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quarta-feira, 30 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
Aborto: the times they are changing...
Claramente em Portugal as revelações do que se está a passar com o aborto legal (e refiro-me apenas aos relatórios da Direcção Geral de Saúde) estão a provocar uma mudança no olhar público sobre esta triste realidade. Multiplicam-se os artigos de opinião de pessoas favoráveis ao aborto legal que se escandalizam com o privilégio deste acto (que não é médico) no Serviço Nacional de Saúde a incrível subsidiação pública do mesmo. Por todos veja-se este. Chama-se "Desculpem-me, mas sou contra e não quero pagar" de Sérgio Soares.
Mas não é só em Portugal que as coisas estão a mudar. Também nos Estados Unidos os tempos estão a mudar...
Disso dá conta o Público do último Sábado com uma local intitulada "Oposição nos EUA em máximos históricos". Na noticia é referido que nas sondagens da Gallup cada vez diminui mais a percentagem de americanos favoráveis ao aborto e aumenta (ultrapassa os 50%) aqueles que o consideram "moralmente errado"
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segunda-feira, 28 de maio de 2012
Para Elza Pais (PS), matar bebés inocentes é uma "mudança civilizacional democraticamente introduzida"
Os partidos da esquerda parlamentar na comissão de saúde já contestaram a nova discussão da lei. A deputada Elza Pais, do PS, deixou fortes críticas à iniciativa dos peticionários que querem ver a lei do aborto novamente discutida.
“Uma petição muito insólita e que traduz a não aceitação das mudanças civilizacionais democraticamente introduzidas no nosso país. Por isso, o PS é contra o teor ideológico desta proposta”, disse Elza Pais.
A comunista Paula Santos entende que o relatório sobre a petição foi pouco objectivo e demarcou-se de algumas das referências contidas no texto: “Estas conclusões não são objectivas e muitas delas não correspondem àquilo que é a realidade concreta das condições de vida das mulheres”.
Já a centrista Teresa Caeiro criticou PS e PCP por se oporem a que se discuta a eventual revisão da regulamentação da lei. “Há aqui um ruído ideológico bastante bacoco que demonstra um complexo em relação a esta questão.”
Pelo PSD, o deputado Ricardo Leite defende que parece chegado o momento de promover uma “reflexão profunda, no sentido de proceder a ajustes necessários que assegurem uma justa aplicação da lei e sobretudo que a aplicação da lei seja, de facto, um reflexo real da vontade soberana dos portugueses em referendo, o que nem sempre se verifica na prática”.
A petição aguarda agora um agendamento para que seja discutida na Assembleia da República.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Estrangeiras podem estar a vir a Portugal abortar por ser gratuito [sic]
Conceição Bessa Ruão levantou esta questão ao dar a sua opinião no final da apresentação do relatório final de uma petição apresentada pela Federação Pela Vida com vista à avaliação da realidade do aborto em Portugal.
Ao longo de nove meses, a deputada ouviu depoimentos de 12 entidades, as quais contribuíram para o documento agora concluído e que foi aprovado pelos deputados.
Uma dessas entidades foi a Direcção Geral da Saúde (DGS), organismo que contabilizou 18,3 por cento de mulheres de nacionalidade estrangeira que, em 2011, realizaram uma Interrupção de Gravidez (IG).
"Será que há mulheres de outras nacionalidades que abortam em Portugal, porque o aborto é gratuito?", questionou a deputada.
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Não sei qual é a percentagem de mulheres estrangeiras em Portugal, mas duvido muito que chegue aos 10%. Assumindo que são de facto 10% (que é um número por cima), isto significa que as mulheres estrangeiras estão desproporcionalmente representadas no número de mulheres que matam os seus próprios filhos através do aborto.
Devido a isto, a pergunta da deputada tem que ser respondido com um firme "Sim, srª deputada, o nosso país está a ser usado como paraíso aborcionista."
Evangélicos e Católicos unidos contra o aborcionista Obama
Depois de 43 instituições Católicas terem processado o "plano de saúde" de Obama, tendo como argumento que o mesmo viola a 1ª Emenda, as comunidades Cristãs e conservadoras rapidamente aplaudiram o gesto.
