segunda-feira, 2 de julho de 2012

A contradição do abortista Luciano Ayan

Quando eu abri este blogue, a reacção do Luciano Ayan  [ ver comentários a este texto] foi a seguinte:


  1. Olá Luciano, aproveito para informoar sobre a abertura de novo blogue:
    Cumprimentos.

    29 de janeiro de 2011 em7:38 pm
    • Ola Jairo,
      Gostei da idéia deste blog, bastante focada.
      Vou adicionar nos links.
      Abração,
      LH

      lucianohenrique
      31 de janeiro de 2011 em8:52 pm
O Luciano, que entretanto se assumiu ateu, agora diz que é favorável ao aborto em algumas circunstâncias. Concepção originada num estupro, fase inicial da gravidez, acefalia do feto, etc. Também já escreveu não se importar se o aborto é aprovado. Diz que não "dá a mínima". Por afirmações deste tipo, já que no passado  eu tinha  divulgado e apoiado muitos textos do Luciano quando ele dizia ser e escrevia como cristão, achei necessário esclarecer que passei a considerá-lo um adversário.

Na resposta que ele deu a esse texto [ comentada por mim aqui ] , escreveu  uma frase que é contraditória com a declaração que citei acima. Sublinhado meu:

« Eu tenho a OPINIÃO de que o aborto não é um problema, desde que a criança não tenha ainda um desenvolvimento que a habilite a sentir dor. Ou seja, não é um animal lutando por sua sobrevivência ou anseiando por ela. Na verdade, nem esse instinto surgiu ainda. Isso nos primeiros estágios de gestação. Explico. Eu sou um fã de Arthur Schopenhauer. Segundo ele, “a maior felicidade é não nascer”. Então, essa “valorização da vida a qualquer custo” nunca foi parte de minhas crenças. É assim que sou.»

Se aquilo que ele chama "valorização da vida a qualquer custo" NUNCA foi parte das suas crenças, então,

a) ou mentiu quando escreveu isso,

b) ou mentiu quando escreveu que gostava da ideia deste blogue, "bastante focada".

Não sendo possível que as duas declarações sejam verdadeiras ( uma desmente a outra), e como as duas foram escritas pelo Luciano, é obrigatório concluir que o sujeito é um mentiroso.

Agora, o Luciano também alega que que ser contrário ao aborto em qualquer circunstância, é ser cúmplice com a legalização de abortos irrestritos. Desta maneira, devolve-me a acusação que  lhe fiz:
 « o Jairo, com seu extremismo anti-aborto (até contra a pílula do dia seguinte) está sendo mais danoso à vida das “crianças inocentes” do que parece. Ele poderia até dizer que “pelo menos está em paz com a consciência”. Mas aí seria egoísmo, não? (...) Enfim, o importante é que Jairo (...) talvez devesse pensar em fazer um exame de consciência. Uma mínima auto-crítica já mostraria que ele é mais responsável por abortos irrestritos e eutanásias forçadas do que pensa ser. »
O Luciano, e alguns dos seus leitores, defendem que a minha posição é "fanatismo religioso" e que eu não tenho o direito de impor a minha religião aos outros, como seria a proibição do aborto mesmo em casos de estupro. Teoricamente, isso seria útil aos que defendem o dito "extremismo oposto" do aborto irrestrito.

No entanto,  nenhum deles demonstrou onde está o meu fanatismo religioso, ou sequer que é uma convicção (subjectiva) religiosa, ser contra a imoralidade de matar seres humanos inocentes e indefesos, seja qual for o seu estágio de desenvolvimento e independentemente da maneira como foram concebidos.

Ainda que fosse "religiosa", por que estaria essa ideia errada ? Quem disse que "religioso" é sinónimo de "falso"? Em vez de argumentar, o Luciano passou para o lado dos que diabolizam uma posição, adjectivando-a e atribuindo-lhe uma origem religiosa.

Será que as pessoas concebidas numa violação, também são fanáticos religiosos e fundamentalistas, quando defendem que o aborto é errado nesses casos? Quem sabe, quando essas pessoas querem e defendem para os outros o mesmo direito à vida que lhes foi concedido,estão a ser fanáticas e a tentar oprimir a sociedade com as suas "crenças religiosas"...

No meu caso pessoal, nem sempre defendi que o aborto é errado em caso de violação. Mas quando comecei a ler mais sobre o assunto, encontrei textos de pessoas que defendiam essa posição, como o Bernardo Motta, e percebi que estava errado. Não encontrei nessas argumentações nenhum tipo de fanatismo religioso. Não encontrei sequer argumentos religiosos. Portanto, eu sei por experiência própria que a teoria do Luciano é falsa. Se a argumentação contra o aborto, sem excepções, dependesse de fanatismo religioso e fosse assim tão repugnante, eu, que à data não dava muita importância à religião, nunca teria sido convencido por esses argumentos.

