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sábado, 31 de dezembro de 2011

"Desculpa, filho"

A minha história provavelmente não é senão mais um dos vários testemunhos que existem sobre este tipo de prática, e bem sei que muitas mulheres se sentem como eu.

Há cerca de um ano, com os meus 18 anos quase acabados de fazer, engravidei de um rapaz que, apesar de já estar comigo há 2 anos, jamais teria demonstrado vontade ou maturidade para ter algo sério comigo. Mantínhamos uma amizade colorida, onde os sentimentos eram postos de lado.

Acontece que, tal como muitas pessoas pensam, eu não fui excepção à regra e quando o meu período menstrual se atrasou eu não liguei, julgando que fosse um atraso – e o mais irónico é que o meu período sempre fora regular, mas claro, nós achamos sempre que só acontece aos outros.

Apenas no dia 24 de Janeiro tive coragem para fazer um teste de gravidez que, obviamente, anunciou um resultado positivo. Nem sei o que senti nesse momento. É uma sensação horrível, tantas são as interrogações e as dúvidas que nos começam a bombardear (e note-se que eu já estava grávida de 9 semanas, ou seja, estava bastante sensível).

Mas, de facto, era algo do qual eu já deveria estar consciencializada, uma vez que os sintomas eram evidentes – eu simplesmente não queria aceitar!!!

Acabei por contar tudo ao rapaz, tal como aos meus pais, que reagiram de forma muito distinta. A minha mãe apoiou-me incondicionalmente, ao invés do meu pai que sentiu vergonha e não conseguiu dirigir-me palavra durante semanas.

Foram momentos de desespero e dor profunda. Ouvi coisas que jamais esperei ouvir, e os meus choros e revolta eram constantes: “Porquê a mim? Porque é que isto me aconteceu? Eu preciso de apoio, será que ele não consegue ver isso?”

Ainda pior que tudo isto foi o facto de não ter apoio psicológico nem monetário do suposto pai da criança. Na altura, ele era um rapaz com 19 anos, com um emprego que lhe dava um bom salário, e alguém que eu julgava ser responsável e maduro… Tamanha ilusão, ou melhor, tamanha desilusão que eu fui ter!!! Senti-me abandonada, triste, e se não fosse a minha mãe não sei o que seria de mim – de facto, mãe é tudo.

Recorri ao Centro de Saúde no dia seguinte, após confirmar a minha gravidez. No entanto, necessitava de falar com uma psicóloga que de momento se encontrava de férias – e, embora não tivesse a certeza de quanto tempo estava naquele momento (só soube ao certo no dia em que abortei), eu tinha uma noção de que o tempo de gestação já era longo.

Eu não menstruava desde início de Novembro, portanto tinha que arranjar uma outra solução, já que a IVG só é feita legalmente até às 10 semanas. Dia 1 de Fevereiro foi o dia do meu aborto. Um dia que jamais irei esquecer. Inicialmente, o meu único pensamento era: “eu quero livrar-me disto o mais rapidamente possível!!!” Cheguei à clínica e fui rapidamente atendida.

Inicialmente foi feita uma ecografia, que anunciou 10 semanas de gravidez, e de seguida falei com um psicólogo, fiz uma recolha de sangue para averiguar qual o meu tipo sanguíneo e voilá – sala de operações. Preferi fazer uma aspiração com anestesia geral, uma vez que não queria, de forma alguma, ter recordações daquela operação. E, em menos de 5 minutos, adormeci profundamente, acordando 1 hora e pouco mais tarde.

Acordei aliviada, mas meio deslocada, nostálgica. Eu sabia que o meu ”pesadelo” tinha acabado – mal sabia eu que outro, mais tarde, iria começar. Senti dores horríveis nos primeiros dias após a IVG e perdi algum sangue. Porém, correu tudo bem, e após isso a minha menstruação voltou e até à data tem sido regular, sem quaisquer tipo de complicações.

Fisicamente, tudo impecável. O pior mesmo é a parte psicológica… Se inicialmente fiquei bem, hoje em dia, e passado meses – quase um ano, a verdade é que sinto um enorme vazio e penso constantemente em como seria a criança, invadida de culpa. Embora a situação fosse muito complicada, a verdade é que eu tinha o apoio da minha mãe.

E o meu pai, mais cedo ou mais tarde acabaria por aceitar. E o rapaz teria que tomar outra atitude, consciencializar-se e falar com a mãe – esse sempre foi o grande ”medo” dele, já que entre eles existiam alguns dissabores. Ainda assim, tudo acabaria por tomar um rumo, e apesar da sua atitude cobarde, certamente que ele daria um bom pai.

