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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Parceria com o blogue Reflexões Bíblicas

Informamos os leitores que desde 26 de Março, o blogue Aborto em Portugal tem como novo parceiro, colaborador e autor Duarte Rego,  criador do site  Reflexões Bíblicas. [ http://duarterego.blogspot.pt/ ]

Obrigado ao Duarte por ter aceitado o convive para escrever aqui em defesa de vida e das crianças, sempre que o seu tempo e disponibilidade o permitam. 



A Bíblia e o Aborto


« A Bíblia ensina claramente que o aborto é errado pois todo o ser humano é criado à imagem e semelhança de Deus (Génesis 1:27 e Tiago 3:9). Tem, por isso, uma dignidade inigualável, sendo cada um de nós único e irrepetível. 

Ora, antes de mais, o feto não é uma massa informe e gelatinosa, ou uma mera protuberância no ventre da mãe que pode ser extraído como se de um tumor, quisto ou dente se tratasse, ou mesmo um ser humano "em potencial". O feto é um ser, e ser humano.

A vida humana começa com a concepção, Quando o óvulo é fertilizado pela penetração do espermatozóide,  os vinte e três pares de cromossomas ficam então completos. O zigoto tem um único genótipo que é distinto do dos pais: o sexo da criança; tamanho e forma; cor da pele, cabelos e olhos; temperamento e inteligência já estão determinados. 

Cada ser humano começa com uma única célula fertilizada enquanto que, um adulto tem cerca de trinta milhões de células. Entre estes dois pontos (fusão e maturidade), quarenta e cinco gerações de divisões de células são necessárias, e quarenta e uma delas ocorrem antes do nascimento. Portanto, segundo a ciência, a vida humana começa com a concepção e é contínua, Quer intra ou extra-uterina, até à morte. É pacífica a informação científica segundo a qual não há momento no tempo ou intervalo de tempo entre a concepção e o nascimento em que o ainda não nato seja qualquer outra coisa que não um humano. 

Recorde-se, que ao vigésimo quarto dia o coração do bebé começa a bater; ao vigésimo oitavo as pernas e os braços já se tornam visíveis e o sangue corre nas suas veias num sistema circulatório próprio; ao trigésimo quinto dia a boca, orelhas e nariz tomam forma; à sexta-sétima semana o funcionamento cerebral pode ser detectado. No fim do primeiro trimestre o embrião está completamente organizado, e um bebé em miniatura repousa no ventre de sua mãe. 

 Estas afirmações científicas não contradizem a Bíblia. Em Actos 17:25 a Bíblia diz: 
"Ele mesmo (Deus) é Quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas". 
O salmista menciona: 
"se lhes tiras a respiração, morrem". (Salmo 104:29) 
Jó disse:
"Nu saí do ventre de minha mãe (...) O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor". (1:21)  
Para o cristão, só Deus pode dar ou tirar a vida. Ora todo o ser humano é infinitamente amado por Deus: 
"Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites ? Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e honra o coroaste". (Salmo 8: 5-7)
"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16). 
"Mas Deus dá prova do seu amor para connosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Romanos 5: 8). 

É bom de ver que, segundo a Bíblia, todo o ser humano tem um altíssimo valor. Não é, portanto, descartável, ou sucata. Não é algo, mas alguém, e alguém que é o nosso próximo, a quem devemos amar, como a nós mesmos (Mateus 22: 39).

A Bíblia ensina que Deus nos criou desde o ventre materno e que pretende relacionar-se connosco. Assim, o Salmo 139:13 a 16 diz: 
"Tu é que plasmaste o meu interior, me teceste no seio de minha mãe. Dou-te graças por tantas maravilhas; as tuas obras são admiráveis, conheces a sério a minha alma. Nada da minha substância escapava quando era formado no silêncio, tecido nas entranhas da vida humana; os teus olhos contemplaram-me em embrião, todos os dias se inscreviam no teu livro, até antes que um só. deles existisse." 
Neste Salmo o autor maravilha-se com a omnisciência e omnipotência de Deus e, no curso da sua meditação, faz uma declaração importante sobre a nossa existência pré-natal. Ele afirma, pelo menos, três coisas importantes

-A primeira diz respeito à criação: Deus é como um artesão habilidoso que o "formou", como o oleiro que trabalha o barro. O mesmo pensamento aparece em Jó 10:8: 
“As tuas mãos formaram-me e fizeram-me" 
; também nos versos 10 e 11: 
"Não me espremeste como o leite e coalhaste como o queijo? De pele e de carne me revestiste, de ossos e nervos me consolidaste". 
O salmista refere que o processo de crescimento embrionário não é casual, nem mesmo automático, mas trata-se de uma obra de habilidade criativa.

-A segunda ênfase do salmista recai sobre a continuidade. Ele já é adulto, mas olha para trás, para a sua vida antes e depois do nascimento. Refere-se a si mesmo, tanto antes como depois do nascimento, usando os mesmos pronomes pessoais "eu" e "mim", pois tem conhecimento de que durante a sua vida pré-natal e pós-natal ele é a mesma pessoa. Faz um levantamento da sua existência em quatro estágios: 

1º - (v.1) "tu me sondaste" (o passado), 

2º - (vs. 2 e 3), "sabes quando me assento e quando me levanto e conheces todos os meus caminhos (o presente); 

3º - (v. 10) "ainda lá me haverá de guiar a tua mão e ela me susterá" (futuro); 

4º (v. 13) "me entreteceste no ventre de minha mãe" (estágio pré-natal). 

Quem pensa e escreve como homem crescido tem a mesma identidade pessoal como o feto no útero. Ele tem conhecimento de não haver descontinuidade entre o seu ser pré-natal e pós-natal. Ao contrário, dentro e fora do útero de sua mãe, antes e depois do seu nascimento, como embrião, bebé, jovem e adulto, ele tem a noção de que foi e é a mesma pessoa. 

-A terceira ênfase reside na comunhão. O salmista sabe que há uma comunhão muito particular e pessoal entre Deus e ele. Cada um de nós já era pessoa no ventre de nossa mãe porque Deus já nos conhecia e amava. Outras passagens bíblicas expressam o mesmo pensamento: 
"O Senhor dirigiu-me a seguinte mensagem: antes de te ter dado vida eu já te conhecia; antes de a tua mãe te ter dado à luz, já eu te tinha escolhido, para seres profeta entre os pagãos." (Jeremias 1: 4 e 5) 
 "Escutem-me, povos das ilhas distantes, estejam atentos, povos longínquos. O Senhor chamou por mim, antes de eu nascer; Quando eu estava no ventre materno, pronunciou o meu nome. Fez da minha palavra uma espada afiada, escondeu-me na concha da sua mão. Fez da minha mensagem uma seta penetrante, bem guardada na sua aljava. E disse-me: 'Israel, tu és o meu servo; em ti se manifesta a minha glória.' Mas eu pensava para comigo: 'Em vão trabalhei e em vão gastei as minhas forças'. No Senhor é que eu tenho garantido o meu direito e no meu Deus a minha recompensa. E agora o Senhor declara-me que, desde o ventre materno, me formou, para ser seu servo, para conduzir a ele os descendentes de Jacob e congregar o povo de Israel à sua volta. Aos olhos do Senhor eu estou bem visto, Nele é que reside a minha força." (Isaías 49: 1 a 5)
 "E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre, e Isabel foi cheia do Espírito Santo. Exclamou com grande voz e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. E donde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre". (Lucas 1:41 a 44) Sublinhe-se que para o evangelista tanto é "criança" e "menino" a criança não nascida, como Jesus recém-nascido (Lucas 2:12-16), e como as crianças que eram trazidas para Jesus abençoar (Lucas 18.15) 
 "Tu cuidaste de mim desde o ventre de minha mãe e puseste-me em segurança nos seus braços. Antes de eu nascer fui entregue aos teus cuidados; desde o ventre de minha mãe, tu és o meu Deus." (Salmo 22:10 e 11)
"Mas Deus, pelo seu amor, escolheu-me ainda antes de eu nascer e chamou-me para o servir." (Gálatas 1:15)
"Quem me criou a mim criou-o a ele: o Deus único formou-nos a ambos, no ventre de nossas mães." (Jó 31:15)
"Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da que está grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas." Eclesiastes 11:5

A Bíblia também ensina que as crianças são uma bênção e fonte de grande alegria. O Salmo 127:3 diz:

"Eis Que os filhos são herança da parte do Senhor; e o fruto do ventre o seu galardão." 