As pessoas que seguem o blogue, aqui e no facebook, sabem que somos contrários ao aborto em qualquer circunstância, mesmo no caso de violação. Fazemos questão de lembrar isso na página das FAQ´s e de publicar textos sobre o assunto. De acordo com os nossos registos, a tendência do número de seguidores e de leitores do blogue é o aumento.

É claro, o Luciano pode dizer que tudo isto são evidências anedóticas, apenas casos pessoais e excepções  que não negam a regra. Mas ele nunca deu exemplos que confirmassem a suposta regra: "ser contrário ao aborto em qualquer circunstância é dar pontos e adeptos aos que defendem o aborto irrestrito." O Luciano acusa-me de cumplicidade com abortos, mas não prova isso.

Não é verdade que as pessoas que defendem a posição que o Luciano considera extremista estejam condenadas a ser expulsas do "debate" e dos "salões do poder". Casos como os da Hungria mostram que a cultura da morte não é irreversível. Recentemente, a maioria do povo desse país aprovou uma constituição que garante o direito à vida desde o momento da concepção.

A realidade também desmente que ser favorável ao aborto em alguns casos é uma posição "moderada", que dificulta o avanço da legalização de abortos irrestritos. O Luciano é irresponsável quando escreve essa mentira. Ele sabe que essa dita "moderação" é absolutamente necessária, fundamental e existente em todos os processos legislativos de liberalização irrestrita do aborto. Dos EUA a Portugal, a caixa de Pandora abortista abre-se sempre com algumas "excepções".

Como é óbvio, o primeiro passo para liberalizar totalmente o aborto são as primeiras "excepções". E a legalização das primeiras "excepções" é sempre a derrota da posição contrária ao aborto em qualquer circunstância. Quando esta posição vigora, não há avanço do aborto irrestrito. Quando esta posição é derrubada, está dado o primeiro e necessário passo para a legalização progressiva do aborto irrestrito. Isto é tão simples como somar 2+2. O Luciano está absolutamente errado.

Por último,  nunca ouvimos o Luciano reconhecer as suas "culpas" por ter apoiado este blogue. Aliás, à data de hoje, o Luciano mantém na sua lista de links o endereço desta página, na qual ele sabe que se defende uma posição contrária ao aborto, sem excepções. Se ele acreditasse que ser contrário ao aborto, sem excepções, é ser cúmplice com abortos, então, antes de me atacar, teria de reconhecer o seu erro por ter apoiado, divulgado ( e ainda divulgar) o blogue criado para e onde eu defendo essa posição.

É óbvio que Luciano não se pode dizer adversário da agenda esquerdista e, ao mesmo tempo, dizer que é favorável ao aborto em alguns casos e que "não dá a mínima" se o aborto for aprovado. Na melhor das hipóteses, ele é um idiota útil à agenda do marxismo cultural.

Para refutar isto, o Luciano sabe que não tem argumentos. Quando se lembrou ele de atacar os que são contra o aborto em qualquer circunstância, dizendo que esses é que são responsáveis por abortos? Só quando eu demonstrei que a sua nova posição sobre o aborto ( "estou nem aí se o aborto é aprovado" sic ), significa cumplicidade com os criminosos que legalizam a matança de crianças.

Até aí, nunca o Luciano se tinha lembrado de escrever a sua nova teoria, supostamente fundamentada numa interpretação da estratégia gramsciana. Ou ele teve um  insight espontâneo, ou está a sacudir a água do capote com uma desculpa esfarrapada e inventada à última hora.  Alinho na segunda.

Seja como for, se o Luciano acredita naquilo que diz, então que peça desculpas por, segundo a sua mais recente teoria, ter sido cúmplice com abortos ao apoiar e divulgar a posição defendida neste blogue. Se é coerente, que elimine também o endereço desta página da sua lista de blogues. Ficamos gratos. Nenhum dos autores deste blogue quer proximidade com sites onde são acusados de cumplicidade com abortos, e nos quais se tolera e defende a legalização da matança de crianças.