Enfim, tudo suposições que me matam por dentro… Era nova de mais, ingénua de mais – e verdade seja dita, só compreendemos realmente as situações quando passamos por elas.

Desculpa “filho” por não te ter deixado viver. Garanto, de facto, que jamais repetirei um acto destes, pois dói de mais. Mãe é mãe, ainda que o filho nasça ou não.

(Raquel Santana)

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sábado, 29 de outubro de 2011

"Se eu pudesse voltar o tempo atrás, deixaria o bebé viver"


Quando digo às pessoas que sou uma ex-feminista, recebo uma vasta gama de respostas. Algumas pessoas ficam chocadas e ofendidas - como se eu tivesse afirmado "duvido que o mundo seja redondo." Outras há que ficam com um olhar de alegria nas suas faces como se estivessem a pensar "Que bom que outra pessoa sente o mesmo que eu sinto!".

Certamente que não me oponho a que as mulheres frequentem as faculdades nem penso que elas devam ser proibidas de perseguir os seus sonhos - quer seja a maternidade, a medicina ou a meteorologia.

No entanto, e como alguém que viveu a agenda feminista durante muitos anos, posso revelar que dar as mulheres acesso à educação e a carreiras é apenas a ponta do iceberg feminista. Se nós cavarmos suficientemente fundo, encontraremos uma vasta gama de mentiras.

Mentiras feministas.

Demorei muitos anos até ver a realidade da primeira mentira que me contaram. Embora tenha sido criada numa lar Católico, durante os meus primeiros anos na faculdade não só abandonei a minha fé Católica como também os meus princípios morais.

Quando cheguei à etapa da pós-graduação - durante os anos 70 - o movimento de libertação estava a caminho e uma das principais alegações era o do "amor livre". Isto era um eufemismo uma vez que o mesmo nada tinha a ver com a realidade do comportamento - isto é, relacionamentos íntimos com estranhos como se isso fosse mais uma actividade casual.

Como uma feminista em crescimento, eu caí no erro de pensar que, uma vez que sexo casual não afecta os homens, também não afectaria as mulheres. Afinal de contas, uma vez que as feministas estavam determinadas que nivelar o campo de jogo entre os homens e as mulheres, isso envolveria destruir tradições como o casamento e o compromisso e, no processo, encorajar as mulheres a imitar o comportamento masculino.

Foi difícil tornar-me íntima com homens que mal conhecia ao mesmo tempo que fingia que não esperava qualquer tipo de compromisso da sua parte. Mas eu convenci-me de que, através do tempo, as minhas emoções mudariam.

Apesar do facto de eu e as minhas amigas feministas regularmente ficarmos de coração partido, nós não chegamos à conclusão óbvia: o feminismo estava errado; uma vez elas sabem no seu íntimo que o bebé é o propósito óbvio da intimidade sexual, as mulheres foram criadas por Deus para juntar o sexo ao compromisso e ao amor.

Uma vez que eu era demasiado ingénua para vêr através da mentira, conclui que eu tinha que dar mais tempo à nova experiência até, eventualmente, atingir a "libertação".

Fui também apanhada na teia da segunda mentira feminista, que é consequência lógica da primeira. As feministas estão bem cientes que o sexo casual pode levar a uma gravidez - mesmo que a mulher esteja a usar contraceptivos. Não há nenhum engenho ou químico que possa garantir a 100% que o acto sexual não terá como resultado uma gravidez.

As feministas, no entanto, não vêem este facto como uma razão válida para evitar o sexo fora do vínculo do casamento. Em vez disso, e na sua tentativa de cortar a ligação Divina entre sexo e bebés, elas propõem outra "solução" - uma que levou à morte de milhões de bebés através do aborto.

Tragicamente, eu sou uma das mulheres que caiu nesta decepção. Eu realmente acreditei que a liberdade da mulher em prosseguir com os estudos e avançar com a sua carreira profissional estavam acima do direito do bebé de nascer. Devido a isto, quando me vi grávida e solteira, escolhi o que pensava que seria uma solução simples.

Em todos os artigos feministas que li - e foram alguns - nenhuma menção foi feita às repercussões que normalmente ocorrem quando uma mulher faz um aborto.

Fiz a a marcação numa clínica feminista, entrei, e assinei os papéis. Na minha mente, o que eu estava em vias de fazer era, em termos factuais, idêntico a tirar um dente.

