quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Rosas suíças

Matar o bebé que se encontra no útero é permissível, mas decapitar rosas, não. Pelo menos foi isto que o "Swiss Confederation Federal Ethics Committee" recentemente determinou. Aparentemente os seres humanos destronaram Deus do Seu Lugar uma vez que estão a determinar para todos o que é moralmente "certo" e "errado":
Os membros do Comité unanimemente qualificaram o dano arbitrário causado às plantas como moralmente não permitido.
(Willemsen, 2008, p. 20).
Como exemplo, eles explicam que se um agricultor, a caminho de casa e depois de ter recolhido erva para os seus animais, "decapitar flores" sem "um motivo racional" (p. 9), ele cometeu algo moralmente errado. Suponho que ele levou a cabo planticídio.

Porque é que o Comité defende que matar plantas de modo arbitrário está errado?
Uma clara maioria defende também que deveríamos manusear as plantas com algum cuidado pelo motivo ético das plantas individuais terem valor inerente.
(Willemsen, p. 10)
Eles explicam o uso das palavras "valor inerente" afirmando que as plantas possuem valor, "independentemente de serem úteis ou de alguém atribuir valor a elas." (p. 7). Portanto, quando os soldados de cartão do livro "Alice no País das Maravilhas" pintaram as rosas de vermelho, eles estavam a fazer algo mais que perturbar a rainha (que exigiu a sua decapitação). Eles estavam a cometer um acto hediondo e pouco ético, e mereciam ser punidos pelo desprezo do "valor inerente" das rosas, e do seu direito de ser da cor com a qual nasceram - ou melhor, da cor com a qual cresceram.

A verdade dos factos é que os seres humanos possuem "valor inerente" que vai para além do domínio físico uma vez que Deus criou-nos à Sua Imagem (Génesis 1:27) Ao contrário do resto da criação, os seres humanos não só possuem uma alma, como vão viver para sempre. As plantas, por outro lado, possuem "valor instrumental" porque são úteis aos seres humanos; Deus criou e protege as plantas por esse motivo.

Às vezes acontece as plantas terem um "valor relacional", se nós o atribuirmos às plantas, mas de maneira nenhuma as plantas possuem um valor remotamente próximo do valor dos seres humanos. O Senhor Jesus demonstrou isto de modo enfático quando Ele contrastou as plantas com o ser humano:
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
(Mateus 6:30).
O valor do ser humano é muito superior ao valor das plantas, mas o Comité afirma que as plantas "lutam por algo" e não deveriam ser impedidas "sem motivos válidos". Afinal,
descobertas recentes nas ciências naturais, tais como as muitas semelhanças entre plantas, animais e humanos ao nível molecular e celular, removem o motivo de se excluir as plantas da comunidade moral. Estudos levados a cabo na biologia celular mostram que as plantas e os animais, que partilham um desenvolvimento histórico com a duração de 3 biliões de anos , possuem muitos processos e reacções que não são fundamentalmente distintos ao nível celular. As plantas reagem ao toque e ao stress, ou defendem-se contra predadores e patogénicos de modo bastante diferenciado. (Willemsen, pp. 5,15).
Eles continuam,
[P]ode até ser que as plantas cumpram as condições necessárias para um tipo de senticiência [auto-percepção, consciência, a habilidade de sentir]. . . . Não é ainda claro que as plantas possuem senciência, mas também não se dá o caso de se saber que elas não possuem. Não pode, portanto, ser alegado que os motivos para se excluírem as plantas do círculo dos seres que têm que ser moralmente considerados foram eliminados.... Pelo menos a maioria dos membros do Comité não exclui a possibilidade das plantas serem sencientes e que isto é moralmente relevante.
(p. 15).
Cerca de metade dos membros do comité têm as suas reservas em torno das plantas serem sencientes . Portanto, quase metade dos membros não está totalmente certo, mas "duvida" que as plantas sejam sencientes . “Um pequeno grupo considera ser provável” que elas sejam.