Depois, a Bíblia reiteradamente condena a matança de um inocente e alega que Deus tem um particular cuidado pelos fracos e oprimidos. Assim: 

"Maldito aquele que receber peita para matar uma pessoa inocente" (Deuteronómio 27:25); 

"O Senhor detesta (...) mãos que derramam sangue inocente" (Provérbios 6:16-17); 

"Abre a tua boca a favor do mudo, a favor do direito de todos os desamparados" (Provérbios 31:8); 

"Fazei justiça ao pobre e ao órfão; procedei rectamente com o aflito e desamparado" (Salmo 82:3). 

A Bíblia também nos ensina a amar e a ajudar - servir o próximo que está em aflição e/ou com necessidades Como é o caso da grávida em dilemas e do seu bebé. Assim, 

"Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a Lei de Cristo" (Gálatas 6:2); 

"A religião pura e imaculada", diante de nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e, ás viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo." (Tiago 1:27)

"Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe fechar o seu coração, como permanece nele o amor de Deus ? " (I João 3: 17) 

"Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas." (Efésios 2: 10). 


Por último, a Vida vence a morte. O Profeta Isaías diz: "Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos". (25:8) 

O apóstolo Paulo, na sua 1a Carta aos Coríntios escreveu: "Tragada foi a morte... Onde está ó morte a tua vitória?... Graças a Deus Que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo." (15:54-57) 

A Bíblia anuncia que em Deus há lugar para o perdão e para o recomeço

São conhecidos os efeitos nefastos de um aborto na vida da mulher. Não há memória de uma mulher que tenha abortado e que não tenha sofrido por muitos anos. É o chamado síndrome pós-aborto. As emoções características de um estado pós-aborto, que podem durar anos a fio, são: culpa, vergonha, medo, perda, raiva, remorso, depressão, ressentimento, ansiedade, fraca auto-estima, alucinações, sonhos-pesadelos relacionados com o aborto e a criança não nascida, sentimentos de quase loucura, desconforto na presença de crianças ou bebés e na data prevista de aniversário do bebé que não chegou a nascer; eventuais pensamentos suicidas; inibição sexual; eventual abuso de drogas e álcool; ataques de choro frequentes; quebra na sensibilidade e na comunicação, etc. Um processo paciente de cura pode, contudo, aliviar e eliminar esta dor. Porém, mais importante que o apoio psicológico, a educação ou acção, social são as boas novas de Jesus: Ele veio consertar o coração que se partiu e trazer boas novas ao fraco. Ele nos chama a tratar a vida humana com reverência, tanto o não nascido, como a criança, o deficiente, o senil. Importa recordar que há perdão em Deus (Salmo 130:4). Pois Cristo morreu pelos nossos pecados e nos oferece um novo começo. Ele ressuscitou e vive, e pelo seu Espírito pode dar-nos um novo poder interior de auto-controle. Ele está construindo uma nova comunidade caracterizada pelo amor, alegria, paz, liberdade e justiça. Um novo começo. Uma nova comunidade. Isto é o Evangelho de Cristo. »


"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei."




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Edição: Jairo Filipe por indicação de Duarte Rego.

Fonte do texto:



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quarta-feira, 16 de abril de 2014

A história desconhecida de como El Salvador baniu totalmente o aborto.


Campanha nacional de oração e milagre de conversão levaram à abolição do aborto em El Salvador.

Fonte: LifeSiteNews

Em El Salvador, o país mais pequeno da América Latina, é absolutamente ilegal uma mulher abortar um filho. É impressionante, e praticamente desconhecida, a história de como, apesar da forte pressão internacional contrária, esta nação garantiu protecção constitucional para as suas crianças desde o início da vida.

Para Julia Cardenal, presidente da "Si a la Vida" (fundação pro-vida), tratou-se de um "milagre". Lembra esta activista que países pequenos como o seu dependem de ajuda internacional ao desenvolvimento, uma ajuda normalmente oferecida com imposição de "direitos reprodutivos" a reboque. Um ministro do governo ter-lhe-á confessado uma vez, depois de voltar de uma reunião na Europa para fins de auxílio estrangeiro, "aquela gente só se interessa por falar de aborto." O mesmo acontece nas conferências internacionais da ONU, nas quais não existem discussões de tratados onde não se tente acrescentar a legalização da matança de nascituros.

Em 1998, um esforço do movimento pro-vida salvadorenho conseguiu remover as excepções do código penal, estabelecidas em 1973 que, em casos de risco da vida da mãe, concepção por estupro e graves malformações congénitas, tornavam o aborto legal. 

No entanto, tratou-se de uma vitória frágil, potencialmente a prazo. Os líderes do movimento pro-vida temiam que, mais cedo ou mais tarde, organismos internacionais conseguissem convencer o país a assinar tratados que atropelassem o código penal, trazendo o aborto de volta a El Salvador. Assim, sabiam que a única maneira de garantir protecção absoluta às crianças por nascer seria uma emenda à constituição, impossível de ser violada por qualquer tratado internacional. Julia Cardenal e o seu movimento iniciaram então uma campanha nacional neste sentido, "o direito à vida desde a concepção" como parte da lei fundamental e suprema daquele país.

O primeiro obstáculo foi ultrapassado quando metade dos legisladores votaram favoravelmente a proposta. Contudo, consagrá-la na constituição impunha que fosse ratificada por uma maioria parlamentar de dois terços. Uma eleição legislativa fez com que muitos deputados pro-vida cedessem os seus lugares a socialistas. Segundo Julia Cardenal, "pensámos que assim seria impossível consegui-lo, mas concluímos que teríamos de tentar e dar o nosso melhor".

Os esforços foram imediatamente retomados, com uma campanha nacional de oração. A batalha espiritual atingiu o seu ponto alto durante os últimos três dias de legislatura daquela ano. O que se passou então assombrou toda a gente. Iniciada a sessão de votação da proposta, a primeira oradora foi uma mulher socialista que declarou:

-Como mulher e médica, dou o meu voto favorável à emenda constitucional.

Depois disto, ninguém votou contra. Como tal, a partir de 3 de Fevereiro de 1999, Salvador "reconhece como pessoa humana todo o ser humano desde o momento da concepção."

Como resultado desta vitória decisiva, o lobby abortófilo internacional continua a tentar impor de novo o aborto, apesar de El Salvador ter motivos para se orgulhar da sua relativamente baixa taxa de mortalidade materna.

Em 2006, o New York Times lançou um ataque contra o movimento pro-vida salvadorenho. Um artigo destacava a dramática situação de uma mulher condenada a trinta anos de prisão por ter realizado um aborto. No entanto, uma investigação do site LifeSiteNews desmascarou a história do artigo como inteiramente falsa. Os documentos do tribunal demonstravam que a mulher, na realidade, fora condenada por infanticídio após ter estrangulado um filho logo após o seu nascimento. Tendo inicialmente recusado fazê-lo, o New York Times viu-se mais tarde obrigado a corrigir a sua história.