O que eu não me apercebi na altura é que eu estava em vias de abrir a primeira brecha na minha armadura feminista uma vez que, o "procedimento", como lhe chamei na altura, era horrivelmente doloroso, tanto fisicamente como emocionalmente.

Na verdade, quando deixei a clínica nesse dia, senti um vaga de alívio uma vez que o "problema" imediato, a gravidez inesperada, estava "resolvido". O que eu não sabia era que eu haveria de encarar muitos anos de problemas, muito mais sérios, à medida que as minhas emoções femininas reagiam com horror e remorso em relação ao que tinha ocorrido nesse dia.

Comecei a experimentar flashbacks e pesadelos; via bebés no centro comercial e começava a chorar. Pior de tudo, sentia-me terrivelmente sozinha uma vez que as minhas amigas feministas, que certamente tinha usado o mesmo "procedimento", cirurgicamente evitavam falar dos seus abortos.

Crescimento.

Enquanto os anos iam passando, eu ia ficando cheia de amargura e de remorsos sem fim. Não interessava o que as líderes feministas afirmavam em artigos eruditos; a verdade dos factos é que eu havia tirado uma vida e nunca iria ultrapassar esse facto.

Só quando regressei à Igreja Católica é que comecei a ver através das mentiras feministas. Vi que era impossível ser pró-mulher ao mesmo tempo que se era anti-bebé. Finalmente me apercebi que, dentro do plano feminista, os bebés são os grandes derrotados.

Foi só através do meu regresso ao Catolicismo que descobri, duma forma sã e bela, o que significa ser pró-mulher. A figura de Maria olhando com amor para a Criança Jesus nos seus braços revela a verdade que pode triunfar, duma vez por todas, sobre as mentiras do feminismo.

Arrancar os bebés das suas mães leva a resultados devastadores na mãe e na criança.

Encontrei o perdão do meu pecado através do sacramento da confissão e fui finalmente capaz de encontrar a cura emocional através do grupo "PATH", um ministério de tratamento e cura pós-aborto. No entanto as cicatrizes deixadas pelas mentiras feministas nunca estarão permanentemente curadas. Se pudesse voltar atrás a mão do tempo, eu deixaria o pequeno bebé viver.

Tal como milhões de outras mulheres que se arrependem do seu aborto, eu daria tudo se pudesse olhar para a pequena face do meu precioso filho que nunca chegou a ver a luz do dia.



Testemunho pessoal da Lorraine V. Murray.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

"Nunca mais podes voltar a ser o que eras antes do aborto"

Seria sempre bom que nunca existissem histórias deste tipo, mas elas existem e a história tem que ser contada. Obviamente que este tipo de informação não é do agrado do lobby pró-matança.

O vídeo relata a história de Jennifer. Ela fala-nos sobre o que mudou na sua vida depois do aborto, como mergulhou numa vida de drogas e promiscuidade sexual como forma de minimizar a dôr da perda do seu flho.

Em baixo estão algumas das coisas que ela disse:

Estou aqui para vos dizer que tu nunca mais podes voltar a ser o que eras antes do aborto. Essa pessoa desaparece para sempre.

Enquanto estava deitada na mesa da clínica, o meu coração chorava para que alguém me impedisse de seguir em frente. De repente fiquei a saber que o que estava em vias de fazer estava errado.

Nunca me vou esquecer do som da máquina a retirar a vida do meu filho de dentro de mim. Nunca mais seria a mesma.

Fonte


As feministas pró-matança não informam as mulheres das consequências psicológicas de se matar o próprio filho. Para as feministas, o que realmente importa é destruir vidas como forma de implantar uma ideologia política mascarada de "direito das mulheres".

Mas há Um Deus nos céus que está a observar tudo o que as feministas e os seus aliados fazem aos bebés. No final dos tempos, Ele executará justiça.

sábado, 26 de março de 2011

O Ministério "Mãos Erguidas"

"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.

E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.

Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,

Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados."

Tiago 5:17-20

sábado, 19 de março de 2011

O ultrassom que mudou minha vida

Aviso já que este testemunho é muito gráfico.

