« O ponto fundamental – o aborto é aceitável se e só se o infanticídio também o for –, (...) ilustra por que chegam os diversos autores a conclusões diversas: os que partem da aceitabilidade do aborto vêem-se obrigados a aceitar o infanticídio; os que partem da inaceitabilidade do infanticídio, vêem-se obrigados a rejeitar o aborto.
(...)
A maioria das pessoas, aparentemente, não leva nada disto a sério. O aborto é uma questão que se discute superficialmente, com slogans – O corpo é da mulher, O aborto é uma questão de consciência, Legalizar o aborto acaba com o aborto clandestino, etc.–, e fica-se com a ideia que os trabalhos académicos do tipo descrito acima são especulações ociosas de pessoas completamente desclassificadas. Mas, pergunta-se, como pode alguém pensar que são desclassificados professores das maiores universidades do mundo e investigadores altamente prestigiados entre os seus colegas?
Se grandes vultos da filosofia estão de acordo em que não é possível distinguir o recém-nascido do bebé dentro do útero, é melhor levar o aviso a sério e perceber que no aborto se joga o infanticídio. E se este tipo de considerações não ajuda as pessoas a perceber o problema, ao menos que a realidade as convença.
Em 1986, dez anos depois do aparecimento do livro de Baruch Brody, a sentença Bowen vs American Hospital Association determinou que, havendo acordo dos pais, os hospitais podem negar cuidados médicos a qualquer criança que nasça com atraso mental ou com uma outra qualquer deficiência. Isto é válido mesmo quando o objectivo desta falta de assistência é causar a morte do bebé. Para o efeito, alimentar o bebé é considerado tratamento médico, pelo que pode ser negado.
O infanticídio ficou assim legalizado em certos casos particulares, embora a redacção seja tão vaga que abre a porta a qualquer caso. A sentença Roe vs Wade, ao colocar a linha de morte no nascimento, era indefensável – tal como os filósofos tinham dito – e, portanto, acabou por cair… para o pior lado.
Mas os filósofos disseram também que tanto as dez semanas do compromisso parlamentar como as doze semanas da JS são indefensáveis. A lei acabará por cair para um lado ou para o outro.
Porquê, então, aprová-la? Porque se aprova uma lei indefensável? Não será melhor começar por estudar o problema seriamente?
A aproximação directa à lei que acabará por liberalizar o infanticídio a pedido, em todos os casos e sem nenhuma razão especial, já começou a ser feita (...) A questão de onde tudo parte é esta: o que é abortar? Concretamente, se um bebé de 8 ou 9 meses estiver a espernear e esbracejar à frente de todos, mas ainda tiver a cabeça dentro da mãe, matá-lo nesta altura é aborto ou infanticídio?
O presidente dos Estados Unidos decidiu que era aborto e, portanto, este tipo de mortes é legitimo e aplica-se o Roe vs Wade. Pode-se matar nestas circunstâncias sempre que exista “qualquer factor físico, emocional, psicológico, familiar ou de idade, que seja relevante para o bem-estar da mulher”.
Qualquer pessoa percebe que o passo seguinte é matar o bebé quando já está cá fora mas ainda não lhe cortaram o cordão. E a festa seguirá até sabe-se lá onde.
É preciso notar que estas coisas não acontecem pelo facto de, alegadamente, os Estado Unidos da América serem um país de loucos. Isto acontece pelas razões teóricas identificadas pelas pessoas que estudaram o assunto. Não há possibilidade de distinguir o nascido do não-nascido. »
__________________________________
Recordando:
O caso do bebé Joseph:
O caso do bebé Joseph:
" O dito hospital considerava que a alimentação artificial de que o bebé necessita era um tratamento "fútil", considerando que a esperança de vida da criança é curta e que ela não sobrevive sem alimentação.
O "plano" destes facínoras consistia em deixar morrer o bebé Joseph à fome, negando-lhe a alimentação artificial. "
Via Blogue Espectadores
ONTEM, HOJE E SEMPRE , PARA MIM , O ABORTO É UM ASSASSINATO.
ResponderEliminarPor essa mesma lógica,
ResponderEliminarAborto = Infanticídio = Homicídio
Matar um feto = matar uma criança = matar um jovem/adulto/velho.