PS- Antes que alguém me chame taliban por designar criança quem a mulher grávida carrega no ventre, lembro que o próprio Luciano Ayan usa a palavra. Citações:
«...matar um feto que não sente dor, não reage à dor e nem sequer luta por essa sobrevivência (...) a criança, neste caso, não tem sequer luta pela sobrevivência » 
«Eu sou a favor do direito ao aborto para as crianças que estejam em estágios iniciais de gravidez.»
Matar uma criança por ela não ter capacidade de lutar, não justifica, agrava o crime. A posição do Luciano não tem defesa. Ele sabe e admite que o aborto é matar uma criança. A partir daí, tudo o que diz são desculpas abjectas e irracionais. 

9 comentários:

  1. Quando vi que o tal Luciano tinha negado Cristo, não consegui mais lê-lo.

    "Acusar" uma pessoa de lutar contra algo, por questões religiosas, é inferiorizar as convicções desta pessoa. É torna-la cidadão de segunda categoria.

    Como você bem disse. Por que as convicções religiosas seriam falsas?

    Toda vez que alguém vem com este papo para cima de mim, eu pergunto a pessoa: Então você está me taxando de cidadão de segunda categoria? Está querendo dizer que eu sou inferior e que minhas convicções não podem ser tomadas em consideração nas decisões?

    Geralmente estas pessoas se contradizem, e acabam se perdendo, pois na mente delas o termo "igualdade" é tão forte, que elas acham mesmo que estão defendendo a "igualdade" entre todas as pessoas.

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  2. Sim, é triste que alguém que já foi um bom adversário do ateísmo militante, use agora a clássica falácia de que ser contra o aborto em qualquer circunstancia é impor uma crença religiosa.

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  3. Criar excepções só faz com que essas excepções se alarguem, até onde? Até ao nascimento? Já há teóricos entendidos na ética que defendem que os bebés recém nascidos "são não pessoas porque ainda não têm consciência da sua própria existência e podem por isso ser mortos!"

    As excepções só vão aumentar e aumentar até que se possa matar pessoas por dá cá aquela palha, aliás neste momento já se mata pessoas assim. E as mulheres lá vão, e as filas aumentam e a matança repete-se como se fosse "um acto médico normal"!

    Revoltante!

    (http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/estudo-defende-que-bebes-nao-sao-pessoas-e-podem-ser-mortos)

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  4. Uma coisa é a pessoa que ataca o Cristianismo porque não o conhece ou porque tem alguma concepção errada sobre ele, afinal uma ignorância não intencional diminui a culpa. Mas o Luciano já estudou a fundo o Cristianismo, então ignorância não é uma desculpa aqui.

    Nos fóruns ele não negava defender aqueles que não sabiam se defender, ele até usava a imagem de um cavaleiro templário e o juramento de defender os inocentes que os templários faziam. Mas como alguns templários, ele também perdeu o rumo e passou a atacar àqueles que antes defendia.

    Eu posso até respeitar aqueles que aos poucos, através de uma análise racional dos fatos, mude alguma opinião, mesmo que eu não concorde com ela. Enquanto alguém se esforça para ter um conjunto coerente de idéias, isso é honestidade intelectual. Mas o Luciano uma hora desmontava com maestria todos os argumentos neo-ateístas, agora vai aceitando cada um passivamente. Onde foi parar todo a coerencia? Não houve um caminho racional de um ponto a outro, apenas uma mudança repentina de opinião. Se o Luciano não sofre de amnésia crônica, isso é deve ser fruto de ou de vigarisse, ou de algum grande trauma emocional ou ambos. Não é incomum alguém se esquecer de Deus justamente quando passa por algum problema...

    Lendo nas entrelinhas do blog dele, percebo que mesmo quando ele se declarava Cristão havia nos textos e nos comentários dele algumas idéias não tão Cristãs, como libertinagem sexual e um certo desprezo pela espiritualidade. Já li ele dizendo que não há a necessidade de ir na igreja ou que tanto faz que religião escolher.

    Me lembro de uma vez, quando estava tendo toda aquela discussão da mulher islâmica Sakineh Ashtiani (que seria apedrejada por cometer adultério), nos comentários de um texto sobre o assunto Luciano em uma discussão com um ateu falava que a soberania de uma nação deveria ser respeitada, e esse ateu perguntou (indignado) ao Luciano se ele também diria que no caso da perseguição de Cristãos no oriente a soberania das nações que os perseguem também tinha de ser respeitada. Pensei que ele (Cristão) defenderia os Cristãos, mas ele só respondeu algo na linha de que se os Cristãos perseguidos não estavam satisfeitos a solução era mudar de país. O meu respeito por ele foi pras cucuias nesse ponto... Voltei de vez em quando para ver se o blog melhorava, mas só piorava.