Nota: O seguinte é o primeiro capitulo do livro de Abby Johnson que está para ser publicado. Para mais informações sobre o livro, que será lançado em 11 de janeiro, clique aqui.
10 de janeiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — CHERYL MOSTROU A CABEÇA NA ABERTURA DA PORTA DO MEU ESCRITÓRIO. “Abby, estão precisando de mais alguém lá na sala de exames. Você está disponível?”
Ergui os olhos da minha papelada toda, surpresa. “Certamente”.
Abby Johnson
Embora tivesse trabalhado na Federação de Planejamento Familiar* durante oito anos, eu nunca havia sido chamada para a sala de exames para ajudar a equipe médica durante um aborto, e eu não tinha ideia do motivo por que eu precisava agora. Quem auxiliava nos abortos eram as enfermeiras profissionais, não a equipe de funcionários da clínica. Como diretora desta clínica na cidade de Bryan, Texas, eu estava em condições de preencher qualquer posição se fosse absolutamente necessário, exceto, é claro, as posições dos médicos ou enfermeiras que realizavam procedimentos médicos. Eu tinha, em poucas ocasiões, concordado com o pedido de uma paciente de permanecer com ela e até segurar a mão dela durante uma operação, mas só quando eu havia sido a conselheira que havia trabalhado com ela durante a entrada e aconselhamento. Esse não foi o caso hoje. Então por que é que precisavam de mim?
O médico aborteiro em atendimento hoje tinha estado na clínica de Bryan apenas duas ou três vezes antes. Ele tinha um consultório particular de aborto a cerca de 160 km de distância. Quando eu havia conversado com ele sobre o emprego várias semanas antes, ele tinha explicado que em seu próprio consultório ele só fazia abortos guiados por ultrassom — a operação de aborto com o menor risco de complicações para a mulher. Pelo fato de que esse método permite que o médico veja exatamente o que está acontecendo dentro do útero, há menos chance de perfurar a parede uterina, um dos riscos do aborto. Eu respeitei isso acerca dele. No que se referia a mim, quanto mais se pudesse fazer para manter as mulheres saudáveis e seguras, melhor. Contudo, eu havia explicado para ele que essa prática não era o protocolo em nossa clínica. Ele compreendeu e disse que seguiria nosso padrão de operação, embora concordássemos em que ele estava livre para usar o ultrassom se sentisse que uma situação particular justificasse isso.
Segundo sei, nunca tínhamos realizado abortos guiados por ultrassom em nossa clínica. Fazíamos abortos no sábado, a cada quinze dias, e a meta incumbida de nossa filial da Federação de Planejamento Familiar era realizar entre 25 e 35 operações naqueles dias. Gostávamos de terminá-los por volta das 14h. Nossas operações típicas levavam cerca de 10 minutos, mas um ultrassom aumentava para cinco minutos, e quando se está tentando agendar 35 abortos num só dia, esses minutos a mais contam.
Senti a relutância de um momento fora da sala de exames. Nunca gostei de entrar nessa sala durante uma operação de aborto — nunca vi com agrado o que acontecia por trás dessa porta. Mas já que todos tínhamos de estar prontos a qualquer momento para ajudar e realizar a tarefa, empurrei a porta para abrir e entrei.
A paciente já estava sedada, ainda consciente, mas grogue, a brilhante luz do médico iluminando sobre ela. Ela estava em posição, os instrumentos estavam colocados em ordem na bandeja ao lado do médico, e a enfermeira profissional estava posicionando a máquina de ultrassom perto da mesa de operação.
“Vou realizar um aborto guiado por ultrassom nesta paciente. Preciso que você segure a sonda do ultrassom”, explicou o médico.
Ao pegar a sonda do ultrassom na mão e ajustar as configurações da máquina, argumentei comigo mesma: “Não quero estar aqui. Não quero ter parte num aborto”. Não, atitude errada — eu precisava me preparar mentalmente para essa tarefa. Respirei profundamente e tentei me sintonizar com a música do rádio que estava tocando suavemente no fundo. “É uma boa experiência de aprendizado — nunca vi um aborto guiado por ultrassom antes”, eu disse para mim mesma. “Talvez isso me ajude quando eu aconselhar mulheres. Aprenderei de primeira mão sobre esse procedimento mais seguro. Além disso, tudo estará terminado em questão de poucos minutos”.
Eu não poderia ter imaginado como os próximos 10 minutos abalariam os alicerces dos meus valores e mudariam o curso da minha vida.
Eu tinha ocasionalmente realizado ultrassons de diagnóstico para clientes antes. Era um dos serviços que oferecíamos para confirmar as gravidezes e avaliar quanto estavam avançadas. A familiaridade de se preparar para um ultrassom aquietou meu desconforto de estar nessa sala. Apliquei o lubrificante na barriga da paciente, então manobrei a sonda do ultrassom até que o útero dela foi mostrado na tela e ajustei a posição da sonda para capturar a imagem do feto.
Eu estava esperando ver o que eu tinha visto em ultrassons passados. Geralmente, dependendo do avanço da gravidez e da posição do feto, eu veria primeiro uma perna, ou a cabeça, ou alguma imagem parcial do tronco, e precisaria manobrar um pouco para obter a melhor imagem possível. Mas desta vez, a imagem estava completa. Eu conseguia ver o perfil inteiro e perfeito de um bebê.