Já em 2013, peritos de "direitos humanos" da ONU e activistas abortófilos criaram o escândalo internacional relacionado com uma mulher, doente com lupus e grávida de um bebé com uma doença incurável, supostamente em risco de vida por não lhe ser autorizado o aborto. Foi o famoso "caso Beatriz", o qual terminou com uma menina nascida de cesariana, falecida por causas naturais horas depois, e uma mãe que acabou por recuperar da sua condição. 

O movimento pro-vida de El Salvador têm de se manter constantemente em alerta para campanhas internacionais deste tipo.

" Temos de fazer o nosso trabalho, que é feito através de oração. Se não temos o Espírito, nada feito"
Julia Cardenal
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Comentário:

1.Nenhuma doença se cura matando um bebé.
2.Matar uma pessoa indefesa alegando que ela tem malformações congénitas é querer justificar um acto cobarde acrescentado-lhe uma cobardia suplementar.


Como a progressiva legalização de "excepções" ao aborto em Portugal culminou em genocídio:

 Processo Infanticida em Curso

sexta-feira, 7 de março de 2014

Aborto. Sim ou não?

Sem rodeios, meias palavras ou rodriguinhos, o Bispo de Bilbau é citado no Jornal de Notícias, (provavelmente horrorizando a redacção). O título da notícia também poderia ser « Bispo Católico fala como Bispo Católico - o drama, a tragédia, o horror. »
" Bispo defende entrega para adopção em casos de gravidez não desejada " 
« O bispo de Bilbau considerou, esta quinta-feira, que a melhor solução que conjuga uma gravidez não desejada e o direito à vida do bebé é a entrega da criança para adopção e a concessão de ajudas estatais durante a gestação.  
Aborto não é solução, diz bispo de Bilbau "O aborto é uma solução má para todos", vincou Mario Iceta numa entrevista à Rádio Euskadi, reconhecendo a situação "dramática e dura" que vive uma mulher que tenha uma gravidez não desejada. O bispo, citado pela agência Efe, também rejeitou o aborto mesmo que exista um risco de vida para a mãe, considerando que hoje em dia essas situações se resolvem com a ajuda da medicina. Sobre a violação, manteve que é "um drama e uma injustiça, que não se soluciona cometendo outra injustiça" e defendeu que "deve cair todo o peso da lei sobre o autor", pedindo que "a criança possa ser dada para adopção". » 
« Seja, porém, o vosso falarSim, sim; Nãonão; porque o que passa disto é de procedência maligna »


Mario Iceta, Bispo de Bilbau
Aborto? A resposta da Igreja é "Não".

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Texto Prometheo Liberto: O Hospital de Moloque

sábado, 21 de setembro de 2013

O Papa Francisco Defende a Vida

« Defende a criança não-nascida, mesmo que te persigam, caluniem, te montem armadilhas, te levem a tribunal ou te matem. » Cardeal Bergoglio, 2005.
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Continuo a pensar, como expliquei aqui, que esta recente declaração do Papa está errada e foi um desastre: « Não podemos insistir somente sobre questões ligadas ao aborto (...). Isto não é possível. Eu não falei muito destas coisas e censuraram-me por isso. Mas quando se fala disto, é necessário falar num contexto. De resto, o parecer da Igreja é conhecido e eu sou filho da Igreja, mas não é necessário falar disso continuamente. » 

Li várias opiniões de pessoas que tentam justificar e contextualizar esta declaração, mas, com toda a boa-vontade, não consigo deixar de ver aqui  um enorme e inegável erro.

Dito isto, é importante destacar aquilo que o Papa Francisco declarou hoje. Na melhor das hipóteses, prova-se que eu estava errado e não percebi o contexto daquilo que comentei. Na pior, creio ser a que se verifica, com as declarações de hoje o Papa tenta corrigir o seu erro. Em qualquer dos casos, são declarações que devem ser apoiadas e divulgadas por nós ( a grande imprensa não o fará ). Algo é certo, tenha errado ou não, e contribuído ou não para que as suas palavras pudessem ser deturpadas e aproveitadas pela imprensa, a verdade é que, ao contrário do que foi escrito nas manchetes dos jornais de ontem, o Papa Francisco nunca disse que a Igreja está obcecada com o aborto e que deve centrar-se em problemas mais graves, o Papa Francisco nunca disse que a Igreja caminhará para a ruína se a posição sobre o aborto não for revista. 

Papa diz que defesa da vida “é uma verdadeira prioridade do magistério”


« O Papa referiu-se esta sexta-feira ao drama do aborto e ao direito à vida, dizendo que a protecção da vida é “uma verdadeira prioridade do magistério, particularmente no caso da vida indefesa, isto é, os deficientes, os doentes, os nascituros, as crianças, os idosos". Numa audiência uma delegação de médicos católicos, Francisco foi mais longe e disse que as crianças que são “condenadas ao aborto” têm “o rosto do Senhor”, tal como os idosos cujo direito à vida não é respeitado. »


Fonte. Rádio Renascença

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"O aborto nunca é uma solução. Ao falar de uma mãe grávida, falamos de duas vidas, e ambas devem ser preservadas e respeitadas, pois a vida é de um valor absoluto". Cardeal Bergoglio, em Documento entregue a Conferência Episcopal Argentina.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

João Paulo II e o aborto

« Quando a lei, votada segundo as chamadas regras democráticas, permite o aborto, o ideal democrático, que só é tal verdadeiramente quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana, é atraiçoado nas suas próprias bases: Como é possível falar ainda de dignidade de toda a pessoa humana, quando se permite matar a mais débil e a mais inocente? »


Dentre todos os crimes que o homem pode cometer contra a vida, o aborto provocado apresenta características que o tornam particularmente perverso e abominável.” (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 58)

No caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto ou a eutanásia, nunca é lícito conformar-se com ela, nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação com o seu voto. (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 73)

Quando uma maioria parlamentar ou social decreta a legitimidade da eliminação, mesmo sob certas condições, da vida humana ainda não nascida, assume uma decisão tirânica contra o ser humano mais débil e indefeso. (cf João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 70)

Não pode haver paz verdadeira sem respeito pela vida, especialmente se é inocente e indefesa como a da criança não nascida. (João Paulo II, Discurso ao Movimento Defesa da Vida, Italiano, 2002)

A tolerância legal do aborto ou da eutanásia não pode, de modo algum, fazer apelo ao respeito pela consciência dos outros, precisamente porque a sociedade tem o direito e o dever de se defender contra os abusos que se possam verificar em nome da consciência e com o pretexto da liberdade. (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 71)

Reivindicar o direito ao aborto e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade. (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 20)

É totalmente falsa e ilusória a comum defesa, que aliás justamente se faz, dos direitos humanos – como por exemplo o direito à saúde, à casa, ao trabalho, à família e à cultura, – se não se defende com a máxima energia o direito à vida, como primeiro e fontal direito, condição de todos os outros direitos da pessoa. (João Paulo II, Christifideles Laci, nº 38)

Quando a lei, votada segundo as chamadas regras democráticas, permite o aborto, o ideal democrático, que só é tal verdadeiramente quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana, é atraiçoado nas suas próprias bases: Como é possível falar ainda de dignidade de toda a pessoa humana, quando se permite matar a mais débil e a mais inocente? Em nome de qual justiça se realiza a mais injusta das discriminações entre as pessoas, declarando algumas dignas de ser defendidas, enquanto a outras esta dignidade é negada?

