1. Sabias que o feto é considerado como um parasita pelo próprio sistema imunitária da gestante e muitos dos abortos naturais dão-se porque o feto não conseguiu "enganar" o corpo em como fazendo part...e dele? (Isto também é o princípio de rejeição dos transplantes)Sim, o corpo da mulher entende o ser humano no seu ventre como outra forma de vida, e como tal, tenta-se livrar dele. Mas o bebé reage a essa agressão e, se tudo correr bem, neutraliza os ataques. De que forma é que isto retira humanidade ao bebé? De que forma é que isto justifica a matança do ser humano?
O ponto da questão não é que o bebé é 100% igual à mãe, mas sim que o ser que se encontra no ventre é outra pessoa, com um código genético distinto (50% vindo do pai da criança), com um sistema respiratório distinto, com um sistema digestivo distinto e, basicamente com uma composição distinta.
2. Muitas das imagens que aparecem aí são resultantes de abortos naturais (que também acontecem quando algo não vai bem na gestação e o próprio corpo sabe que está imperfeito).Não sei como sabes disso, mas vamos assumir que sim. Isso não invalida que o aborto esteja a tirar a vida a seres humanos como essas imagens mostram. As imagens são chocantes porque nelas se vê que o aborto está a matar seres humanos.
3. Nessas imagens também aparecem abortos feitos com quase 9 meses, caramba.Qual é a diferença entre abortar aos 3 meses ou abortar aos 9 meses? O ser vivo que se encontra no ventre é tão humano aos 3 meses como o é aos 9 meses.
Qual é o critério para se justificar uma mas ser contra a outra?
E lá está, nessa altura já conseguem subsistir sozinhos.Um bebé recém-nascido não consegue subsistir sozinho. Mas mesmo que conseguisse, quem disse que a "subsistência" é o critério de "humanidade"? Um homem em coma não "consegue subsistir sozinho" mas isso não o torna menos humano.
Se não o conseguem é porque a formação está incompleta/incorrecta (logo considerar aborto de algo que não conseguiria viver se não fosse com ajuda, parece-me um bocado intenso.Usa a mesmo lógica para os paraplégicos, os em coma, os cegos, os deficientes mentais e todos os outros seres humanos que precisam de algum tipo de ajuda para ter uma vida que nós consideraríamos "normal". Esse argumento não sanciona o aborto.
Para isso vamos olhar para os séculos passados quando havia tantos nado-mortos e crianças que nem 1 ano conseguiam viver).De que forma é que isso justifica o aborto? Só porque no passado muitas crianças nasciam mortas (ou morriam no primeiro ano de vida) não significa que se possa matar crianças intra-uterinas.
3. Profissional de saúde que concorda com a prática e depois vai buscar uma câmara de filmar parece-me um pouco hipócrita e não o queria nem como vizinho.Porquê hipócrita? Eu conheço aborcionistas que colocavam bebés intra-uterinos em jarros e expunham-nos como se fossem pedaços de carne. Outros há que punham bebés no congelador.
Ou não me digam que há pessoas que se dignam a ir vasculhar no lixo e metem-se a filmar com pinças... Isso é perturbador.Não menos pertubador que inserir pedaços de metal no ventre duma mulher e esquartejar o ser humano que lá está. Tirar fotos depois de morto é mau, mas menos mau que os motivos que o levaram à morte.
E mais uma vez, nesse caso pegam em tudo, aborto natural ou não-natural e impingem as piores imagens possíveis.Qual é o problema em mostrar quem é que está a ser morto durante os abortos? Isso é mesma coisa que eu mostrar uma foto de um cemitério e pôr como título "Beber mata", e tu dizeres "Ah e tal, nem todos os que estão aí enterrados morreram devido a acidentes de viação!".
Irrelevante. O propósito não é dizer que todos os que estão mortos morreram devido ao álcool, mas sim mostrar que o conduzir bêbado pode levar a situações dessas. De modo semelhante, as imagens que os vídeos contra o aborto visam mostrar aquilo que a indústria do aborto tenta esconder: a humanidade do ser que eles alegremente matam.
