O Estatuto Ético do Zigoto Humano, Bernardo Motta« O zigoto que resulta da fertilização do óvulo pelo espermatozóide é uma forma de vida humana, ou melhor, um ser humano, pois:
1. Está vivo.
2. É humano (possui a totalidade dos cromossomas representativos do genoma da espécie Homo Sapiens)
3. Além disso, é um ser individual, ou seja, não faz parte do organismo de outros seres2, pois tem o seu próprio organismo; por ser uma célula totipotente, o zigoto é capaz de gerar todas as células diferenciadas características da sua espécie. »
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Que o ser humano surge na ( sua) concepção é impossível de negar. Tentá-lo, é optar por esta proposição absurda:
O ser humano não surge quando é concebido.
Isto é o mesmo que dizer que um ser humano não surge quando surge. O termo "concepção" refere-se à concepção do ser humano enquanto tal. Como é óbvio.
Também é impossível levantar dúvida, com fundamento lógico, sobre o facto do ser humano surgir quando é concebido. Tentá-lo, é optar por uma pergunta que já contém a resposta:
O ser humano surge quando é concebido?
Isto é o mesmo que perguntar se alguém passa a existir quando passa a existir.
O ateísta militante Ricardo Silvestre ficou assustado por ter havido uma proposta de lei no Estado do Mississipi, que defendia o direito à vida dos seres humanos desde o momento em que são concebidos (como seres humanos).
O texto que esse senhor apresenta é uma retórica medíocre e histérica, sem qualquer argumentação e totalmente alheia à razão e à ciência.
A ideia é atacar a proposta, adjectivando-a pejorativamente. Para Ricardo Silvestre, dizer que um ser humano surge quando é concebido um ser humano, significa, não uma necessidade elementar ( A=A), mas antes ( citando-o) :
« insanidade mental que só pode resultar da interpretação literal da gramática religiosa»
« futuro sombrio e histérico. »
«É a face da loucura.»
« extremismo religioso»
» as "leis divinas" a, mais uma vez, a promover a perda de direitos de pessoas reais, para ganho de "direitos" de "pessoas" imaginárias.»
« os loucos a tomar conta do manicómio.»
A insanidade mental de Ricardo Silvestre será explicada pelo quê?
Matar um ser humano concebido enquanto tal, é matar um ser humano. Qual é a dúvida? Isto não precisa de ser "interpretação religiosa literal" de coisa nenhuma. E ainda que seja...
Se proteger o direito à vida desde a concepção, significa um « futuro sombrio e histérico», então parte-se do princípio que o futuro luminoso e tranquilo ambicionado por Ricardo Silvestre, é aquele onde o direito à vida é uma arbitrariedade e deixado ao critério dos mais fortes, contra os mais fracos. "Face da loucura" é chamar "pessoas imaginárias" a seres humanos concebidos como tais, e contra os quais se defende o direito a matar.
Será que a destruição de zigotos, embriões e fetos, pelos mais variados e criminosos motivos, trata-se da destruição de zigotos, embriões e fetos imaginários ?
Entretanto, a proposta de lei no Mississipi foi recusada e Ricardo Silvestre ficou maravilhado com essa notícia. Pelos vistos considera que garantir o direito à vida desde o momento em que existimos como seres humanos, seria « anular conhecimento científico em prol de teologias bafientas »
A ateologia bafienta à Silvestre não dá para mais. Usa a histeria para fingir que o senso comum está do seu lado e põe o rótulo de "conhecimento científico" nos delírios que escreve.
Os loucos já tomam conta do manicómio.Não é que simplesmente defendam o direito a matar seres humanos inocentes. Já estão numa fase posterior, a de que o direito a matar os mais fracos e inocentes não se coloca em dúvida. O aborto e a destruição de seres humanos em nome da ciência, está a tornar-se num direito sagrado e inquestionável. Temos o exemplo do blogue Esquerda Republicana onde um indivíduo exclama apenas, bastante chocado:
« Agora os pro-vidas do Mississippi querem declarar os fetos - todos! - pessoas.»
Mas que coisa horrível, não é ? O que virá a seguir? Declarar que 2+2 =4 ? Não pode ser. Os abortistas ficam confusos e nervosos...
O processo infanticida em curso pretende ditar o senso comum. E não terá problemas em impor um pensamento único com força de lei.
A indústria do aborto já tem o dinheiro, os partidos, os governos e a lei do seu lado. As associações ateístas e outros movimentos antirreligiosos/esquerdistas/liberais são compostos de idiotas úteis, que fazem patrulhamento ideológico e tentativas de lançar na espiral do silêncio ( e do ridículo) as iniciativas dos movimentos pro-vida.
Mas ridicularizar e adjectivar não é argumentar. A discussão deve ser lançada e os abortistas obrigados a sair das tocas: não concordam com o direito à vida desde a concepção, PORQUÊ ?
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PS - A histeria de Ricardo Silvestre levou-o a escrever que defender o direito à vida desde a concepção implicaria que « uma mulher que tenha um qualquer acidente que cause a perda de um zigoto [fosse] considerada como uma assassina, mesmo que involuntariamente.»
Isto seria o mesmo que dizer que o direito à vida de uma criança já nascida, obriga a considerar assassina uma mãe que mate um filho involuntariamente num acidente(!), logo não deve haver direito à vida das crianças já nascidas. (!!) É preciso ser estúpido.
PS 2 - Ricardo Silvestre é responsável por um espaço onde já se defendeu o direito a matar seres humanos, coisa que ele permitiu ser publicada e da qual não se demarcou. Portanto, escusa de fingir que ignora que o aborto mata seres humanos. O que o seu movimento apoia é o direito ao homicídio.
"O aborto é um assassinato. Concordo. Sim. E depois? Matar uma espécie em vias de extinção é mais grave do que matar (mais um) ser humano. Desflorestar o planeta é mais grave do que matar (mais um) ser humano."
Prezado Jairo Filipe, veja essa notícia que traduzi do site InfoCatólica:
ResponderEliminarhttp://srozante.blogspot.com/2011/11/ginecologistas-ingleses-retiram-mascara.html
Sim, chegamos ao ponto de não esconderem mais que são assassinos.
AJPM,
Sara Rozante
Sara, obrigado por divulgar a sua tradução.
ResponderEliminarDestaquei na página principal:
http://abortoemportugal.blogspot.com/2011/12/cai-mascara-abortista.html
Cumprimentos.