Deste modo e para descrédito das suas regras, a democracia caminha pela estrada de um substancial totalitarismo. O Estado deixa de ser a “casa comum”, onde todos podem viver segundo princípios de substancial igualdade, e transforma-se num Estado tirano, que presume poder dispor da vida dos mais débeis e indefesos, como a criança ainda não nascida, em nome de uma utilidade pública que, na realidade, não é senão o interesse de alguns. (cf. João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 20)

Matar o ser humano, no qual está presente a imagem de Deus, é pecado de particular gravidade. Só Deus é dono da vida! (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 55)

A rejeição da vida do homem, nas suas diversas formas, é realmente uma rejeição de Cristo. (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 104)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Entrevista a Daniel Serrão


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[ FONTE ]

A revista Catolicismo (Brasil) estampou em suas páginas uma oportuna entrevista do Prof. Dr. Daniel Serrão, médico e docente aposentado da Faculdade de Medicina do Porto. Desde sua aposentação, em 1998, dedica-se exclusivamente ao ensino de Pós-graduação de Bioética e Ética Médica na Universidade Católica, no Porto e em Lisboa, assim como a proferir conferências em Portugal e noutros países. É membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Portuguesa de Medicina e da Academia Pontifícia para a Vida. Preside à Comissão médica de verificação de curas extraordinárias, do Santuário de Fátima. Foi Presidente nacional da Associação dos Médicos Católicos Portugueses. O ilustre entrevistado é internacionalmente conhecido, tanto como cientista como por ser notoriamente católico.

O Prof. Dr. Daniel Serrão concedeu esta entrevista em 2008 ao repórter da revista Catolicismo, Sr. Miguel da Costa Carvalho Vidigal.

* * *

CatolicismoNo ano passado, Portugal tornou o aborto legal, por meio dum referendo popular. No seu entender, faltaram mais pessoas do ambiente católico e de outros sectores da sociedade para defender a posição contra o aborto? O Sr. poderia narrar como se deu essa consulta popular, e quais os frutos da aprovação da lei?

Doutor Daniel Serrão — Perdemos o referendo por uma escassa margem na contagem global dos votos; mas, em muitas mesas de voto e em muitas regiões, ganhámos, e até com maiorias importantes.Tal como no referendo anterior, oito anos antes, nas zonas onde se constituiu um movimento organizado e coerente a favor do "não", ganhámos. Só que, no referendo anterior, o cômputo global foi-nos favorável, igualmente por pequena margem, e muitos pensaram que a guerra estava ganha, quando só tínhamos vencido uma batalha. Quem ganhou, de facto, tanto num como noutro referendo, foi a abstenção: mais da metade dos portugueses não votou. Sendo Portugal um país de grande maioria católica, tenho de concluir que, num momento da maior gravidade, em que estava em causa a Vida humana, os católicos ficaram em casa, atraiçoando a sua Fé. E tenho de concluir que a Igreja institucional, os seus pastores e os seus sacerdotes, não souberam chamar os católicos à responsabilidade de não se absterem. Porque, seguramente, nenhum dos adeptos do "sim" ficou em casa no dia da votação.

A nova lei é a mais laxista da Europa. A mulher grávida decide livremente fazer-se abortar num hospital público, sem encargos, até a 10.ª semana de gravidez; ou numa clínica privada de abortos (duas destas empresas espanholas de matar crianças ao abrigo da lei instalaram-se logo em Portugal) que tenha acordo com o Serviço Nacional de Saúde, o qual paga o aborto por uma tabela convencionada, que obviamente dá lucro à empresa abortista.

Catolicismo Que conselho o Sr. daria, como médico, como católico e como pai de família, a uma jovem, que o procurasse, manifestando a dúvida se praticaria ou não um aborto?

Doutor Daniel Serrão — Daria o conselho que tenho dado muitas vezes: Não assumas a responsabilidade de decidir em nome de uma vida que não é a tua; o que está dentro de ti é uma vida nova, que apela a viver, e tu tens de ouvir esse apelo, que é biológico, antes de ser humano.Nenhum dos motivos pelos quais me dizes que queres abortar vai ficar resolvido com o aborto, e tu vais comprar uma guerra contigo própria, que te vai acompanhar ao longo de toda a tua vida. Não uso argumentos de cariz religioso, porque, quem tenha verdadeira Fé, nunca colocará, a si própria, a possibilidade de se fazer abortar, sejam quais forem as situações da gravidez. Nem mesmo em casos de violação brutal.

CatolicismoQue papel uma santa e médica – como Santa Gianna Beretta Molla, que preferiu ter o filho, apesar da recomendação de ordem terapêutica para abortar – pode representar, como exemplo, para as mulheres nos dias de hoje?

Doutor Daniel Serrão — Representa o apelo às virtudes heróicas, que devem ser sempre apresentadas à juventude, porque ela é sensível à heroicidade e à dedicação absoluta a ideais, que são vividos até às últimas consequências. Infelizmente, à medida que a idade avança, o pragmatismo leva ao enfraquecimento da paixão pelos valores superiores; e os exemplos, como os de Santa Gianna, são menos eficazes.

Catolicismo Em sua experiência médica, que traumas e consequências o aborto pode causar nas mulheres que o praticam?

Doutor Daniel Serrão — O mais grave, conforme a minha experiência, é a persistência, na memória afectiva, de um sentimento de profunda angústia existencial, que torna a vivência comum muito difícil.

Tive um caso grave de suicídio iminente, que só foi controlado com tratamento psiquiátrico especializado, durante quase um ano: Uma jovem de 17 anos, que se fez abortar de uma gravidez resultante de uma relação incestuosa consentida, ficou totalmente inibida de ter vida sexual.
O aborto de toxico-dependentes torna a recuperação da dependência muito mais difícil, parecendo que a jovem quer castigar-se pelo que fez. Mas o mais grave é que persiste a memória da decisão e do acto, muitas vezes com representação durante o sonho ou com alucinações.

Uma das jovens, que obviamente não “viu” o acto de aborto feito sob anestesia, descrevia com profundo sofrimento a morte do seu filho, com os pormenores que lhe apareciam nos sonhos. A sua angústia era tão profunda, que necessitou de tratamento psicológico durante quatro anos.

Na minha experiência, nenhuma mulher se recupera completamente dum acto de aborto. Há uma ferida biológica que muito dificilmente cicatriza.

CatolicismoFala-se muito que a legalização tem como finalidade combater os abortos clandestinos. No seu entender, essa é uma razão real?

Doutor Daniel Serrão — É uma falsa e hipócrita razão. É evidente que, se todos os abortos passarem a ser feitos gratuitamente, à vontade da mulher, sem qualquer condicionalismo, deverão acabar os abortos clandestinos nos hospitais públicos, porque seriam absurdos. Mas não é isto que acontece.

Em Portugal não há números fidedignos, mas os abortistas lamentam o número baixo de abortos hospitalares; e insinuam, eles próprios, que os clandestinos continuam. É claro que continuam, porque muitas mulheres que decidem fazer-se abortar, por este ou aquele motivo, desejam que esse acto lhes seja praticado de forma clandestina, e não numa enfermaria dum hospital, onde toda a gente vai saber que ela está internada para fazer aborto.

CatolicismoNa Esparta pagã, e noutras culturas afastadas do Direito Natural, praticava-se o infanticídio no caso de crianças nascidas com defeitos físicos. No caso de prosseguir a actual ofensiva contra a vida, não é de se recear que cheguemos a esse ponto?

Doutor Daniel Serrão — Sem nenhuma dúvida. Na Holanda o infanticídio é já praticado como uma extensão, tolerada pelos tribunais, da lei actual da eutanásia. De acordo com esta lei, a eutanásia deixou de ser um homicídio despenalizado, e tornou-se uma decisão dos médicos como qualquer outra. O infanticídio, por assimilação da lei, deixou de ser um crime, e passou a ser, igualmente, uma decisão do médico.

CatolicismoMuitas abortistas alegam que a mulher é dona do seu corpo, e portanto caberia a ela a escolha e o direito de abortar. O que a ciência diz a respeito disso?