Este tipo de "lógica" é consequência natural do ateísmo e da alienação da moral Bíblica. Será que temos que começar a levar em conta os sentimentos da relva antes de a pisarmos?

Eles vão mais longe:
A opinião maioritária é a de que nós precisamos duma justificação para perturbar a habilidade das plantas em se desenvolverem. (p. 17).
Portanto, nós temos que nos justificar antes de "perturbamos" uma planta. Justificarmo-nos a quem, já agora? Às plantas?

Em relação à "posse de plantas", a maior parte do comité acredita que as plantas estão "excluídas, por motivos morais, da possessão absoluta. Segundo esta interpretação, ninguém pode manusear as plantas segundo a sua vontade ou segundo os seus desejos." (p. 20). Portanto, se vives na Suíça, a planta que tens no vaso está legalmente protegida. Tu podes pensar que ela é tua, e que podes fazer com ela o que bem quiseres, mas não podes e nem deves.

Claro que se tratares mal uma planta (esquecer de regar, regar demasiado, não lhe colocar de modo a apanhar a luz do Sol, ou se ela apanhar Sol a mais), tu podes ser legalmente acusado de "abuso de plantas".

Note-se que se alguém tem "motivos válidos", não está errado matar as plantas. Mas porque é que seria relevante alguém ter motivos válidos ou não? Se está errado matar as plantas, porque é que eles não o afirmam directamente? Se, biologicamente falando, as plantas possuem tantas semelhanças com os seres humanos ao nível celular, e não é aceitável matar seres humanos, porque é que é aceitável matar as plantas por "motivos válidos"?

Os esquerdistas afirmam que não devemos matar seres humanos mesmo que eles tenham cometido crimes hediondos merecedores de morte. Matar os outros através da guerra também não é muito do seu agrado. A única matança de seres humanos que é aceitável é através do aborto e da eutanásia, mas não se crê que os membros do comité apoiem o aborto de plantas.

Então porque é que permitem a matança de plantas? A resposta é que, sem elas, o que é que haveríamos de comer? Comer animais é olhado com desdém pelos vegetarianos, uma vez que eles insistem que devemos excluir a carne da nossa dieta. No entanto, matar plantas começa também a receber olhares desdenhosos. Então o que é que vamos comer? Insectos e lixo? Será que temos que passar a ser necrófagos e comer só animais já mortos?

Notem a hipocrisia: "Está errado matar plantas", até que isso me afecte pessoalmente. Se estes defensores das plantas, estes campeões das flores, fossem realmente cheios de amor e atitude de sacrifício em relação as plantas, eles não comeriam nem plantas, nem animais, da mesma forma que não comem carne de humanos. Aliás, usando a sua lógica distorcida, eles nem deveriam comer plantas mortas ou animais mortos uma vez que isso impediria as pobres bactérias e os pobres micro-organismos de se alimentarem.

Considere-se as implicações: falando de modo ético, a matança arbitrária de plantas é agora moralmente errado, tal como matar um bebé. Obviamente, em muitas sociedades matar um bebé que se encontra do lado oposto da pele duma mulher não é eticamente condenável. Isto significa que, agora, as plantas têm mais valor que um bebé que se encontra separado de nós por tecido humano e fluidos.

Conclusão:

Se as plantas são, agora, colocadas num pedestal, o futuro vai ser muito sombrio. Quanto tempo mais até ser considerado moralmente errado cortar a relva do quintal? E que dizer do "assassínio" de árvores como forma de construir estradas, casas ou para fazer papel? Logicamente falando, todo o uso de madeira tem que se banido. Matar plantas do algodão para fazer vestuário seria inaceitável. Os seres humanos vão ter que deixar as plantas tomar conta da sociedade.

De facto, nós seres humanos temos que dar término à nossa existência como forma de proteger o meio ambiente.