“Parece-se com Grace aos três meses”, pensei, surpresa, recordando da minha própria experiência de ver minha filha, três anos antes, aninhada em segurança dentro do meu útero. A imagem agora diante de mim parecia a mesma, só que mais clara e nítida. Os detalhes me deixaram perplexa. Eu conseguia ver claramente o perfil da cabeça, os braços, as pernas e até os dedinhos dos pés e das mãos. Tudo perfeito.
Mas muito rapidamente, a vibração com a memória emocionante de Grace foi substituída por uma onda de ansiedade: “O que estou para ver?” Meu estômago começou a ficar apertado. “Não quero assistir ao que está para acontecer”.
Suponho que isso parece esquisito vindo de uma profissional que vinha administrando uma clínica da Federação de Planejamento Familiar durante dois anos, aconselhando mulheres em crise, agendando abortos, revisando os relatórios mensais de orçamentos da clínica e treinando as funcionárias. Mas esquisito ou não, o fato simples é, nunca tive interesse em promover o aborto. Eu tinha me envolvido com a Federação de Planejamento Familiar oito anos antes, crendo que seu propósito era principalmente impedir gravidezes indesejadas, reduzindo assim o número de abortos. Essa tinha sido minha meta. E eu cria que a Federação de Planejamento Familiar salvava vidas — as vidas das mulheres que, sem os serviços fornecidos por essa organização, poderiam recorrer a algum açougueiro de fundo de quintal. Tudo isso passou rápido pela minha mente enquanto eu estava cuidadosamente segurando a sonda no lugar.
“Treze semanas”, ouvi a enfermeira dizer depois de tomar as medidas para apurar a idade do feto.
“Certo”, disse o médico, olhando para mim, “apenas segure a sonda no lugar durante a operação de modo que eu consiga ver o que estou fazendo”.
O ar levemente frio da sala de exame me deu uma sensação de calafrio. Meus olhos estavam ainda fixos na imagem desse bebê perfeitamente formado. Eu estava assistindo à medida que uma nova imagem entrava na tela do vídeo. A cânula — um instrumento em forma de canudo ligado à extremidade do tubo de sucção — havia sido inserida no útero e estava se aproximando do lado do bebê. Parecia um invasor na tela, fora de lugar. Errado. Parecia simplesmente errado.
Meu coração estava batendo aceleradamente. O tempo estava andando devagar. Eu não queria olhar, mas não queria parar de olhar também. Eu não conseguia assistir. Fiquei horrorizada, mas fascinada ao mesmo tempo, como alguém acanhado que diminui a velocidade enquanto passa de carro por algum horrível acidente de carro — não querendo ver um corpo mutilado, mas apesar de tudo olhando.
Meus olhos voaram para a face da paciente; lágrimas escorriam dos cantos dos olhos dela. Eu podia ver que ela estava sofrendo. A enfermeira tocou levemente a face da mulher com um lenço.
“Apenas respire”, a enfermeira gentilmente a instruiu. “Respire”.
“Já está quase no fim”, sussurrei. Eu queria ficar focada nela, mas meus olhos rapidamente voltaram para a imagem na tela.
No começo, o bebê não estava consciente da cânula, que gentilmente examinou o lado dele, e por um rápido segundo senti alívio. “É claro”, pensei. O feto não sente dor. Eu tinha assegurado a inúmeras mulheres disso conforme a Federação de Planejamento Familiar havia me ensinado. “A massa fetal nada sente quando é removida. Por isso, controle-se, Abby. Essa é uma operação simples e rápida”. Minha cabeça estava trabalhando muito para controlar minhas reações, mas eu não estava conseguindo abalar uma inquietação interior que estava rapidamente se transformando em terror enquanto eu assistia à tela.
O próximo movimento foi o súbito puxão de um pezinho enquanto o bebê começou a dar chutes, como se estivesse tentando se afastar do invasor examinador. À medida que a cânula pressionava o lado dele, o bebê começou a lutar para virar e escapar. Parecia claro para mim que ele estava conseguindo sentir a cânula, e ele não estava gostando do que estava sentindo. E então a voz do médico cortou o ar, me espantando.
“Mais luz aqui, Scotty”, ele disse despreocupadamente para a enfermeira. Ele estava dizendo a ela que ligasse a sucção — numa operação de aborto a sucção não é ligada até o médico sentir que tem a cânula exatamente no lugar certo.
Tive um impulso súbito de gritar “Parem!” para abalar a mulher e dizer: “Olhe para o que está acontecendo com o seu bebê! Acorde! Rápido! Impeça-os!”
Mas ao mesmo tempo em que pensei nessas palavras, olhei para a minha mão segurando a sonda. Eu era um “deles” realizando esse ato. Meus olhos rapidamente voltaram para a tela de novo. A cânula já estava sendo girada pelo médico, e agora eu conseguia ver o corpinho sendo violentamente torcido pela cânula. Nesse momento brevíssimo parecia como se o bebê estivesse sendo torcido como um pano de prato, torcido e espremido. E então começou a desaparecer dentro da cânula diante dos meus olhos. A última coisa que vi foi a espinha dorsal, pequenina e perfeitamente formada, sendo sugada pelo tubo, e então se foi. E o útero estava vazio. Totalmente vazio.