Penny Nance, presidente da organização "Concerned Women for America" (CWA) afirmou:
A comunidade religiosa encontra-se unida na crença de que este mandato - que envolve a contracepção, o aborto químico e a esterilização - forçaria-nos a pagar por algo que consideramos moralmente repugnante.Segundo, Charmaine Yoest (Americans United for Life), o facto das instituições Católicas terem dado inicio aos processos legais "constitui evidência adicional de que esta lei da saúde tem falhas extremas no seu viés em favor do aborto e das drogas causadoras de aborto. . . . . Estes processos legais são apenas o início, dado o facto de muitos americanos estarem já extremamente perturbados com a expansão do aborto desde Roe vs Wade."
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Eis aqui uma boa notícia para todos aqueles "cristãos" que caíram no engodo do Obama, apesar de todas as evidências confirmarem que ele é uma fraude anti-Cristã.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Estado [sic] gastou 45 milhões de euros desde que a lei entrou em vigor
É a primeira vez que o governo dá a conhecer dados sobre os custos do aborto e a tendência aponta para gastos na ordem dos 12 milhões de euros por ano. Só nos primeiros dois anos – 2007 e 2008 – os valores foram inferiores. De acordo com os mesmos dados, as mulheres que necessitam de intervenção cirúrgica são em número mais reduzido (cerca de 30%) que as que recorrem ao método químico (através de comprimidos) e representam também por isso um gasto menor.
No primeiro ano em que a legislação foi aplicada – só esteve em vigor seis meses –, as interrupções voluntárias da gravidez custaram pouco mais de 2 milhões de euros e no ano seguinte 7,5 milhões de euros.
Estes números traduzem uma subida no número de abortos no serviço público (ou subcontratados a entidades privadas) a partir de 2009 e os dados do Ministério da Saúde – provisórios em relação a 2010 e 2011 – apontam para a realização de quase 64 mil abortos desde a entrada em vigor da lei, após um referendo em que o “sim” venceu com quase 60% dos votos.
Os gastos do Estado com a interrupção voluntária da gravidez têm sido um dos argumentos dos defensores do “não” à despenalização, mas os números apresentados pela Federação pela Vida são muito superiores aos do governo. Um estudo deste movimento apontava, em Fevereiro, para gastos, directos e indirectos, na ordem dos 100 milhões de euros.
Ao certo ninguém sabia quanto custa aplicar a lei aprovada há cinco anos e o CDS avançou, na anterior legislatura, com um requerimento, entre outros, que questionava o governo sobre os encargos da despenalização da IVG. Durante os mandatos de José Sócrates não houve resposta e os deputados insistiram, em Janeiro, já com Paulo Macedo na Saúde, e conseguiram por fim uma resposta.
O aborto voltou à agenda política pela mão do CDS, que quer avançar em breve com um projecto de lei que acabe com a isenção das taxas moderadoras para as mulheres que recorram aos serviços públicos para IVG.
O tema não é pacífico dentro da coligação, já que o PSD só admite alterar a legislação para os casos reincidentes, que são uma minoria, como o i noticiou ontem [Irrelevante]. De acordo com os últimos dados da Direcção-Geral da Saúde, mais de 75% das mulheres que interromperam a gravidez em 2011 fizeram-no pela primeira vez, o que faz com que as diferenças entre os dois partidos não sejam uma nuance.
Já o PS contesta qualquer mudança nas isenções e, salvaguardando que o projecto de lei ainda não é conhecido, acusa o CDS de estar a preparar-se para limitar “o acesso a esta prática”.
O deputado António Serrano avisa que os portugueses estão “massacrados com taxas moderadoras e não faz sentido alterar o que foi uma opção dos portugueses”.
A intenção do CDS é retirar a IVG do estatuto de “excepção e privilégio”, explicou anteontem ao i a deputada Teresa Caeiro. No fundo, os centristas querem que as mulheres que fazem abortos deixem de ser beneficiadas com as isenções que se aplicam às mulheres que querem levar a gravidez até ao fim.
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Algumas coisas:
1. Não foi "opção dos portugueses" o uso de verbas públicas para a matança de portugueses, portanto António Serrano está errado. O referendo referia-se a despenalização das matanças efectuadas até um certo tempo.