Doutor Daniel Serrão — Não é preciso a ciência, basta o senso comum. É evidente que a mulher é “dona” do seu corpo, e deve procurar para este, sempre, o seu melhor bem. A cirurgia estética é um bom exemplo dessa espécie de propriedade sobre o corpo. Só que o embrião em desenvolvimento, durante nove meses, é um corpo próprio, que se serve do corpo da mãe para se alimentar e desenvolver, e a partir de 500 gramas de peso já pode dispensar o corpo da mãe. A mãe é dona do seu corpo, mas não é dona do corpo do seu filho ou filha.

Catolicismo Frequentemente, acusa-se a Igreja Católica de ser inimiga do progresso e da ciência.O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, inspirador da revista Catolicismo, sempre sustentou o contrário. Sempre ensinou que a Igreja é a grande benfeitora do autêntico progresso, da cultura e da civilização.Gostaríamos de conhecer sua opinião a tal respeito.

Doutor Daniel Serrão — Tinha Plinio Corrêa de Oliveira — que tive o ensejo de conhecer numa das suas visitas a Portugal — toda a razão. O recente caso das células-tronco, ou estaminais, é uma demonstração eloquente disso. A oposição da Igreja à destruição de embriões, para se obterem estas células, levou investigadores, em todo o mundo, a procurarem fontes alternativas. Essas fontes apareceram pelo trabalho científico, e hoje pode dizer-se que, para se conseguirem resultados terapêuticos, não são necessárias células tiradas de embriões, destruindo-os, já que as encontramos no líquido amniótico e no sangue do cordão umbilical.

CatolicismoDiscute-se, no Supremo Tribunal Federal, o tema da utilização de células-tronco embrionárias em pesquisas médicas. Em caso de aprovação por parte dos magistrados, o Sr. acha que isso trará mesmo algum avanço para o mundo científico brasileiro?

Doutor Daniel Serrão — Como acabo de responder, não há hoje necessidade de usar células-tronco de origem embrionária. No recente livro Cell Therapy, editado pela McGrawHill, e no qual tive a honra de colaborar, estão apresentados os resultados, nos diferentes campos, do uso terapêutico de células somáticas com função estaminal. No interesse dos doentes, os países, que têm condições para fazer investigação com estas células, devem subsidiar os ensaios com as células de adultos, pois com estas podem obter-se, a curto prazo, resultados positivos, particularmente em doenças cardíacas e do sistema nervoso.

Catolicismo Sabe-se que em alguns países essas pesquisas com células-tronco embrionárias já se fazem há algum tempo. Divulga-se algum fruto real dessas pesquisas?

Doutor Daniel Serrão — Não há um único resultado terapêutico em seres humanos com células-tronco de origem em embriões humanos. Os principais problemas – que são o controlo da capacidade de transformação dessas células-tronco embrionárias em células tumorais, e a própria estabilidade do fenótipo de célula-tronco não diferenciada e das células diferenciadas obtidas das células-tronco – não estão resolvidos. E sem estarem resolvidos, não se vislumbra qualquer aplicação em doentes. Pelo contrário, as células-tronco obtidas em estruturas adultas, em particular na medula óssea, há muitos anos dão resultados excelentes em leucemias e linfomas, e nos casos de neoplasias, em que é necessário aplicar terapias que destroem a medula óssea.

Actualmente, é possível “guardar” células-tronco obtidas da criança, logo após nascer, e se for necessário, usá-las anos depois, sem nenhum problema de rejeição imunológica. Se os resultados dos investigadores japoneses e americanos vierem a ser desenvolvidos com sucesso, qualquer célula do nosso organismo adulto poderá ser transformada, por engenharia de genética molecular, em célula com as características da célula-tronco embrionária.

CatolicismoQue mensagem o Sr. gostaria de dar aos leitores de Catolicismo, para incentivá-los na luta contra a prática do aborto?

Doutor Daniel Serrão — A mensagem é só uma: aprender a ter respeito pelo corpo próprio e pelo corpo do outro. Respeito, antes de mais, biológico, pois todo corpo vivo apela a viver, e esse apelo tem de ser escutado e respeitado. A criança, que está a desenvolver-se, apela à mãe para viver, com a linguagem própria do equilíbrio biológico.

Depois, respeito ao nível humano, porque o feto é já da nossa família humana, mesmo que ainda não fale connosco; mas vai falar em breve, e se já falasse, pediria que não fosse morto.

Finalmente, respeito espiritual, porque o ser que se desenvolve no útero da mãe não é uma coisa, mas uma estrutura pessoal, que irá manifestar-se como pessoa espiritual, à medida que o tempo passar.

No acto de abortar, o abortador destrói uma vida biológica, mata um corpo humano pessoal e anula a expressão de um espírito. Espírito que, para nós católicos, é a marca do Criador em nosso corpo, desde a concepção.


Fim.
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 ABC do Aborto:
«A maior dificuldade para uma boa discussão do problema do abortamento em Portugal é a falta de informação verdadeira e isenta e a abundância de informação falsa e tendenciosa. Vou tentar ajudar as pessoas que, de coração limpo e inteligência livre, querem formar um juízo sério e responsável.
 Aborto é o produto de um acto de abortamento que consiste em extrair do útero – ou forçar a expulsão – de um ser humano em desenvolvimento. Quando a expulsão é espontânea diz-se que a mulher teve um aborto ou que abortou; também se diz perdeu o filho (ou o bébé). O acto de abortamento pode resultar de uma decisão da mulher grávida que procura, por sua iniciativa, encontrar quem o pratique – alguns médicos, parteiras e enfermeiras que perderam o respeito pela dignidade da sua profissão; jeitosas ou curiosas irresponsáveis; algumas clínicas certificadas para fazerem actos cirúrgicos e que praticam também, clandestinamente, actos de abortamento. Todos estes intervenientes actuam por dinheiro e não com o objectivo de ajudar a adolescente ou a mulher em situação de desespero. Os preços oscilam, segundo algumas fontes, entre vinte e duzentos contos, consoante a técnica utilizada e o tamanho do bébé que vai ser liquidado. O “produto” de um acto de abortamento é um ser humano em desenvolvimento, extraído depois de ter sido morto, ainda no útero da mãe, ou que morre após ter sido tirado.

Este ser humano em desenvolvimento construiu-se como um ser autónomo, definido por uma estrutura cromossómica diferente da da mãe e da do pai, da qual resulta um corpo próprio e que vai usar o corpo da mãe apenas para se alimentar. O corpo humano mais simples é formado por duas células e está na trompa; chama-se-lhe embrião e vai sempre aumentando o seu corpo, pela divisão das células que o formam, até se aninhar na mucosa do útero; o que demora 6 a 8 dias. Para alguns a partir da nidação o nome do corpo humano muda de embrião para feto; outros só lhe mudam o nome para feto pela 8ª ou 9ª semana. Esta mudança de nome é inteiramente arbitrária e não tem qualquer fundamento científico. O corpo humano, desde a fase em que é formado pelas duas células resultantes da divisão do ovo fecundado, ou zigoto, muda constantemente de aspecto exterior e de forma interior por força do processo de diferenciação. Podem mudar-lhe o nome mas é sempre o mesmo corpo humano em desenvolvimento.

Às 8 semanas, o feto, com cabeça tronco e membros bem desenvolvidos, o coração a trabalhar, o cérebro reactivo a estímulos, intestinos e rins constituídos e funcionantes, flutua no líquido amniótico e executa movimentos intencionais dos membros e do corpo, como o fazem os animais que vivem em meio aquático. É um corpo humano bem vivo. Não há, actualmente, nenhuma dúvida entre os cientistas especializados em biologia humana: no zigoto ou ovo fecundado manifesta-se uma vida humana e o corpo que a transporta modifica-se ao longo do tempo, até à senilidade e à morte. Todas as formas do corpo humano são o suporte biológico e natural da vida humana. Toda a destruição intencional de um corpo humano, seja qual for a sua idade – do zigoto até aos nove meses –, é um crime contra a vida humana. Exactamente igual ao infanticido ou à eutanásia dos velhos e doentes terminais.

