terça-feira, 24 de maio de 2011

Rússia considerando restringir lei de aborto a fim de desacelerar colapso populacional

28 de abril de 2011 (Notícias Pró-Família) — Num discurso na semana passada Vladimir Putin, primeiro-ministro da Rússia, disse que deve-se adotar medidas na Federação Russa para levantar o índice de natalidade.
Vladimir Putin
Putin disse que 1,5 trilhão de rublos serão investidos em “projetos demográficos”, para melhorar a expectativa média de vida e para levantar o índice de natalidade entre 25 e 30 por cento durante três anos.
Depois do discurso de Putin, a Duma, o parlamento russo, introduziu um projeto de lei para desqualificar o aborto como serviço médico no sistema público de saúde. O projeto também permitirá que os médicos possam recusar realizar abortos.
“O projeto de lei tem como objetivo criar as condições para uma mulher grávida optar por dar a luz”, disse Yelena Mizulina, diretora da comissão de família, mulheres e crianças da Duma.
Na quarta-feira a Duma também introduziu um projeto de lei para restringir a propaganda comercial do aborto.
Anton Belyakov, autor do projeto e deputado da facção do Partido Só Rússia, disse para os jornalistas: “O projeto de lei também dá aos médicos a responsabilidade de avisar as mulheres que decidiram fazer um aborto que o procedimento pode causar infertilidade, morte ou afetar negativamente a saúde física e mental”.
A Rússia tem o índice mais elevado de abortos no mundo com 53 abortos por 1.000 mulheres entre as idades de 15 e 44, de acordo com estatísticas da ONU. O aborto é uma questão chave na forte diminuição da população da Rússia, que viu uma queda de 148,5 milhões em 1995 para 143 milhões hoje.
Belyakov disse que o índice de aborto da Rússia é “inaceitável”. As próprias estatísticas do país mostram que há 1.022 abortos realizados para cada 1.000 nascimentos. Os números oficiais mostram entre 1,6 e 1,7 milhões de abortos por ano, mas estimativas não oficiais os colocam em pelo menos 6 milhões por ano, 90 por cento dos quais são feitos, como na maioria dos países desenvolvidos, a pedido da mulher por razões “sociais”, não médicas.
Comentando acerca da crise de natalidade da Rússia, Larry Jacobs, da ONG Congresso Mundial de Famílias, disse: “Não é só a Rússia que está experimentando um inverno demográfico”.
“No mundo inteiro, os índices de natalidade diminuíram em mais de 50 por cento desde o final da década de 1960. No ano 2050, haverá 248 milhões a menos de crianças com menos de 5 anos no mundo do que há hoje. Essa escassez de nascimentos será um dos maiores desafios que a humanidade confrontará no século XXI”.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

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