REFERÊNCIAS

Willemsen, Ariane, ed. (2008), “The Dignity of Living Beings with Regard to Plants—Moral Consideration of Plants for their Own Sake,” Federal Ethics Committee on Non-Human Biotechnology (Berne: Swiss Confederation), April.

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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A população está envelhecida? A culpa é dos velhos!

Às vezes aparece-nos lixo nas caixas de comentários. Aquele que se segue foi enviado por um anónimo que não gostou de ler este texto. Daí, quis explicar-nos que o problema português do envelhecimento da população é muito mais simples do que pensámos:

« Tanta ignorância que por aqui anda, isto dá dó... Portugal é um país com população envelhecida por uma razão muito simples: porque as gerações anteriores, compostas essencialmente por analfabetos e atrasados mentais, se reproduziram como baratas, aparentemente não cientes do facto de que já existe excesso de população humana neste planeta há um bom par de centenas de anos, »

Dá mesmo dó, não dá?  

Comecemos pelo elementar: quando dizemos que um país tem uma população envelhecida, isso é o mesmo que dizer que a população do país não é jovem. Ainda estamos todos bem? Nenhum cérebro explodiu? Continuemos.

Se os indivíduos das gerações anteriores, as tais "baratas" analfabetas, reaccionárias e atrasadas mentais que tiveram a infeliz ideia de contribuir para a perpetuação da maldita espécie humana, tiveram muitos filhos, vamos supor, uma loucura eu sei, que tiveram esses muitos filhos quando eram novos e não em velhos.

Daqui, a única conclusão a retirar é, se a população está actualmente envelhecida, o problema não foi causado pelos ( hoje) velhos que já cumpriram a sua missão ( suicida) quando eram novos. Foi das gerações que se seguiram, as quais, sublinhe-se, por genuíno altruísmo e interesse no bem-estar do planeta, reduziram drasticamente o número de nascimentos. 

Atrevo-me mesmo a dizer que se as novas gerações, em toda a sua cultura e literacia, seguissem o exemplo das "baratas" analfabetas, não seríamos uma população envelhecida.

Claro, esta conclusão só faz sentido se assumirmos a ideia parva, absolutamente descabida, de que "população envelhecida" significa, basicamente, uma população sujeita ao fenómeno natural do envelhecimento ( parece ser o caso dos humanos ) e na qual  há poucos nascimentos.

Identificado assim o problema, só há duas soluções possíveis para o resolver: ou dizemos às pessoas para deixarem de envelhecer, ou criamos condições e incentivamos o aumento dos nascimentos.

Sugerem alguns que a melhor opção seria a segunda. Que o problema se resolve aumentando o número de nascimentos. Mas como também sabemos, isso é uma estúpida teoria fascista que pretende aniquilar as árvores, os pandas e o planeta no geral.

Na realidade, diz-nos o nosso especialista demográfico, o envelhecimento das populações dá-se pelo "crescimento exponencial":

«...um problema com crescimento exponencial já há bastante tempo evidenciado e exposto pela comunidade científica, mas só agora, FINALMENTE, a começar a ser combatido pelos países civilizados através de medidas tais como a informação ao público e nas escolas, e de controlo de natalidade tais como a contracepção e o aborto VOLUNTÁRIO. »

Pois é. Como toda a gente sabe, as populações com uma forte natalidade são populações bastante envelhecidas. Quantas mais crianças nascem, menos jovens temos. Quem pode negar algo tão evidente?

É por isso que os países civilizados controlam a natalidade, introduzem a contracepção e os abortos, promovem a "coltura" e eliminam o analfabetismo e o atraso mental. Resultado: sai um inverno demográfico para a mesa do canto. O mesmo que dizer, uma população cheia de vigor e juventude...

« Portugal é um caso flagrante deste contexto, não se tratando de um país que tem jovens a menos, mas sim VELHOS A MAIS... »

A tragédia é que esta mesma ideia é defendida por parte da nossa elite. Não é apenas um comentário de um internauta anónimo e imbecil.