Autorizar a mulher grávida, em qualquer fase da gestação, a interromper voluntariamente a gravidez, fazendo com que lhe destruam e extraiam o embrião ou o feto, é legalizar um crime contra a vida humana, é abrir a porta ao infanticídio por motivos sociais, à pedofilia assassina, ao tratamento cruel de idosos e dependentes e à eutanásia ou morte dos doentes terminais.»

          Daniel Serrão

domingo, 24 de julho de 2011

O que é que a Bíblia diz em relação ao aborto?

A Bíblia em lugar algum se refere de forma específica ao aborto, no entanto, há numerosos ensinamentos Bíblicos que mostram de forma clara o que Deus pensa em relação a esse tema.
  • Jeremias 1:5 diz-nos que Deus já nos conhece mesmo antes de nos ter formado no ventre materno.
  • Salmo 139:13-16 fala-nos de Deus e do Seu papel activo na nossa criação e formação no ventre.
  • Êxodo 21:22-25 prescreve a mesma pena - a execução - para alguém que cause a morte do bebé que se encontra no ventre, do mesmo modo que se executa quem mata outro homem.

Isto demonstra que Deus considera o bebé no ventre como alguém com o valor dum ser humano adulto. Para o Cristão, portanto, o aborto não é uma questão de "escolha" da mulher, mas sim uma questão de vida ou de morte para o ser humano criado à Imagem de Deus que se encontra no ventre materno (Genesis 1:26-27; 9:6).


Uma das perguntas que o lobby pró-matança faz é "E em caso de violação ou incesto?".

Por mais horrível que que seja ficar grávida como resultado duma violação e/ou incesto, de que forma é que matar o bebé resolve alguma coisa? Dois erros não se transformam numa coisa boa. O bebé é totalmente inocente e como tal não deveria ser punido pelo actos do pai biológico.

(Vejam este texto.)

O segundo argumento é: "E em caso de vida ou de morte?".

Honestamente, esta é uma questão difícil, mas lembre-mo-nos que esta situação é responsável por menos de uma décimo de 1% dos abortos feitos no mundo inteiro. Muitas mais mulheres fazem abortos por conveniência do que fazem abortos (matar o bebé) como forma de salvar a sua própria vida.

Segundo, como Cristãos, nunca nos podemos esquecer que Deus pode fazer milagres quando e onde Ele quiser. Ele pode preservar a vida da mãe e da criança apesar das probabilidades estarem contra eles.

Qualquer casal que se encontre numa situação destas deve orar ao Senhor para ter discernimento (Tiago 1:5) em relação aos passos a tomar.

Mais de 95% dos abortos feitos um pouco por todo o mundo envolvem mulheres que simplesmente não queriam ter o filho. Menos de 5% dos abortos são feitos por motivos como a violação, o incesto ou factores de risco para a mulher.

O aborto nunca deveria ser uma opção mesmo dentro dos 5% restantes. A vida do ser humano no ventre merece que sejam despendidos todos os esforços como forma de a salvar.


Para aqueles que tomaram parte directa ou indirectamente na matança dum bebé (aborto) é importante não esquecer que o Sacrifício do Filho de Deus cobre todos os pecados, desde que a pessoa o peça ao Senhor. Através da fé em Cristo, todos os nossos pecados podem ser perdoados (João 3:16; Romanos 8:1; Colossenses 1:14).

A mulher que já fez um aborto, o homem que encorajou uma mulher a fazê-lo ou mesmo o médico que fez o aborto - todos podem ser perdoados no Nome do Senhor Jesus Cristo.

Modificado a partir do original

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Maria José Nogueira Pinto

1952 - 2011




Aborto, lei e factos

«A nossa prática tem sido a de discutir os efeitos e as consequências dos fenómenos que vão ocorrendo nas sociedades sem qualquer valoração das respectivas causas, que permanecem ocultas ou num limbo. Como é da nossa natureza acreditar que compete ao legislador resolver essas questões. Liberalizar tornou- -se uma palavra de ordem e a invenção de uma agenda fracturante permitiu remeter para a via legislativa problemas incómodos e transformá-los em delirantes bandeiras ideológicas. Uma receita culturalmente manhosa para a dimensão das questões.

Eram já conhecidos indicadores preocupantes no que se refere ao aborto após a aprovação da lei, mas ficámos agora a saber, pela voz do presidente do Conselho Nacional de Ética, que os resultados vão no sentido oposto do que foi propagado pelos que promoveram a liberalização e viabilizaram a lei: 50% das mulheres que fazem aborto faltam à consulta de planeamento familiar obrigatória 15 dias depois; há mulheres que fazem, no Serviço Nacional de Saúde, dois ou três abortos por ano; o número de abortos aumentou de 12 mil para 18 mil em 2008 e para 19 mil em 2009.

São os riscos de legislar num clima de contenda ideológica sobre questões que têm a ver com a vida e a morte, com o respeito e a dignidade, com a responsabilidade individual e colectiva, com princípios básicos de civilização. Este núcleo duro foi e é o âmago da questão e não devia ser varrido por argumentários que parecem ignorar o essencial da condição humana e o valor das vítimas, de todas as vítimas do aborto.
É também um exemplo de má fé legislativa: os adeptos do "sim" sabiam que esta lei não iria resolver nada e, pelo contrário, agravaria a situação. Ninguém com um mínimo de conhecimento da realidade, das causas que estão na origem do aborto, da heterogeneidade das situações, da desigualdade das condições podia, de boa-fé, acreditar na bondade da lei. Aceitaram-se como bons dados forjados, ouviram-se peritos escolhidos à la carte, criou-se um discurso ditatorial, explorou-se a compaixão das pessoas e apagou--se o histórico.

Volto por isso ao ponto onde sempre estive, com as mesmas preocupações que sempre senti e que agora parecem ser partilhadas pelo presidente da Comissão Nacional de Ética. Uma lei que liberaliza, que consagra o aborto a pedido sem necessidade de qualquer justificação, é uma lei que institui a violência pela consagração de medidas desproporcionais e banaliza um acto que, em qualquer circunstância, é sempre de extrema gravidade. Criou-se nesta, como em outras questões éticas, uma cultura desumana assente na exaltação do egoísmo e da irresponsabilidade: da mulher em relação a si própria, em relação a um terceiro cujo direito a nascer é preterido ao menor capricho, em relação à sociedade em geral que não se revê num desmazelo militante cuja factura não quer pagar, em relação aos profissionais de saúde que abraçaram uma vocação assente em valores que estes actos violentam, e que estão na primeira linha de um SNS de recursos escassos e necessidades crescentes.

E, tal como então previmos, confirma-se agora uma perversidade adicional desta lei que funcionou como analgésico das más consciências públicas e privadas quanto às causas do aborto que merecem ponderação: o combate à pobreza das mulheres, a criação de meios efectivos para orientar, informar e criar alternativas, apoios à maternidade, um planeamento familiar eficaz e acessível.

De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Ética é preciso coragem para rever aspectos negativos da actual lei. Que coragem e para quê? Para pôr de lado hipocrisias e oportunismos políticos e corrigir uma lei profundamente atingida por equívocos? Ou bastará a pequena coragem do remendo legislativo que dissolva a incomodidade das evidências e devolva a todos uma benévola sonolência? »

Maria José Nogueira Pinto,1 Julho de 2010



terça-feira, 5 de julho de 2011

Aborto e Arrependimento

Abortar implica matar um ser humano. Assassinar uma pessoa que, por definição, é única. É um crime de sangue.

Uma vez feito o aborto, ele é irreversível.   Uma vez feito o aborto, e tomada consciência do mal cometido, o passo seguinte deve ser o arrependimento. Não o desespero da salvação.