Fiquei petrificada, sem poder acreditar. Sem perceber, larguei a sonda, que deslizou pela barriga da paciente e foi parar numa das pernas dela. Eu estava conseguindo sentir meu coração batendo muito — batendo tão forte que meu pescoço palpitava. Tentei respirar fundo, mas parecia que eu não estava conseguindo respirar. Meus olhos ainda estavam parados na tela, ainda que estivesse escura agora porque eu tinha perdido a imagem. Mas eu estava longe de tudo o que estava acontecendo ao meu redor. Eu me sentia chocada e abalada demais para me mover. Eu estava consciente do médico e da enfermeira tendo um bate-papo causal enquanto trabalhavam, mas tudo parecia distante, como vago barulho no fundo, difícil de ouvir com todo o som da pulsação do meu próprio sangue em meus ouvidos.
A imagem do corpinho, mutilado e sugado, estava rodando de novo na minha mente, e com ela a imagem do primeiro ultrassom de Grace — como ela tinha aproximadamente o mesmo tamanho. E eu podia ouvir em minha memória um dos muitos argumentos que eu tive com meu marido, Doug, acerca do aborto.
“Quando você estava grávida de Grace, não era um feto; era um bebê”, Doug havia dito. E agora isso me atingiu como um raio. “Ele estava certo! O que estava no útero dessa mulher a apenas um momento atrás estava vivo. Não era apenas massa, apenas células. Era um bebê humano. E estava lutando por sua vida! Uma batalha que ele perdeu numa fração de segundos. O que eu disse para as pessoas durante anos, o que tenho crido, ensinado e defendido, é mentira”.
De repente senti os olhos do médico e da enfermeira em mim. Fiquei abalada e sem saber o que pensar. Notei a sonda caída na perna da mulher e tateei para colocá-la de volta no lugar. Mas minhas mãos estavam tremendo agora.
“Abby, está tudo bem com você?” o médico perguntou. Os olhos da enfermeira sondaram a minha face com preocupação.
“Sim, estou bem”. Eu ainda não tinha conseguido colocar a sonda na posição correta, e agora eu estava preocupada porque o médico não estava conseguindo ver o interior do útero. Minha mão direita segurava a sonda, e minha mão esquerda descansava timidamente na barriga quente da mulher. Dei uma espiada rápida na face dela — mais lágrimas e uma expressão facial de sofrimento. Movi a sonda até recapturar a imagem do útero dela agora vazio. Meus olhos voltaram a olhar minhas mãos. Olhei para elas como se nem fossem minhas.
Quantos estragos essas mãos fizeram durante os oito anos passados? Quantas vidas foram tiradas por causa delas? Não só por causa das minhas mãos, mas também por causa das minhas palavras. E se eu tivesse conhecido a verdade, e se eu tivesse contado a todas aquelas mulheres?
E se?
Eu havia acreditado numa mentira! Eu havia cegamente promovido o “programa da empresa” por muito tempo. Por quê? Por que eu não tinha feito pesquisas para descobrir a verdade por mim mesma? Por que eu fechei os ouvidos para os argumentos que eu havia ouvido? Oh, Deus, o que eu havia feito?
Minha mão ainda estava na barriga da paciente, e eu estava tendo a sensação de que eu tinha acabado de arrancar dela algo com essa mão. Eu a tinha roubado. E minha mão tinha começado a doer — eu estava sentindo uma real dor física. E bem ali, quando eu estava em pé ao lado da mesa, com a mão na barriga da mulher em choro, este pensamento veio do fundo de dentro de mim:
“Nunca mais! Nunca mais”.
Entrei num estado automático, agindo como um robô. Enquanto a enfermeira limpava a mulher, eu afastava a máquina de ultrassom. Então, gentilmente despertei a paciente, que estava mancando e grogue. Eu a ajudei a se sentar, convenci-a a usar uma cadeira de rodas, e levei-a à sala de recuperação. Envolvi-a num cobertor leve. Como tantas pacientes que eu tinha visto antes, ela continuou a chorar, em óbvio sofrimento emocional e físico. Fiz tudo o que pude para deixá-la com mais conforto.
Dez minutos, talvez 15 no máximo, haviam passado desde que Cheryl tinha pedido para eu ajudá-la na sala de exames. E nesses poucos minutos, tudo mudou. Drasticamente. A imagem daquele bebezinho se torcendo e lutando ficou rodando de novo na minha mente. E a paciente. Senti-me tão culpada. Eu havia tirado algo precioso dela, e ela nem mesmo sabia disso.
Como é que isso tinha vindo a ocorrer? Como é que deixei isso acontecer? Eu havia investido a mim mesma, meu coração, minha carreira na Federação de Planejamento Familiar porque eu me importava com as mulheres que estavam em crise. E agora eu mesma estava enfrentando uma crise que era só minha.
Recordando agora aquele dia no final de setembro de 2009, compreendo como Deus é sábio por não revelar nosso futuro para nós. Se eu tivesse sabido então a tormenta que eu estava para sofrer, talvez eu nunca tivesse a coragem de ir em frente. De qualquer forma, já que eu não sabia, eu não estava ainda buscando coragem. Contudo, eu estava buscando compreender como me encontrei nesse lugar — vivendo mentiras, espalhando mentiras e trazendo sofrimento para as próprias mulheres que eu tanto queria ajudar.
E eu precisava desesperadamente saber o que fazer em seguida.
Esta é a minha história.
Para ler o restante do livro, clique aqui.
* Nota do tradutor: A Federação de Planejamento Familiar é a maior rede de clínicas de aborto dos EUA.
Artigos relacionados:
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