O que foi decidido em referendo em relação ao aborto foi que a sua prática em determinadas condições deixava de ser crime. Uma decisão que não tem, portanto, nada a ver sequer com o seu ministério.2. Não foi o Estado quem gastou os milhões aludidos no título. Como escreve um contacto do facebook, "Ele é espoliado fiscalmente aos contributos, porque o Estado em si mesmo não gera riqueza. E gasta o meu dinheiro sem querer saber que eu discordo frontalmente do aborto a pedido, como ofensa à vida que é um Dom de Deus."A decisão política de incluir o aborto no SNS, com particular estatuto de privilégio, e de criar direitos legais às mulheres que abortaram por opção foi uma decisão política livre, tomada pelo governo de então posteriormente ao referendo, decisão tão livre como a que poderia ser tomada por este governo em direcção contrária, se o quisesse fazer e não se estivesse a tentar refugiar em argumentos de ocasião e em estratégias de enganar tolos.
3. A frase "os centristas querem que as mulheres que fazem abortos deixem de ser beneficiadas com as isenções que se aplicam às mulheres que querem levar a gravidez até ao fim" não deveria ser controversa.
Faz algum sentido que mulheres que geram nova vida no seio útero tenham o mesmo tipo de isenções que mulheres que escolhem matar a criança que carregam dentro de si? É suficientemente horrível que a matança de seres humanos inocentes tenha sido despenalizada em Portugal, mas é ainda pior quando esse extermínio é feito pelo próprio governo usando verbas públicas duma população que, na maioria, não aceita que dinheiro seu seja usado para estes fins.
4. Porque é que o Partido Socialista se recusou a disponibilizar ao público os números em torno do aborto?
5. O "Sim" ganhou com quase 60% dos votos entre os menos de 50% dos votantes:
Neste referendo, o “Sim” ficou à frente do “Não” com uma diferença de 18,5 pontos percentuais. No entanto, como apenas votaram 43,6% dos eleitores, o resultado não é vinculativo.Mas mesmo o resultado do referendo não tendo qualquer tipo de validade vinculativa, a classe política portuguesa de então resolveu avançar com o mesmo, e incorporar a matança de bebés inocentes no Serviço Nacional de Saúde - algo que não foi votado no referendo, e que se fosse, seria rejeitado.
Associação de Defesa e Apoio à Vida - Viseu
« A Associação de Defesa e Apoio à Vida - Viseu tem como finalidade o apoio, a defesa e a dignificação da Vida Humana, desde a fecundação até à morte natural, promovendo a qualidade e valor do "arco inteiro" da sua existência.
Esta associação, nascida da iniciativa de um grupo de cidadãos “preocupados com o ser humano e os ataques a que a vida é continuamente submetida”, está aberta a todos “quantos concordarem com a sua finalidade”. »
Cortar as árvores para impedir os fogos?
O que este promotor da matança de bebés diz é que lutar contra a lei do aborto - como forma de dar término ao aborto "ilegal" - é contraproducente uma vez que o aborto ilegal continuará a existir. No entanto, como já deveria ser sobejamente sabido, quem defende que a vida humana individual tem início na fecundação (e não num ponto arbitrário posterior) não quer acabar com o "aborto ilegal", mas sim dar fim ao aborto em si ("legal" ou "ilegal"). Os aborcionistas tendem a desviar o foco do do acto em si para o acto em versão "ilegal".
Afirmar que é perda de tempo proibir uma práctica só porque a mesma continuará a ser levada a cabo ilegalmente, é o mesmo que alegar que proibir a violação é contraproducente visto que violações continuarão a ser levadas a cabo.
Mesmo que sejam, e daí?
Legalizar a violação de mulheres não muda a natureza desta práctica, tal como legalizar o esquartejamento, decapitação e queima química de bebés inocentes não muda a natureza maligna desses actos. A violação e a matança de bebés inocentes são prácticas moralmente condenáveis em si, quer sejam "legais" ou não.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Uma questão de vida ou de morte
Os recentes números sobre o aborto em Portugal passaram entre os pingos da chuva sem que a turba tenha reagido ou manifestado qualquer tipo de comoção.
Muitas conclusões se podem retirar destes números, mas há 1 que é inquestionável: os abortos estão a aumentar.
Quem, como eu [Rui Castro], participou activamente na campanha que precedeu o referendo de 11 de Fevereiro de 2007, lembra-se das promessas dos defensores do Sim: com a liberalização do aborto até às 10 semanas, o número de abortos vai diminuir, fazendo de Portugal um país mais arejado e moderno.