É só falar "tudo é relativo" que esse argumento falho e sem fundamento social algum. Por favor, se eles, os filósofos que você cita (não cita...), são respeitados, nossa nova ministra brasileira (que é a favor da legalização) é o que? A Ministra Eleonora Menicucci é a favor da legalização do aborto.
Ela é a nova Ministra-Chefe de Políticas para as Mulheres e tem uma posição bem definida sobre esse assunto.
Se eles são respeitados, por que os que são a favor da legalização, mas tem tanto renome quanto, você não considera? Ah, claro, você só acha respeitáveis aqueles que concordam com teu ponto de vista!
É de fato um assunto de gravidade e importância, nisso concordamos.
Portanto, meu caro luso, o erro está em ser tão absolutamente parcial e ridicularizar a opinião alheia, você faz justamente o que critica.
Anónimo,
ResponderEliminar« Por essa mesma lógica,
Aborto = Infanticídio = Homicídio
Matar um feto = matar uma criança = matar um jovem/adulto/velho.»
Exacto. A verdade é essa.
«É só falar "tudo é relativo" que esse argumento falho e sem fundamento social algum.»
Nenhum argumento falha só porque dizes "tudo é relativo".
"Tudo é relativo" é uma estúpida e óbvia auto-contradição, uma mentira; a qual não tem o poder mágico de falsificar argumentos, apenas por ser pronunciada ou escrita.
«Por favor, se eles, os filósofos que você cita (não cita...), são respeitados,»
Estão citados no artigo original, para o qual está indicado o link.
Não sejas estúpido, Anónimo. Lê as coisas antes de mentires sobre elas.
« nossa nova ministra brasileira (que é a favor da legalização) é o que? »
Se perguntas, é porque queres saber a minha opinião: essa nova ministra é uma assassina neo-nazi.
«A Ministra Eleonora Menicucci é a favor da legalização do aborto.»
Exacto. É uma assassina neo-nazi.
« Ela é a nova Ministra-Chefe de Políticas para as Mulheres e tem uma posição bem definida sobre esse assunto.»
Uma posição homicida sobre assunto. Sim. É uma assassina neo-nazi.
«Se eles são respeitados, por que os que são a favor da legalização, mas tem tanto renome quanto, você não considera?»
Anónimo, não sejas estúpido, já disse. O artigo diz que tanto os referidos filósofos defensores do aborto como os que se opõe, são de renome e respeitados mundialmente.E que todos eles concordam que abortar um bebé em gestação ou matar um recém-nascido, é moralmente equivalente.
A questão é que, perante o facto, uns passam a defender o infanticídio; porque querem continuar a aceitar o aborto,
e outros passam a ser contra o aborto; porque não querem aceitar o infanticído.
É preciso fazer um desenho?
«Ah, claro, você só acha respeitáveis aqueles que concordam com teu ponto de vista!»
Eu não acho abortistas respeitáveis. Matar bebés não é um ponto de vista. É um homicídio.
Quando ao autor que citei, o que ele diz é que todos os filósofos referidos são respeitados como filósofos, e que nenhum deles nega a igualdade moral entre um feto e um bebé recém-nascido.
«É de fato um assunto de gravidade e importância, nisso concordamos.»
Se concordássemos, tu não virias para aqui mentir e provocar. Obviamente nem leste o texto que comentas, por isso não concordamos. Tu achas que isto é uma brincadeira. Eu não.
«Portanto, meu caro luso, o erro está em ser tão absolutamente parcial e ridicularizar a opinião alheia, você faz justamente o que critica.»
Eu não critico quem é parcial, nem quem ridiculariza a opinião alheia:
Eu sou parcial. Entre um abortadeiro infanticida e um bebé, tomo partido pelo bebé.
Eu ridicularizo a opinião alheia. A opinião que tu aqui escreveste é ridícula.
Mais alguma dúvida ou questão?
Boa resposta Jairo!
EliminarCara por que é tão difícil lidar com essa galera de mente lavada?
Essa gente, tem a mente tão lavada que não conseguem entender o que está exposto no artigo.