domingo, 13 de março de 2011

Rei do Aborto Convertido em Defensor da Vida: A história de Stojan Adasevic

"Esse mesmo dia veio a seu hospital um primo seu com a noiva, grávida de quatro meses, para fazer-se o nono aborto, um fato bastante freqüente nos países do bloco soviético. O doutor acedeu. Em vez de tirar o feto membro a membro, decidiu amassá-lo e tirá-lo como uma massa. Entretanto, o coração do bebê saiu ainda pulsando. Adasevic se deu conta então de que tinha matado a um ser humano".

Outro "Rei do aborto" convertido em defensor da vida:

A história de Stojan Adasevic
MADRI, 13 Nov. 08 / 09:40 am (ACI).- O jornal La Razón de Espanha deu a conhecer o caso de um novo "rei do aborto" convertido: Stojan Adasevic, quem chegou a realizar 48 mil abortos em total e até 35 em um só dia, é atualmente o principal líder pró-vida da Sérbia, mas durante 26 anos foi o ginecologista abortista mais prestigioso da Belgrado comunista.

O periódico espanhol assinala que "os livros de medicina do regime comunista diziam que abortar era, simplesmente, extirpar uma parte de tecido. Os ultra-sons que permitiam ver o feto chegaram nos anos 80, mas não mudaram sua opinião. Entretanto, começou a ter pesadelos".

Ao relatar seu processo de conversão, explica o jornal, Adasevic "sonhava com um formoso campo, cheio de crianças e jovens que jogavam e riam, de quatro a 24 anos, mas que fugiam aterrados dele. Um homem vestido com um hábito branco e negro o olhava intensamente, em silêncio. O sonho se repetia a cada noite e acordava com suores frios.

Uma noite perguntou ao homem de negro e branco por seu nome. 'Meu nome é Tomás de Aquino', respondeu o homem do sonho. Adasevic, formado na escola comunista, nunca tinha ouvido falar do genial santo dominicano, não reconheceu o nome". "'por que não me pergunta quem são estas ciranças? São os que matou com seus abortos', disse-lhe Tomas.

