domingo, 1 de maio de 2011

Aborto: Reacção em Cadeia

[ FONTE ]

Na base da bomba atómica está uma reacção em cadeia que leva à libertação de grandes quantidades de energia. A grande questão que se colocava aos cientistas era saber como parar reacção de forma a que o seu efeito fosse local. Como é obvio, fazer uma bomba que vai matar longe pareceu aceitável; agora, fazer uma bomba que entrava numa reacção em cadeia, interminável, e que acabava por matar os próprios americanos, já lhes pareceu completamente inaceitável. Portanto, os arquitectos da bomba tiveram de garantir uma bomba que matava aquelas pessoas MAS só aquelas pessoas.


Naturalmente, os cientistas poderiam ter começado por discutir se uma bomba atómica é aceitável. Mas agora isso não interessa. Deste episódio tristíssimo, o que nos interessa reter agora é que os cientistas só deram a bomba por pronta quando descobriram a forma de travar o processo. Da mesma forma se pode questionar a legitimidade de entrar no útero da mãe e trucidar a frio um ser humano que já lá está a crescer e desenvolver-se.  Mas por momentos vamos colocar-nos na posição dos defensores do aborto e dos cientistas que fizeram a bomba. Vamos assumir que abortar e riscar uma cidade do mapa são actos aceitáveis em certas circunstâncias.


(...)

1. Em 1984 a Zita Seabra liderou o processo de legalização do aborto. Este foi legalizado em certos casos até às 12 semanas. Mais tarde, sem ninguém dar conta e sem qualquer contestação social, o aborto foi legalizado até às 16 semanas (é o processo descontrolado!!). Em 1997 a Zita Seabra declarou-se contra os projectos de lei mas, naturalmente, ninguém quis saber da sua opinião. Sem a legalização de 84 não haveria os projectos de 97. Portanto, a Zita Seabra iniciou uma reacção em cadeia que a ultrapassou completamente e que ela, embora tentasse, não conseguiu travar.
2. Nos perto de 60 países do mundo que neste momento têm aborto a pedido (i.e., basta que a mãe peça o aborto para que lhe seja feito), a legalização começou pelo aborto em caso de violação e deficiências graves. Ou seja, aceitou-se o aborto nos chamados Hard Cases como primeiro passo para aborto em All Cases. Mais uma vez tivemos um processo que não se conseguiu travar… a menos que a ideia fosse mesmo essa…
3. Em 1973 os EUA legalizaram o aborto a pedido até aos nove meses. Depois foram feitas mais e mais legalizações intermédias até que em 1986 legalizaram a morte de bebés recém-nascidos, a pedido dos pais, no caso de terem alguma deficiência. Portanto, os Estados Unidos da América, a maior potência científica, económica e militar de todos os tempos, no apogeu do seu poderio, legalizaram o infanticídio.
4. Em 1997 foi usada a seguinte argumentação em Portugal: “há certas deficiências que só podem ser detectadas depois das 16 semanas. Se a lei não permite abortar depois das 16 semanas é o fim do diagnóstico pré-natal em Portugal porque não se pode dizer ao casal que o filho é deficiente mas que já não o pode abortar”.
Qualquer pessoa observa facilmente que este argumento pode ser usado até aos nove meses e mesmo depois disso: “há deficiências que só podem ser detectadas às 30 (ou 40, 41, 42, 50) semanas. Impedir o aborto (infanticídio) antes das 30 (ou 40, 41, 42, 50) semanas é o fim do diagnostico pré-natal em Portugal porque não se pode dizer ao casal que o filho é deficiente mas que já não pode abortar”.
Em boa verdade este argumento é o fim do diagnóstico post-natal. Proibir o infanticídio acaba com a pediatria porque nenhum médico pode dizer ao casal que o seu filho é deficiente mas já não o podem matar. Mais uma vez temos o processo desenfreado.
5. A reacção em cadeia leva a seguinte trajectória de legalizações:
(a) Aborto cada vez em mais casos por razões económicas será o próximo passo e até mais tarde a meta, para já, são os cinco meses ;
(b) Infanticídio de deficientes como nos EUA ;
(c) Eutanásia inicialmente será voluntária mas tendencialmente passará a obrigatória pela aplicação de leis indirectas: supressão total ou parcial de benefícios da Segurança Social ou a possibilidade legal da família poder decidir pelo parente;
(d) Esterilização forcada dos deficientes, dos criminosos e dos idiotas que já começou na China, já foi feita na Suécia, etc.;
(e) Eliminação sumária dos deficientes profundos;
(f) Eliminação de deficientes e idiotas (QI<30,40);
(g) Eutanásia cada vez em mais casos: dos loucos, dos “homeless”, dos deficientes de trabalho a mais de 90%, etc.
(h) Aborto semi-forçado de bebés com deficiências menores. O Governo recusar-se-á a pagar o tratamento, por exemplo, de bebés que vão precisar de hemodiálise e os pais, não tendo como pagar, vêem-se forçados a abortar ;
(i) Aborto semi-forçado de pessoas com deficiências genéticas que só se manifestarão aos 5 (10, 15, 20, 30, 50 ou 60) anos.
(z) O último a morrer, apague a luz?
________________________________________________________________________________
* O artigo é antigo. À lista deve juntar-se o ano de 2007, no qual se legalizou a matança de bebés até 10 semanas de gestação, por vontade da mulher.

2 comentários:

  1. Você escreveu no ponto 3: "Em 1973 os EUA legalizaram o aborto a pedido até aos nove meses."

    É mesmo 9 meses? ou houve um erro ortográfico? Se for verdade é um cúmulo e desconhecia por completo esta lei.

    Abraços e muito obrigado por mais uma vez trazer luz sobre estes assassinatos e assassinos.

    ResponderEliminar
  2. Não houve erro.

    «nos EUA, pode-se deixar morrer de fome um recém-nascido atrasado ou deficiente físico.»

    Veja aqui:

    http://aborto.aaldeia.net/infanticidio-usa/

    Outra coisa que também muita gente desconhece, é que o aborto em Portugal não está legalizado só até às 10 semanas.

    -Está legalizado até às 10 semanas ( 2 meses e meio) por vontade da mulher,

    -Até às 16 semanas ( 4 meses) em caso de violação (sem necessidade de queixa policial)

    -Até às 24 semanas ( 6 meses), em caso de deficiência do bebé ( eugenia nazista!)

    -E até às 36 semanas (9 meses!) nos ditos casos de "risco de saúde" para a grávida ou de fetos considerados "inviáveis" por algum iluminado.

    Cumprimentos, Duarte.

    ResponderEliminar

Se vai comentar para defender a legalização do aborto veja primeiro este video. Caso mantenha a decisão de comentar para apoiar a legalização da matança dos fracos e inocentes, escusa de perder tempo. O seu comentário não será publicado.

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