Com um Governo socialista e adepto convicto das causas ditas fracturantes, o circo estava montado, encontrando-se, aparentemente, reunidas todas as condições para que a agenda progressista levasse a cabo aquelas que diziam ser as melhores práticas internacionais.
Cinco anos volvidos, no entanto, não se concretizaram as profecias. Com efeito, enquanto a taxa de nascimentos desceu a mínimos históricos, a verdade é que, como referi, os abortos aumentaram, revelando estes números aquilo que, para quem se opôs à liberalização, parecia uma inevitabilidade: o aborto é, hoje, para muitas pessoas, um método anticonceptivo financiado pelo Estado.
Um Estado, lembre-se, praticamente falido. Um Estado que se confronta todos os dias com a escassez de recursos e que tem que alocar os poucos fundos que ainda tem às chamadas intervenções urgentes e inadiáveis, como estas.
Estranho País o nosso que não consegue acabar com as listas de espera, que não consegue tratar a tempo muitas das vítimas das doenças fatais, mas que coloca os abortos no topo da lista das prioridades.
Paralelamente, e em sentido inverso aos cortes que os incentivos à natalidade têm vindo a sofrer nos últimos tempos – em obediência ao plano de austeridade imposto como contrapartida pelo resgate financeiro de que Portugal foi alvo –, importa sublinhar que os subsídios em caso de aborto se mantêm inalterados.
Quem aborta, para além de nada pagar pela intervenção, em Hospital público ou instituição privada, beneficia ainda de isenção de taxa moderadora e de uma licença até 30 dias, paga a 100 por cento pela Segurança Social.
Esqueçamos, no entanto, os números e centremo-nos no que, pelo menos para mim, mais releva. Por cada aborto que é feito, quaisquer que sejam os motivos, há uma vida humana que se perde.
Assunção Cristas, a actual Ministra da Agricultura, escreveu em Dezembro de 2006 que
Acredito que um dia, quando gerações futuras olharem para trás vão compreender com facilidade que a liberalização do aborto, onde ocorreu, foi, historicamente, um desvio no percurso civilizacional da luta pela promoção da dignidade do homem.É, em obediência a esta convicção que julgo permanecer intacta, que me dirijo aos actuais governantes, muitos deles comprometidos com esta causa, pedindo-lhes que ajam em consciência e que promovam, por todos os meios ao seu dispor, os valores que um dia afirmaram defender.
Este é um apelo à urgência. É urgente fazermos qualquer coisa. Porque, neste caso, a inércia é sinal de morte.
Por cada hora que passa, são duas as crianças que deixamos matar.
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domingo, 20 de maio de 2012
A questão do aborto está "pacificada" em Portugal? Então porque é que não está?
A questão do aborto tende a suscitar sempre debates onde a paixão se impõe à razão, de ambos os lados da barricada. Não é uma marca nacional - é assim em todo o lado. O que talvez fosse importante evitar é o argumento - que certamente surgirá - segundo o qual o CDS-PP só avança para distrair o País da crise, criando uma nuvem de fumo através de um assunto já pacificado na sociedade portuguesa. É verdade que o assunto está pacificado - mas não há nada que não se possa discutir.Por "pacificado" entenda-se "uma minoria da população portuguesa conseguiu o que queria e como tal, evita falar mais no assunto".
A verdade dos factos é que o assunto da matança de bebés inocentes nunca vai estar "pacificado" - especialmente se/quando os portugueses obterem acesso a imagens e videos do que acontece durante um aborto.
Esta tendência da elite esquerdista em declarar "vitória" e "final de debate" em situações onde nada está decido de modo irreversível é apenas manobra psicológica.
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segunda-feira, 14 de maio de 2012
Portugal: Mais de vinte mil abortos em 2011
Os dados agora divulgados mostram que é entre os 20 e os 24 anos que se realizam mais abortos, seguindo-se o grupo etário entre os 25 e os 29. A maioria (74,1 por cento) das mulheres nunca tinham realizado um aborto.
A presidente da Federação Portuguesa para a Vida, Isilda Pegado, não se mostra surpreendida com o aumento do número de abortos, mas chama, sobretudo, a atenção para a necessidade de rever a legislação.
«Não nos podemos esquecer que o aborto em Portugal é universalmente gratuito, mesmo para mulheres que tenham condições para o pagar», disse Isilda Pegado.
