus, eu não acredito na Bíblia, por isso sou pró-escolha", por favor leiam o meu ensaio " O direito da criança por nascer a não ser injustamente morta" - uma perspectiva pela filosofia do direito". Asseguro que sua leitura justificará o tempo perdido.
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"De um estupro pode nascer um santo, e de um casamento regular pode nascer uma besta quadrada."

3 comentários:

  1. Olá
    Estou aqui pela primeira vez e para os que não conhecem quero contribuir com a apresentação deste video.
    Obrigado,manuel silva
    http://www.savethestorks.com/videos.html

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  2. Você está completamente certa, é uma vida, é uma pessoa, o aborto não deve ser praticado, sobre circunstancia nenhuma, a mãe pode ter o bebê e se não o quiser pode dar pra adoção, existem inúmeros casais querendo ter um bebê e não podem e ficariam muito feliz em receber esta criança.

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