terça-feira, 12 de julho de 2011

República Abortista Portuguesa, Parte II

«A Neutralidade favorece o Opressor, nunca a Vítima. O Silêncio encoraja o Torturador, nunca o Torturado.»   Elie Wiesel
Quem defende que a mulher tem o direito de abortar, é a favor do aborto. Confrontado com a questão de se poder ou não fazer isto, o defensor da legalização de abortos defende que se pode. Quem defende que se pode, é um hipócrita quando se quer convencer a si mesmo, e aos outros, de que é contra o aborto. Das duas, uma; ou defendemos que não deve ser permitido abortar a gravidez, ou defendemos que deve ser permitido. Ou somos contra, ou somos a favor.

Ainda assim, há pessoas que defendem que deve ser permitido abortar, e querem ser levadas a sério quando dizem que são contra o aborto. Quem nunca ouviu a idiotice "Eu sou contra o aborto, mas votei SIM no referendo"...

Ao legalizar abortos ( algo que vem acontecendo em Portugal desde 1984), o Estado  toma partido a favor do aborto. Isto é claro como a água. Uma coisa, depende necessariamente da outra.  É por isso que temos situações, como a noticiada abaixo:
«A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) recomenda aos hospitais públicos que retirem dos gabinetes onde atendem mulheres para interrupção voluntária da gravidez objectos que possam interferir com a escolha das utentes.
 Esta é uma das recomendações que resultou da inspecção realizada no ano passado a 22 estabelecimentos de saúde que realizam abortos por opção da mulher até às 10 semanas de gravidez, que a legislação em vigor há quatro anos veio permitir.
 No relatório da IGAS, é recomendado que objectos alusivos à infância ou do foro religioso sejam removidos dos gabinetes médicos e de apoio psicológico e social onde é prestado atendimento a estas utentes.
 A inspecção diz ainda que as unidades de saúde devem criar um telefone direto para a consulta hospitalar da interrupção voluntária da gravidez (IVG), "facilitando o cumprimento dos prazos legais".
 Deve ainda existir um contacto disponível de um profissional de saúde, em horário útil, para esclarecer possíveis dúvidas "durante todo o processo de IVG, minimizando o recurso desnecessário ao serviço de urgência".
A IGAS diz ainda que a Direção Geral da Saúde deve atualizar a informação disponível na Internet relativamente à consulta de IVG, com indicação dos dias, horários da consulta e profissionais de saúde adstritos.»  ( Diário de Notícias )

Destaquei a negrito aquilo que entendo demonstrar que a decisão não se trata de "não interferir" com a escolha, mas de interferir para que a escolha seja abortar.

Ao criar como REGRA, BANIR e tornar o consultório vazio de temática da infância e religiosa, lá se vai a tão proclamada e suposta neutralidade. O Estado reconhece que as imagens religiosas e relacionadas com crianças podem influenciar as mulheres a não abortar.  Por isso, o Estado  não quer objectos desse tipo nos consultórios. O Estado teme aquilo que teme quem é a favor do aborto. O motivo é simples: o Estado é a favor do aborto.

O Estado não se preocupa em retirar dos consultórios, imagens e publicidade que possam incentivar as mulheres a abortar. Como seja, a informação de onde, quando e como se pode abortar. Pelo contrário, o serviço serve mesmo para isso. Trata-se de uma facilitação do aborto nos prazos legais permitidos. 

Não há possibilidade de neutralidade nesta matéria. Ao legalizar abortos, o passo consequente, e coerente com a posição favorável ao aborto assumida, é promovê-los. 

A mulher fica a saber que o Estado paga o aborto, se ela quiser abortar. A mulher até é informada de que receberá um subsídio de maternidade, caso decida abortar. Tudo isto, sem ser importunada com imagens de crianças ou de cariz religioso...

Não é preciso ser muito inteligente, para compreender qual a decisão que o Estado considera do seu interesse e um dever. Não é a que levará ao nascimento da criança...

Que o Cristianismo, e outras religiões, condena moralmente o aborto, é um facto.  Mas o Estado nem sequer permite objectos religiosos nos consultórios, quanto mais informar as mulheres dessa realidade.

Que abortar implica matar um ser vivo, pelo método de queimar, envenenar, esmagar, despedaçar, decepar, perfurar, decapitar, esventrar e/ou retalhar o corpo desse ser que a grávida carrega  no útero; é outro facto.

Mas o Estado não permite sequer imagens de bebés e crianças vivas, ou qualquer outro tipo de objecto que faça lembrar a infância, quanto mais informar as mulheres de que o resultado do aborto é este:

Este é o objectivo e resultado final de um aborto. O Estado legalizou, financia,  executa e dá um subsídio a quem decide abortar. Esta  informação é 100% rigorosa e verdadeira.

Por favor,  passe a mensagem, sobretudo a senhoras grávidas  a quem o Estado influencia para abortarem os seus filhos.

________________

Conclusão,

Se o Estado quisesse  que as mulheres decidissem de maneira informada, então disponibilizaria e permitiria o maior número de informação possível sobre o aborto.