Adasevic acordou, impressionado, e decidiu não praticar mais intervenções", prossegue.

"Esse mesmo dia veio a seu hospital um primo seu com a noiva, grávida de quatro meses, para fazer-se o nono aborto, um fato bastante freqüente nos países do bloco soviético. O doutor acedeu. Em vez de tirar o feto membro a membro, decidiu amassá-lo e tirá-lo como uma massa. Entretanto, o coração do bebê saiu ainda pulsando. Adasevic se deu conta então de que tinha matado a um ser humano".

Depois desse macabro episódio, Adasevic "informou ao hospital de que não faria mais abortos. Nunca na Yugoslávia comunista um médico se negou. Reduziram seu salário na metade, jogaram a sua filha do trabalho, não deixaram entrar em seu filho na universidade".

Depois de dois anos de pressões e a ponto de render-se, voltou a sonhar com Santo Tomam: "'é meu bom amigo, persevera', disse o homem de branco e negro. Adasevic se comprometeu com os grupos pró-vida.

Duas vezes conseguiu que a televisão yugoslava emitisse o filme de ultra-sons 'O grito silencioso', de outro famoso ex-abortista, o doutor Bernard Nathanson".

Atualmente o doutor Adasevic publicou seu testemunho em revistas e jornais da Europa do Leste, como a russa Liubitie Drug Druga. Voltou para cristianismo ortodoxo de sua infância e também aprendeu coisas sobre Santo Tomás de Aquino. "Tomás, influenciado por Aristóteles, escreveu que a vida humana começava 40 dias depois da fertilização", escreve Adasevic no Liubitie Drug Druga. La Razón comenta que "o doutor sugere que possivelmente o Santo procurava compensar esse engano.

Adasevic, 'o Nathanson sérvio', prossegue hoje sua luta pela vida dos mais pequeninos".
http://www.acidigital.com/noticia.php?id=14841

domingo, 30 de janeiro de 2011

Católico Vietnamita Adopta Bebés Para Impedir Aborto

O chocante do aborto é que neste vídeo, é-nos dito que algumas mães que de outra forma teriam feito um aborto, entregaram os filhos a este homem católico para mais tarde os virem buscar. Ou seja, se tivessem tomado a decisão de abortar, teriam-se arrependido para sempre.

Como sempre acontece, a visão Bíblica da humanidade dá-nos dignidade (mesmo depois da morte) enquanto que a visão evolutiva/aborcionista/ateísta/esquerdista faz exactamente o contrário.

sábado, 29 de janeiro de 2011

"Disseram-me para abortar a minha filha, mas ela é a melhor coisa que já me aconteceu"

Uma história comovente onde uma jovem mãe escolheu a vida em vez da morte,e devido a isso Deus lhe abençoou com uma linda criança. Embora alguns a possam considerar menos pessoa por ter uma deficiência física, aqueles que realmente contam (Deus e a mãe da criança) sabem que ela é um tesouro imenso.

A mãe solteira Paris Tassin apareceu para uma audição do "American Idol" onde ela teve a hipótese de dar um testemunho comovente sobre a sua decisão de levar até ao fim uma gravidez que os médicos qualificaram de "risco".

A senhorita Tassin tinha 18 anos quando soube que estava grávida. Um ultra-som revelou que o bebé sofria de hidrocefalia - uma condição caracterizada pela existência de fluidos dentro do crânio.

Os médicos disseram-me que eu não a deveria ter porque não seria bom.
Tassin recusou fazer o aborto e afirma que a sua filha Keira é uma saudável criança de 4 anos. A única complicação médica que resultou da condição da Keira foi a perda da audição. Devido a isto, ela tem que usar aparelhos auditivos.
Ela é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida...... Eu canto para ela.
A Tassin impressionou os juízes ao cantar de forma emotiva a música “Temporary Home” (Carrie Underwood), uma canção que fala dos desafios de ser mãe solteira.

O ponto que fica desta história é: quantos seres humanos foram mortos depois de um "médico" dizer à mãe que o filho não teria uma "vida normal"? (Já agora, o que é "uma vida normal"?) Quantas mulheres hoje em dia vivem com angústia e remorso devido ao mau aconselhamento que as levou a um aborto? Não se sabe, mas há uma coisa que podemos ter a certeza:
Estas seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a Sua Alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente;
Provérbios 6:16

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