sábado, 18 de fevereiro de 2012

Direito à vida: desde a concepção. Sem excepções.

Se afirmas ser "contra o aborto, excepto em casos de violação e incesto", então terás de olhar para pessoas como Kristi Hofferber, nos olhos, e dizer-lhe que a mãe dela deveria tê-la abortado. O que quase aconteceu.

Num extraordinário e comovente testemunho pessoal publicado em inglês no LifeSiteNews, Kristi explica que ela cresceu num lar cristão feliz, sendo a sua única queixa um constante e crescente sentimento de desconforto, surgido do facto de ter descoberto que era adoptada. Por fim, aos 30 anos, esse sentimento de desconforto levou-a a procurar a verdade sobre os pais biológicos.

Ela não estava preparada para o que descobriu.

Perguntando aos pais adoptivos, estes acabaram por lhe contar a verdade: a sua mãe biológica, durante a adolescência, foi frequentemente violada pelo próprio pai, demente e incestuoso. O resultado foram seis gravidezes: cinco delas terminaram em aborto. No meio dessas circunstâncias horríveis, só Kristi foi inexplicavelmente poupada, quase não escapando do destino cruel de seus irmãos e irmãs.

“Fiquei muda!” relata Kristi. (...)  "Antes, eu tinha umas dez questões na minha cabeça; a partir de então tinha centenas”.

Mesmo depois de saber como havia sido concebida, Kristi quis descobrir mais e até contactar a sua verdadeira mãe. Depois de algumas pesquisas na internet conseguiu encontrá-la e, logo depois, combinar um emocionante encontro entre as duas.

“A minha mãe ficou muito surpreendida por eu a querer encontrar mesmo sabendo a verdade  sobre o meu pa biológicoi”, escreve Kristi. “Foi aí  que revelei que lhe expliquei a minha fé e como eu me sentia sobre quem era. Ele pode ter o mesmo DNA que eu tenho, mas quem me criou foi Deus.

As circunstâncias não importam, foi vontade e propósito de Deus que eu fosse concebida. Não quero nada do meu pai, nem nunca vou querer”.

Kristi, simplesmente, é grata por estar viva.

“Encolho-me de medo quando alguém diz que é pró-vida, excepto nos casos de violação e incesto (...) Mas nessa situação eu dou um passo a frente e digo: " Fui concebida numa violação e sou tão humana como tu"

Kristi  sente tristeza pela maioria das crianças concebidas em circunstâncias semelhantes à sua, acabarem por pagar o preço máximo pelos pecados dos pais.

“A opção do aborto permitiu que ele punisse meus irmãos e irmãs, inocentes, com a morte. Isso é errado por várias razões. Deus tem um plano específico para cada criança, inclusive as crianças que, como eu, foram concebidas em incesto e numa violação. O aborto legal prejudica todos os envolvidos”, disse.

Kristi não se define por seu DNA biológico, mas pelo amor da sua mãe e pelo amor que ela sabe que Deus tem por ela.

“Deus é meu pai”, diz ela. “Não importa quem seja meu pai biológico”.

“Ele pode ter o mesmo DNA que eu tenho, mas quem me criou foi Deus. Não importa as circunstâncias, é a vontade e propósito de Deus que eu fosse concebida”.

Kristi é um testemunho vivo de que até mesmo nos casos de estupro e incesto, cada bebé em gestação é criado com um propósito. “Como o meu testemunho revela, Deus pode pegar numa coisa má e transformá-la numa oportunidade miraculosa."

“Recebi o dom da vida numa circunstância difícil e acredito que todas as crianças concebidas merecem o mesmo, sem excepção”.

Kristi é casada com um pastor evangélico. Eles têm orgulho de serem pais adoptivos. O pai biológico de Kristi, o que aterrorizou a mãe dela durante décadas, morreu no ano passado. 


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Sobre o mesmo assunto, ler: E no caso de violação?
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