Mas não é possível ser contra e a favor ao mesmo tempo. Dar a conhecer o que é realmente o aborto, é incompatível com disponibilizar às mulheres informação sobre como podem aceder a um serviço público, intencionalmente criado para abortar. Na prática, a primeira opção implicaria que o Estado tivesse de reconhecer um erro monstruoso, e revogasse totalmente a legislação infanticida que iniciou o seu caminho em 1984. 

Infelizmente, entre as opções de ser contra ou a favor do aborto, que se excluem mutuamente, o Estado decidiu contra os mais fracos.

O Estado Português é a favor, promove e empenha-se na realização de abortos. Na morte de seres humanos inocentes.


*

6 comentários:

  1. Estes tipos que defendem o aborto e abrem um precedente destes na sociedade, deveriam ter sido "abortados" ... teria sido bom para a humanidade!
    Quem se bate por abrir um precedente destes na sociedade, onde impera a ignorância, inconsciência, insensibilidade, a falta dos valores morais na educação de casa e da escola, ausência de Deus, etc .... é um assassino!
    Recentemente lí num artigo de jornal que 93% dos abortos realizados na Madeira foi por opção, ora aí está ...é só carregar num botão

    Côrte

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  2. Não é que eles devessem ter sido abortados, mas que são hipócritas, ao aproveitarem a vantagem de não o terem sido, para violarem o direito à vida de outros. Tentei explicar isto com imagens, aqui :

    http://abortoemportugal.blogspot.com/2011/04/o-percurso-de-um-pro-escolha.html

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  3. Nem mais,
    Claro que não queria dizer que concordava com o "aborto" deles, ou sou contra o aborto...foi apenas um artifício ... eles não têm a capacidade de reflectir no assunto "de terem sido abortados" ... pois além de hipócritas, são egoistas, só pensam neles. Apelam a um individualismo destrutivo....

    Côrte

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  4. descupem mas nao concordo com tais informações , e se fosse com voces ? trona se facil falar quando nao passam pela situação, ate concordo quando dizem que mais que um, pois para alem de o estado financiar as pessoas não tem responsabilidade nenhuma e voltaram a cometer o mesmo erro so por pura diversão. agora nao podem proferir tais factos pois o aborto é legal ate as dez semanas , e fito esta observação esta foto esta completamente errada pois apenas +e um feto e não um ser vivo desenvolvido. Cada pessoa sabe de si, não podem culpar uma adolescente de 16 anos que toma a pilula e so porque tomou um medicamento que cortou o efeito de perder o direito a aprendizagem , ou seja quem ficaria com o bebe ? os pais né ou entao dava para a adopção falo assim pois sou adoptada e agradeço a deus por o ter sido mas se nao fosse passaria a minha vida numa instituição que provavelmente poderia ter uma vida feliz ou não :)

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    Respostas
    1. Tânia Morais,

      « descupem mas nao concordo com tais informações »,

      Está desculpada.

      « e se fosse com voces ?»

      Exacto. E se fosse connosco. Se nos quisessem cortar os braços, as pernas, esmagar a cabeça, envenenar, matarem-nos para que não nascêssemos?


      " torna-se se facil falar quando nao passam pela situação,"

      Aqui no blogue temos partilhado inúmeros casos de mulheres que passaram por essa situação e que se arrependeram e hoje lutam contra o aborto.

      « ate concordo quando dizem que mais que um, pois para alem de o estado financiar as pessoas não tem responsabilidade nenhuma e voltaram a cometer o mesmo erro so por pura diversão.»

      Ou abortar é errado, ou não é. Se é errado, um é um erro. Acha que matar uma criança é aceitável, mas matar duas já é errado?

      « agora nao podem proferir tais factos pois o aborto é legal ate as dez semanas »

      O direito positivo não é o mesmo que direito natural. Existem leis iníquas. A escravatura também já foi legal.

      « e fito esta observação esta foto esta completamente errada pois apenas +e um feto e não um ser vivo desenvolvido.»

      Um recém-nascido também é "apenas" um bebé e um não ser vivo ( plenamente) desenvolvido...

      « Cada pessoa sabe de si,»

      Os bebés mortos não sabem de si. Não se conseguem proteger, são indefesos.

      « não podem culpar uma adolescente de 16 anos que toma a pilula »

      Mas podemos culpar quem dá pílulas a adolescentes e as incentiva a imoralidades antes do casamento, como fazem hoje na escola pública. Imoralidades que a destroem física e psicologicamente, levando-a depois a erros ainda maiores, como abortos.

      « ou seja quem ficaria com o bebe ? »

      Um bebé trata-se assim? Por alguém não querer ficar com ele, mata-se para que não nasça? Ganhe juízo.

      «sou adoptada e agradeço a deus por o ter sido mas se nao fosse passaria a minha vida numa instituição que provavelmente poderia ter uma vida feliz ou não :) »

      Houve pessoas que cresceram em instituições e que foram felizes. Além disso, quem perguntou aos bebés se eles preferem morrer para evitarem a possibilidade de serem infelizes no futuro? Ninguém.

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    2. E por último, o Estado Nazi Português não tem nenhum direito de impor o aborto a mulheres e adolescentes. Os políticos e directores de serviços terão de responder um dia por esses crimes.

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Se vai comentar para defender a legalização do aborto veja primeiro este video. Caso mantenha a decisão de comentar para apoiar a legalização da matança dos fracos e inocentes, escusa de perder tempo. O seu comentário não será publicado.

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