Não é por acaso que a eutanásia está na ordem do dia. O problema do excesso de juventude está controlado: o estado já paga para matar as crianças dentro das barrigas das mães. Resta resolver o problema do excesso de velhos. A Solução Final, idealizada pelos génios que sabem quantas pessoas podem e devem existir no planeta, deve estar para breve. Depois de abortadas as crianças e "adormecidos" os velhos, seremos novamente uma população jovem. Faz sentido, sim senhor.

O nosso crânio da demografia reforça que isto da população envelhecida em Portugal é,

«...o resultado de décadas e séculos de reprodução descontrolada, sem planeamento familiar, sem levar em conta o contexto global, sem contracepção e sem aborto, tal como nos (outros) países do terceiro mundo.»

Tal como nos (outros) países do terceiro mundo, porque os países do terceiro mundo, com "reprodução descontrolada", envelhecem. Quem não sabe isso?

Décadas e séculos de malta a ter filhos indiscriminadamente, sem ninguém se lembrar de os matar logo no útero materno, deu no que deu: as gerações sucederam-se, até que nasceram os espertos. Estes, agora olham para trás e percebem a monstruosidade: aquela estúpida e analfabeta gente do passado, mais o raio das suas tendências pecaminosas para a reprodução, não tinha o direito de estragar a Terra e de envelhecer a população do século XXI. 

Assim, o sábio anónimo implora-nos:

« Parem o ciclo de estupidez, por favor. Parem a desinformação, por favor. Se não têm nada de cientificamente útil ou lógico para dizer, parem de DESINFORMAR e retirem este site da Internet imediatamente, se faz favor. NÉSCIOS ! »

Sobre o "imediatamente, se faz favor", no imediato decidimos recusar a sugestão. Se depender dos   NÉSCIOS ! que escrevem neste blogue o ciclo de estupidez e desinformação aqui produzido continuará. Resta ao anónimo esperar que alguma autoridade científica ou judicial decida retirar o site do ar, pelo crime de contributo para o envelhecimento da população portuguesa. Estimamos as melhoras.

Quatro filhos e um casamento. A imagem de um crime contra a humanidade.
  

domingo, 5 de agosto de 2012

As caras da "excepção"


As pessoas concebidas em violações e que não pagaram pelo crime do progenitor, têm este aspecto:



Adopted

Raised by Mom

Raised by Mom

Raised by Mom

Adopted


Bethany
Doctor
Carole Roy
Student

Clarissa
Non Profit Leader

Eartha Kitt
Entertainer

Helen Westover
Musician


Irene
Dir. Silent No More

Jason Lovins
Worship Leader

Jenni Maas
Pro life Speaker

Juda Myers
Speaker/artist/author

Karen Blake
Mother of adoptee



Kelly Wright
Fox News Anchor

Kristi Hofferber
Pastor's Wife

Laura Tedder
Pro life Speaker

Mika Scott
Entrepreneur

Pam Stenzel
Abstinence Teacher


Patti Casey
Mother/Student

Patti Smith
Mother of 3

Sharon Isley
Chemist

Rebecca Kiessling
Atty/Pro Life Speaker

Russell Saltzman
Pastor



Ryan Bomberger
Radiance Foundation

Tony Kiessling
Scientist Professor

"KE"


Parecem mesmo seres humanos, não parecem?

A humanidade de um ser não depende da maneira como foi concebido. Depende de ser um humano concebido.

Os bebés concebidos em violações são uma minoria. Há quem tente aliviar a sua consciência pensando que ser favorável ao aborto de uma minoria é de alguma maneira compensado por se ser contra o aborto da maioria. São as pessoas que dizem  reprovar o aborto, excepto em caso de violação. Mas uma vida é uma vida. Uma pessoa é uma pessoa. Um bebé é um bebé.
Qual. dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?  
Evangelho segundo São Lucas

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