Este blogue não condena ninguém ao inferno. O inferno é real, mas o perdão de Deus também. Para os que se arrependem realmente.

Este blogue também não consegue remeter pessoas para o paraíso, ou conceder-lhes perdão. Só Deus, o Senhor da Vida, conhece as motivações e o coração de cada um.

O presente texto é apenas um breve esclarecimento. Estou certo de que ao relatar o sofrimento psicológico de muitas mulheres depois de abortarem os seus filhos, o meu colega de blogue não pretendeu aumentar o sofrimento ou causar desespero espiritual a alguma senhora que tenha passado por essa situação e eventualmente nos possa ler. Apenas descreveu o estado psicológico de muitas mulheres.

Depois de um único aborto, nada continua como antes, porque foi uma vida humana que se perdeu. E é por isso que nos devemos arrepender perante o Justo e Misericordioso.

Só podemos esperar que Deus tenha misericórdia de pessoas como Bernard Nathanson, que se humillhou e reconheceu como autor de injustiças irreparáveis, lutando a partir de então para que outros não cometessem o mesmo erro.

sábado, 26 de março de 2011

O Ministério "Mãos Erguidas"

"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.

E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.

Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,

Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados."

Tiago 5:17-20

sábado, 19 de março de 2011

E no caso de violação?

O que significa realmente a excepção no caso de violação. (Fonte)

Já todos ouvimos alguém dizer:

"Sou pela vida, bem, excepto nos casos de violação..." ou

"Sou pela escolha, sobretudo nos casos de violação!"

Alguma vez pensaste como é insultuoso dizer a alguém " Eu acho que a tua mãe devia ter-te abortado." ? É o mesmo que dizer, "Por mim, agora estarias morto."

É esta a realidade com a qual eu vivo sempre que alguém diz que é pró-vida "excepto nos casos de violação" porque eu teria inevitavelmente sido abortada se fosse isso fosse legal no Michigan quando eu era uma criança por nascer. Isto magoa-me, asseguro-vos.

Sei que a maioria das pessoas não encara o problema como se envolvesse uma pessoa - para elas o aborto é só um conceito - com um pequeno chavão elas varrem o problema para debaixo do tapete e esquecem-no. Eu espero, enquanto concebida numa violação, conseguir colocar um rosto, uma voz e uma história nesta questão.

Alguns perguntam-me: "Então significa que és pró-violação?".

Apesar do ridículo eu respondo pois percebo que não estejam a pensar realmente no problema. Existe uma enorme diferença: eu já existia e a minha vida teria sido terminada, eu teria sido assassinada através de um brutal aborto. Só podes ser morto e a tua vida desvalorizada uma vez que existas. Ser grata pela minha vida ter sido protegida de forma alguma me torna uma "pró-violação".

Sou grata aos meus heróis pró-vida a 100% !

Rebecca Kiessling, activista internacional pró-vida, advogada.




A história de Rebecca Kiessling. Versão Resumida

Eu fui adoptada quase à nascença. Aos 18 anos descobri que fui concebida através de uma brutal violação sob ameaça de faca por um violador em série. Como a maioria das pessoas, eu nunca tinha visto o aborto aplicado à minha vida. Mas assim que recebi esta informação de repente compreendi que, não só o aborto se relacionava com a minha vida, mas tinha a ver com toda a minha existência. Foi como se eu pudesse ouvir em eco todas aquelas pessoas que, com o mais amáveis dos tons, dizem, "Bem, excepto em casos de violação..., " ou que exclamam fervorosamente " Sobretudo nos casos de violação!!!" Todas essas pessoas que nem sequer me conhecem fazem um julgamento sobre a minha vida, tão rapidamente a rejeitam pela forma como eu fui concebida. Eu sinto como se então tivesse de justificar a minha própria existência, de provar por mim mesma ao mundo que eu não deveria ter sido abortada e que mereço viver. Também me recordo de me sentir como lixo por as pessoas dizerem que a minha vida é como lixo, que eu sou descartável.

Por favor, compreende: sempre que te identificas a ti mesmo como "pró-escolha", ou sempre que fazes essa excepção para o aborto, o que realmente se traduz daí é seres capaz de te levantares perante mim, olhares-me nos olhos e afirmares, "Eu acho que a tua mãe deveria ter sido capaz de te abortar"

Essa é uma posição muito forte. Eu nunca diria algo semelhante a alguém. Eu nunca diria a alguém, " Por mim, tu estarias morto agora". Mas é nessa realidade em que eu vivo. Eu desafio qualquer um a demonstrar-me que não é. Não é como se as pessoas dissessem, "Bem, eu sou pró-escolha excepto naquela pequena janela de oportunidade em 1968/1969, para que tu, Rebecca, pudesses ter nascido."

Frequentemente encontro quem me confronta e depois tenta rapidamente despachar o assunto com respostas rápidas como, "Bem, tu tiveste sorte!". Mas seguramente a minha sobrevivência nada teve a ver com sorte. O facto de eu hoje estar viva teve a ver com escolhas que foram feitas pela maioria da sociedade, pessoas que lutaram à época para garantir que o aborto era ilegal no Michigan, mesmo em casos de violação, pessoas que argumentaram para proteger a minha vida e pessoas que votaram pela vida. Eu não tive sorte. Eu fui protegida. Seria possível argumentar que os nossos irmãos e irmãos que são abortados todos os dias são apenas "azarados"?!

A minha mãe contou-me que foi a dois abortadeiros de vão-de-escada e que eu quase fui abortada. Após a violação, a polícia encaminhou-a para um conselheiro que basicamente lhe disse que o aborto era a coisa a fazer. Ela disse que não existiam centros de apoio a grávidas em crise na altura, mas assegurou-me que se existissem teria ido pelo menos para ser melhor esclarecida. O conselheiro foi quem a encaminhou para os abortadeiros de vão-de-escada. Do primeiro, ela disse que eram as típicas condições sobre as quais ouvimos como a razão pela qual "ela devia, em segurança e legalidade, ter podido abortar" -me. Sangue e sujidade na mesa e no chão. Aquelas condições e o facto de ser um sítio ilegal levaram-na a ir embora, tal como a maioria das mulheres.

Então ela foi contactada por um abortadeiro mais caro. Desta vez ela deveria encontrar-se com alguém à noite, perto do Instituto de Artes de Detroit. Essa pessoa iria aproximar-se, chamá-la pelo nome, vendar-lhe os olhos, colocá-la num carro, levá-la e depois abortar-me...., depois vendá-la outra vez, e trazê-la de volta.

Acho patético e sei que existem inúmeras pessoas horríveis que me responderiam à descrição destas condições abanando a cabeça e lamentando "É tão terrível que a tua mãe tivesse de ter passado por tudo isso para que pudesse ter-te abortado!"

Como se isso fosse solidário... Eu tomei consciência que elas pensam estar a ser solidárias, mas é uma posição de coração de pedra, se me tiveram como referência, não acham? É da minha vida de quem tão insensivelmente falam, não há nada de caridoso em tal posição.

A minha mãe está bem, a sua vida prosseguiu, de facto ela está mesmo bem, mas eu teria sido assassinada, a minha vida teria terminado. Eu posso não parecer a mesma como quando tinha quatro anos ou quatro dias de vida intra-uterina, mas sem dúvida alguma era eu, e eu teria sido brutalmente assassinada através do aborto.

De acordo com a investigação do Dr. David Reardon, director do Instituto Elliot, co-editor do livro "Vítimas e Vencedores: Crianças Concebidas por Agressão Sexual", e autor do artigo "Violação, Incesto e Aborto: Procurando por detrás dos Mitos"; a maioria das mulheres que engravidam como resultado de uma violação não querem abortar e estão de facto em pior situação depois de um aborto. Ver http://www.afterabortion.org/

A posição da maioria das pessoas quanto ao aborto em caso de violação é baseada em premissas erradas:

1) A vítima de violação prefere o aborto;

2) Ela ficará melhor se abortar;

3) A vida daquela criança não é razão suficiente para a mulher violada prosseguir a gravidez.