    A impressão que tenho é que o Luciano deixou de ser Cristão porque se recusa a rever certas posições, especialmente no que diz respeito à sexualidade e castidade. Ele estudou bastante o Cristianismo, leu a respeito de sua coerência e historicidade. Se Deus existe, então ele deve saber mais sobre moralidade do que o Luciano ou qualquer outro. Mas como ele prefere confiar mais em si mesmo do que eu Deus então todas essas coisas do dia para a noite passaram a estar erradas para ele (exemplo clássico de vigarisse).

    Para concluir, deixo com vocês o Luciano de quase 2 anos e meio atrás explicando o comportamento que possui hoje:
    http://neoateismodelirio.wordpress.com/2010/03/14/desvendando-a-ilusao-do-neo-ateismo-pt-2-a-interpretacao-delirante-e-a-mente-revolucionaria/

    Abraços!

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    1. Discordo quanto ao suposto "estudo aprofundado do cristianismo" realizado pelo Ayan.Lembro-me de uma ocasião,onde perguntado sobre as Aparições de Nossa Senhora de Fátima,o pérfido abortista disse não saber nada sobre o tema.Como poderia um sujeito que se proclamava católico,não saber ao menos o básico sobre um dos acontecimentos mais importantes após a revelação?

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  5. Amigos Cristãos, sem querer ofender ninguem, mas eu acho que não deveriam perder tempo atacando Luciano ayan.Ele tem algumas posições dissonantes mas é só.Nos seus posts vejo ele mais defendendo os cristãos e atacando neo ateus. Há pessoas no Brasil que merecem mais nossas investidas do que luciano ayan. Acho ele mais tratável do que muitos neo ateus fanáticos e ignorantes.

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    1. O texto é do dono do blogue, mas deixa-me dizer algumas coisas:

      Amigos Cristãos, sem querer ofender ninguem, mas eu acho que não deveriam perder tempo atacando Luciano ayan.

      Não é perder tempo criticar a posição pró-matança duma pessoa - quem quer que ela seja.

      Ele tem algumas posições dissonantes mas é só.

      Hitler também tinha umas "posições dissonantes" no que toca o direito À vida dos Judeus, mas à parte disso, ele ajudou a economia alemã e construiu bastantes estradas. Sem dúvida que os alemães não-judeus ficaram gratos por isso.

      Nos seus posts vejo ele mais defendendo os cristãos e atacando neo ateus.

      Sim, e? O critério não é "podes ser a favor de toda a espécie de mal, desde que defendas os cristãos" mas sim "é moralmente errado ser a favor da matança de seres humanos inocentes".

      Há pessoas no Brasil que merecem mais nossas investidas do que luciano ayan. Acho ele mais tratável do que muitos neo ateus fanáticos e ignorantes.

      Da forma como as coisas estão agora, o Luciano pode até ser mais perigoso do que o esquerdista mais militante uma vez que passa a mensagem que se pode ser um "conservador" e ser a favor da matança de bebés inocentes.

      Tolerância zero com quem defende o aborto, o gayzismo ou outra estupidez esquerdista.

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    2. Viram a última do Luciano Ayan? Agora ele diz, no melhor estilo neo-ateu, que as crenças religiosas são facilmente ridicularizáveis:
      http://lucianoayan.com/2013/01/11/rotina-neo-ateista-ao-inves-dos-nao-religiosos-os-religiosos-nao-aceitam-ver-suas-crencas-serem-ridicularizadas/.

      E existem Cristãos que ainda acham este senhor uma "referência". Por isso é que esse cara tem de ser desmascarado.

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  6. Caros amigos, hoje tive a nítida impressão que o Ayan é realmente pior que os neo-ateus.. Em todos os assuntos de fundo e vitais para a Cristandade, ele é contra. Apenas afirma alinhar-se ao iluminismo britanico e a liberdade de expressão. A ultima é ser favorável ao casamento gay mesmo sendo este um ponto essencial da desconstrução familiar preconizada pelo marxismo cultural. Não creio que ele ignore isso. Parece-me bastante empenhado na tarefa de vender um livro ensinando cristãos a serem menos ingenuos. Talvez a maior ingenuidade de seus leitores seja confiar neste "expert" em desbaratar truques da guerra política. Quem melhor para armar bombas que aquele que vive de desmonta-las? Aliás, o maior truque do Ayan é simular o falso entedimento de que todo argumento por ele refutado é um truque Mesmo quando o seu debatedor está claramente de boa-fé, é tratado como um embusteiro porque assim ele nunca deixa de capitalizar politicamente.

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