4. Para responder ao teu ponto 3, percebes que eu queria dizer que a maioria dos que nasceram sem serem desejados tiveram vidas miseráveis.Eu não sei se a "maioria dos que nasceram sem serem desejados tiveram vidas miseráveis". Não sei como sabes disso, mas vamos assumir que sim. E depois? O que os aborcionistas tem que dizer é se todos os que nascem "sem serem desejados" tiveram "vidas miseráveis", e de que forma é que isso justifica a matança de seres humanos inocentes.
Isso já não se verifica tanto quando os progenitores estão para aí virados.Já que falas nisto, tens que dizer se todas as crianças cujos pais "estão para aí virados" tiveram vidas não-miseráveis. Se nós encontrarmos uma pessoa cujo nascimento foi desejado pelos pais e que tem o que tu qualificas de "vida miserável", então o argumento afunda-se por completo. Concordas?
5. Em suma, parece-me uma "luta" injusta entre os pró e os contra.Defender a vida humana nunca é injusto. A única injustiça aqui é que os que são a favor da vida lutam contra o aparelho de Estado. Votamos há alguns anos atrás contra a matança de inocentes, mas isso não valeu de nada. Se no referendo deste século os portugueses tivessem votada contra a matança, o Estado continuaria a fazer referendos até ter a resposta que quer. Agora que tem a resposta que querem já não é preciso mais referendos.
Quer concorda, concorda, quem não concorda, não concorda, e ponto final. Ninguém deve mandar em ninguém (num mundo perfeito, claro).Entretanto, o Estado "manda" o nosso dinheiro para "clínicas" de matança, mesmo que eu não queira.. Ou seja, mesmo sendo eu contra o aborto, o Estado usa do meu dinheiro para matar seres humanos, coisa que vai contra a minha consciência. Parece que o argumento "quem não concorda, não concorda" não pára aí. Deveria ser "quem não concorda, não concorda, mas o Estado vai na mesma usar o seu dinheiro para matar seres humanos".
- Se as imagens de abortos naturais, são imagens de seres humanos que morreram naturalmente, isso não legitima que se cause o mesmo resultado intencional e premeditadamente a outros seres humanos. Se uma imagem de um aborto natural é horrível, é imoral defender a liberdade para provocar tal horror de forma premeditada. Quem usa este argumento, tem de ser contra o aborto.
- A lei portuguesa permite o aborto aos nove, seis, quatro e dois meses e meio. Caramba! Quem usa este argumento, tem de ser contra o aborto.
-Matar alguém que não consegue viver sem ajuda implica um crime mais horrível: significa matar uma pessoa mais fraca e indefesa. Quem usa este argumento, tem de ser contra o aborto.
-Se não é moralmente aceitável matar os que vivem miseravelmente, de FACTO, muito menos pode ser matar alguém por se TEORIZAR que essa pessoa pode vir a ter no futuro, como todos podem, uma vida miserável. Quem usa este argumento, tem de ser contra o aborto.
-Colocar como referência da discussão o grau de desejo que outros possam ter ou não pela nossa existência, é um erro inqualificável. Se o meu direito à vida não depende de outros me desejarem ou gostarem de mim, o do meu semelhante também não. Quem usa este argumento, tem de ser contra o aborto.
-Preferir não ter nascido a ter a vida que se tem, só é possível caso se tenha nascido. Essa preferência é subjectica, auto-contraditória e demoníaca, levando algumas pessoas ao erro do suicídio. Já a questão do aborto é sobre a morte provocada por outro a um ser inocente e indefeso, que não optou nem pediu para morrer por ter medo de arriscar viver. Os bebés reagem e manifestam sofrimento quando são assassinados no útero materno, lutando para continuar vivos. Quem usa este argumento, tem de ser contra o aborto.
-Se ninguém deve mandar em ninguém, então ninguém tem o direito de mandar nos seres humanos que estão no útero materno. O aborto corresponde ao mais cruel acto de imposição de vontade: o mais forte usa o seu poder para acabar com a vida do mais fraco. Quem usa este argumento, tem de ser contra o aborto.
A pessoa que escreveu estes argumentos apresentou excelentes motivos pelos quais deve ser contra o aborto. Esperemos que tome consciência disso.
Simplesmente impecável todo o conteúdo deste blog.
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