Espero que a minha história, e outras histórias colocadas no meu site, possam ajudar a dissipar o último mito. Gostaria de poder dizer que a minha mãe se enquadra na maioria das vítimas e que ela não queria abortar-me, mas ela estava convicta do contrário. De qualquer forma, a sujidade, a conversa do segundo abortadeiro e o receio pela sua própria segurança, levaram-na a desistir. Quando ela lhe disse pelo telefone que não alinharia naquele encontro arriscado, esse médico abortadeiro insultou-a e chamou-lhe nomes. Para surpresa dela, telefonou-lhe no dia seguinte tentando convencê-la a abortar-me, mais uma vez ela recusou e recebeu insultos como resposta. E foi assim, depois disto ela simplesmente não foi capaz de seguir em frente com o aborto. Estava então a entrar no segundo trimestre de gravidez -- teria sido muito mais perigoso e caro abortar-me.

Eu sou bastante grata pela minha vida ter sido poupada, mas muitos cristãos bem intencionados responderão coisas como, "Bem, Deus quis mesmo que tu vivesses!" Ou outros poderão dizer, "Tu estavas destinada a viver" Mas Deus pretende dar a todas as crianças por nascer a mesma oportunidade que eu tive de nascer. Eu não posso ficar sentada contentando-me em pensar, "Bem, pelo menos a minha vida foi poupada". Ou, " Eu mereci isto. Vejam aquilo que tenho feito com a minha vida." E aos milhões de outros que não puderam viver? Eu não posso fazer tal coisa. Tu podes? Podes ficar sentado e dizer, "Pelo menos eu fui desejado...pelo menos estou vivo" ou ainda, "Pouco importa!" ? Queres ser esse tipo de pessoa? Coração de pedra? Uma fachada de compaixão externa, mas vazio e duro por dentro?

Dizes que te importas com as mulheres, mas não te podias importar menos comigo porque eu apareço como recordação de algo que tu preferias não encarar e que irias odiar que outros considerassem. Eu não me enquadro nos teus planos.

Na faculdade de direito também tive colegas que me disseram coisas como, "Bem, se tivesses sido abortada não estarias aqui hoje, não irias notar qualquer diferença, por isso qual é o problema?"

Acreditem ou não, a maioria dos filósofos pró-aborto usam o mesmo tipo de argumento:

O feto nunca sabe o que o atinge, por isso não existe feto que perca a sua vida".

Assim, suponho, basta esfaquear alguém que esteja a dormir, e não há problema, porque a vítima nunca saberá o que a atingiu?

Eu expliquei aos meus colegas como a mesma lógica justificaria matar uma pessoa hoje, porque "ela não estaria cá amanhã, e não saberia a diferença, por isso que importa?"

Eles ficaram de queixo caído. É supreendente o que um pouco de lógica pode fazer, quando pensamos nas questões com profundidade -- supostamente aquilo que teríamos de fazer num curso de direito -- e tomamos em consideração aquilo de que estamos realmente a falar: há pessoas que não existem hoje porque foram abortadas.

É como o velho ditado: " Se uma árvore cai na floresta, e nunca está por perto para ouvir, ela faz barulho?" Claro que sim. E se um bebé é abortado, e ninguém mais sabe disso, faz alguma diferença? A resposta é SIM. Aquela vida importa. A minha vida importa. A tua vida importa e não deixes que ninguém te diga o contrário.

O mundo é um lugar diferente porque era ilegal a minha mãe abortar-me naquela época. A tua vida é diferente por ela não ter podido abortar-me, porque estás agora aí sentado a ler as minhas palavras. Há algo que todos nós estamos a perder hoje pelas gerações que são abortadas. Isso importa.

Uma das coisas que aprendi é que o violador NÃO é o meu criador, como alguns pensam. O meu valor e a minha identidade não são definidos como "produto de violação", mas como filha de Deus. Salmos, 68: 5, 6 diz : Pai de órfãos (...) é Deus, no seu lugar santo. Deus faz que o solitário viva em família. Também em Salmos, 27:10, Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá.

Não existe nenhum estigma em ser adoptado. O Novo Testamento diz-nos que é no espírito de adopção que somos chamados filhos de Deus através de Cristo nosso Senhor. Ele certamente tem a adopção como bastante valiosa para a usar como metáfora do Seu amor por nós.

Mais importante, aprendi, eu serei capaz de ensinar os meus filhos, e ensino aos outros, que o nosso valor não é baseado nas circunstâncias da concepção, nos pais, irmãos, companheiro, casa, roupas, visual, QI, notas escolares, pontuação, dinheiro, profissão, sucesso ou fracasso, capacidades ou incapacidades... Estas são as mentiras que se perpetuam na sociedade. De facto, a maioria dos palestrantes motivacionais dizem aos outros que se eles puderem fazer alguma coisa específica de acordo com determinado padrão social, então eles "serão alguém". Mas ninguém consegue alguma vez adaptar-se a todos esses padrões ridículos, as pessoas falham a maioria deles. Isso significa que elas não são "alguém" ou que são "ninguém"?

A verdade é que não temos de provar o nosso valor a ninguém, se queres saber o teu real valor tudo o que tens a fazer é olhar para a Cruz --porque esse é o preço que foi pago pela tua vida.

Esse é o valor infinito que Deus colocou na tua vida. Ele considera-te bastante valioso, e eu também. Irás juntar-te a mim, afirmando também o valor dos outros, em palavras e acções?

Para aqueles que respondem, "Eu não acredito em Deus, eu não acredito na Bíblia, por isso sou pró-escolha", por favor leiam o meu ensaio " O direito da criança por nascer a não ser injustamente morta" - uma perspectiva pela filosofia do direito". Asseguro que sua leitura justificará o tempo perdido.
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"De um estupro pode nascer um santo, e de um casamento regular pode nascer uma besta quadrada."

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Bernard Nathanson

1926-2011

Esta semana faleceu o autor confesso e arrependido da morte de 75.000 seres humanos inocentes e indefesos. Não sabemos quantas vidas ele salvou depois de se arrepender, mas a sua confissão, revelação das mentiras e estratégia usada pelos movimentos abortistas para legalizar a matança, bem como os dois documentários sobre o aborto que protagonizou; irão perdurar no tempo como factos contra os quais nenhuma pessoa consciente pode argumentar. Depois de assistir à confissão de Nathanson e dos seus documentários, uma pessoa só pode continuar a apoiar a legalização do aborto se decidir conscientemente ignorar a verdade. Bernard Nathansson converteu-se à vida e posteriormente ao catolicismo. Tal como São Paulo, Nathanson passou de perseguidor a defensor dos perseguidos. Paz à sua alma.


Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me persegues?» Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» Respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues.







quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Gianna Jessen, a menina que não conseguiram matar

Impressionante testemunho de uma sobrevivente do holocausto abortista. Gianna Jessen foi cruelmente queimada com sal, no útero da sua mãe. O corpo da mãe expulsou-a, mas ela nasceu viva. Felizmente, a abortadeira não estava na clínica para a asfixar, como era então a prática vigente para todos os bebés abortados nascidos vivos.

A mulher que vão ouvir é a voz de todas as crianças que não tiveram a sorte dela. Gianna Jessen é cada um dos inocente e indefesos cruelmente assassinado antes de nascerem. A crítica que ela faz aos homens que têm o dever de lutar para defender crianças e mulheres, é feita pelos bebés que não têm voz. Pela de Gianna, a menina que não conseguiram matar, todos esses bebés inocentes e indefesos gritam-nos para impedirmos que eles sejam assassinados.



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