«Temos também que dizer que o aborto em Portugal, como em nenhum país da Europa, é subsidiado. E dizer que em Portugal, como em nenhum país da Europa, quem faz um aborto tem direito a 30 dias de baixa, sem trabalhar. São opções políticas que importa rever, num momento em que aos portugueses se está a pedir tantos sacrifícios», sustenta ainda.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Chile: o aborto foi proibido e a mortalidade feminina diminuiu
“Research from Chile published a few days ago shows that, when therapeutic abortion was banned in 1989 after a long period when it had been legal in that country, there was no increase in maternal mortality. None at all. On the contrary, maternal deaths continued to decline.
via MercatorNet: Chile study challenges the “safe abortion” myth.
O Chile baniu o aborto terapêutico em 1989 e, desde então, não só não aconteceu um aumento da mortalidade ligada à maternidade, como até baixou o número de mortes de mulheres devido à gravidez.
Recorde-se que o argumento segundo o qual o aborto deveria ser legalizado, é o de que “as mulheres morrem devido ao aborto clandestino”, e que “o aborto ilegal é causa de uma maior mortalidade feminina”.
O exemplo do Chile mostra que depois de o aborto terapêutico ter sido banido por lei em 1989, o número de mulheres mortas em ligação com a maternidade baixou de uma forma consistente, porque os serviços médicos de apoio à maternidade têm vindo a ser melhorados naquele país.
Resumindo:
- A lei de 1989 que proibiu o aborto no Chile não teve como consequência o aumento de mortes de mulheres em função de problemas ligados à gravidez; pelo contrário, a mortalidade feminina, ligada à gravidez, diminuiu.
- A ideia politicamente correcta segundo a qual a liberalização do aborto tem como efeito uma maior segurança da Mulher [o conjunto de todas as mulheres], é falaciosa e non sequitur.
- O Chile, onde o aborto terapêutico é proibido, tem hoje a segunda melhor taxa de mortalidade feminina nas Américas com 16 mortes em 100.000 — logo a seguir ao Canadá com 9 mortes em 100 mil —, e tem uma taxa de fertilidade feminina de 1,9 crianças por mulher, já perto da taxa de reposição populacional de 2,1 filhos por mulher.
- Mais importante que o aborto legalizado, são os cuidados médicos dedicados e dispensados pelo Estado à maternidade.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Aumenta o número de abortos em mulheres desempregadas
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domingo, 6 de maio de 2012
"Aborto é um problema imenso na sociedade"
Os intervenientes defenderam a necessidade de mudar a legislação nos países onde o aborto é legalmente protegido. Na Polónia, por exemplo, em apenas duas semanas foram recolhidas 600 mil assinaturas de apoio a uma proposta legislativa para proteger a vida e na Colômbia foram mais de 5 milhões, em apenas dois meses.
Do Canadá veio John Henry Westen. O consultor da maior organização pró-vida do país e devoto de Nossa Senhora de Fátima espera que Portugal reveja a sua legislação para voltar ser um país pró-vida.
“Desde a minha juventude que gosto muito de Nossa Senhora de Fátima e uma promessa de Nossa Senhora de Fátima foi que Portugal manteria o dogma da fé e os católicos do mundo inteiro olham para Portugal e para esta promessa. Isto foi uma enorme desilusão, penso que para o mundo inteiro, que está à espera de um ressurgimento, especialmente dos portugueses, para liderar este caminho para voltar à vida”, afirma John Henry Westen.
Na mesma linha, Guaberto Garcia, que lidera uma organização de defesa da vida nos Estados Unidos que já conta com um milhão de membros, compara o aborto a um “câncer” da sociedade.
“É um problema imenso na sociedade, é como um câncer na alma de um país, muda os valores, não apenas sobre a vida. Qual é a razão da vida? Ter uma família. Então é um problema que vai ter repercussões incríveis”, diz Guaberto Garcia.
A Cúpula Global Pró-Vida é organizado pelo Movimento Pró-Referendo Vida, que já recolheu no nosso país cerca de metade das 75 mil assinaturas necessárias para enviar uma petição ao Parlamento a pedir um novo referendo ao aborto.
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sábado, 5 de maio de 2012
A crise não pode justificar o aborto
Quando em campanha pela Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) livre até às 10 semanas, o argumento mais ouvido era invariavelmente o mesmo: «ninguém faz um aborto porque quer», subentendendo-se que era uma opção limite.
Seguia-se-lhe a afirmação de que a criminalização vitimava sobretudo mulheres desfavorecidas, que punham a vida em risco em redes clandestinas, enquanto “as ricas” iam abortar a Badajoz. Ontem foi divulgado o relatório da DGS que refere que no ano de 2011 se fizeram 20 290 abortos.
Ao longo do dia os resultados foram sendo comentados nos media, e a minha indignação foi crescendo à medida que percebi que se justificava o número de IVG, como uma consequência do desemprego e da crise económica.
Houve mesmo quem alegasse que a culpa era do preço dos contraceptivos. Há 20 290 mulheres que, num ano, engravidaram sem o desejar, e o número cresce. Cinquenta e quatro por cento tem o ensino secundário ou o ensino superior, 44% está entre os 20 e os 29 anos, 50% coabita, ou seja, tem uma vida sexual activa regular, 40% não tem filhos e 51,8% tem um ou dois.
Se para a grande maioria é o primeiro aborto, para 20,4% é o segundo, para 4% o terceiro e 2,3% realizaram outra IVG no mesmo ano. Não me parece admissível desresponsabilizar as pessoas dos seus actos, muito menos quando implicam gerar vida, mas muito menos quando não podem alegar que não sabem que a contracepção existe, e como lhe aceder.
Alegar a crise para o justificar é demagogia, porque em condições difíceis é maior a exigência de redobrar os cuidados para não engravidar. Queria muito acreditar que nunca se aborta de ânimo leve, nem se usa a IVG como contraceptivo, mas temo que se continuarmos a falar dela com tanta ligeireza, acabe por ser tudo isso.
PS – Com 6460 abortos realizados na Clínica dos Arcos, o centro onde em Portugal mais IVG se praticam (a MAC, a segunda, tem 1555), é caso para dizer que já não se vai a Badajoz, porque Badajoz vem a Lisboa.
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sexta-feira, 4 de maio de 2012
A situação aberrante do aborto em Portugal
É sumamente bizarro que o actual governo português da direita catita (a émula da esquerda caviar niilista), que tributa selvaticamente os rendimentos do trabalho, que reduz arbitrariamente salários e que corta implacavelmente benefícios sociais como o acesso aos legítimos cuidados de saúde, mantenha paradoxalmente intocada e absolutamente gratuita (no Serviço Nacional de Saúde) esta situação, mais do que chocante, aberrante - a da prática reiterada do aborto em Portugal.Ora, tal manutenção é bem sintomática de uma atitude intencionalmente relativista e conscientemente ofensiva para com a doutrina católica, razão elementar por que os católicos, conforme já salientei em momento anterior, nada podem ter a ver com os que permitem este estado de coisas e muito menos premiá-los com um futuro apoio eleitoral. Já chega de considerar quem não merece consideração alguma!
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Há mais procura no Hospital de Loures para abortar do que para ter filhos
Há mais pessoas a procurar o Hospital de Loures para realizarem abortos do que a marcarem consultas para terem filhos, afirmou esta quarta-feira Isabel Vaz, responsável pela Espírito Santo Saúde, entidade que gere aquela unidade hospitalar.
"Tivemos mais consultas de interrupção voluntária da gravidez do que de obstetrícia [para terem filhos]. E algumas das pessoas a repetirem segunda e terceira vez", sublinhou Isabel Vaz, em Fátima, durante a sua intervenção no XXIV Encontro Nacional da Pastoral Social.
À agência Lusa, Isabel Vaz notou que estes são os primeiros números desde que iniciaram a gestão em Fevereiro e dizem respeito a Março.
"Isto não tem nada a ver com ser ou não católico", destacou a responsável daquela entidade do Grupo Espírito Santo, lembrando que "a cobertura universal dos cuidados de saúde não é possível".
Isabel Vaz sustentou que uma das "discussões sérias que tem que ser feita" é "sobre o que deve ser de facto pago por todos nós", porque "não há dinheiro para pagar tudo". Ou seja, "há que fazer escolhas", defendeu.
A responsável explicou que "não vale a pena fazer declarações de amor ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)". O que é imperioso, sustentou, é "gerir melhor".
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