sábado, 4 de janeiro de 2014

"Sou nada se não os proteger"



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No dia 21 de Março de 2013, o LifeSiteNews publicou a história inspiradora do génio creditado como o primeiro investigador a descobrir a Síndrome de Down e o momento que o fez, com custos pessoais, tornar-se num combatente pelo Direito à Vida.
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O Homem que descobriu a Síndrome de Down.


Por Peter Barlinski

O mundo era seu. Jovem, elegante, investigador médico dedicado a tentar melhorar as vidas humanas, foi o primeiro cientista a descobrir que a Síndrome de Down é causada pela trissomia do cromossoma 21. Fama, glória e prestígio vieram sobre si. A sua cara foi destacada nas primeiras páginas dos jornais, tornou-se um conselheiro do presidente, recebeu os mais altos galardões em Genética, destacou-se como estudioso, professor e investigador. 

Mas o francês Jérôme Lejeune foi também um homem de verdade, comprometido com os seus princípios. Certo dia, a televisão pública mostrou um filme sobre uma mulher grávida de uma criança com Síndrome de Down. Esta mãe queria abortar o seu filho, mas as leis da época protegiam a vida. Depois do filme seguiu-se um debate, durante o qual pessoas que se percebiam ser influentes e poderosas advogavam pelo aborto daquela criança. No dia seguinte, um jovem rapaz com Síndrome de Down irrompeu pelo atarefado gabinete do dr. Jerome, com o rosto coberto de lágrimas. 

-"Por que choras"- perguntou o médico. 

O rapaz, com cerca de 10 anos, não se recompunha, pelo que a mãe respondeu:

-Ele viu o filme e não consigo fazer pará-lo chorar.

Nesse momento, o miúdo atirou-se aos braços do médico e conseguiu dizer entre soluços:

- Eles querem matar-nos. Tem de nos salvar porque somos demasiado fracos. E nada podemos fazer.

A filha do Dr. Jérôme, Clara Lejeune Gaymard, lembra-se do dia em que o seu heróico pai se tornou a voz dos não podem falar. Clara recordou, numa entrevista em 2011, que nesse dia o seu pai veio almoçar a casa. Lembra-se da sua cara de branco pálido enquanto relatava à família o que tinha acabado de acontecer no gabinete. Foi então que ele terá dito as palavras que a filha jamais esquecerá. "Sou nada se não os proteger". Clara diz que deste momento em diante o Dr. Jérôme tornou-se incondicionalmente contrário ao aborto.

Por causa desta sua posição pública, a carreira do Dr. Jérôme começou desde logo a ser atacada por aqueles que lhe tinham prestado louvores recentemente. Perdeu fundos para continuar a sua pesquisa. "Tornou-se um pária  mas aceitou essa condição por pensar que cumpria o seu dever", lembra Clara que, em 1997,  na biografia do seu pai intitulada "A Vida é uma Benção, a Biografia de Jérôme Lejeune", escreveu: "Eis um homem que devido às suas convicções, as quais o impediam de seguir as modas da época, acabou socialmente banido, abandonado pelos amigos, crucificado pela imprensa e impedido de trabalhar por falta de fundos". 

Apesar da hostilidade e ostracismo dos seus pares médicos, o Dr. Jérôme continuou corajosamente a falar publicamente contra o aborto, não apenas na França, no resto da Europa e fora desta. Como perito, em 1989, num julgamento relacionado com aborto nos EUA, testemunhou o seguinte:

-Eu sei que são bebés, há seres humanos congelados, é a única coisa que sei. E eu diria que a ciência tem uma concepção do homem muito simples. Assim que é concebido, um homem é um homem.

Como cientista comprometido com a verdade, o Dr. Jérôme sabia que todas as provas apontam para o facto de uma nova vida no útero ser um humano único e irrepetível. O seu conhecimento científico impedia-o de transigir com a destruição de qualquer um deles.

Continuando a lutar a favor das crianças com Síndrome de Down, ficou devastado por ver a sua descoberta genética usada para detectar a síndrome em bebés por nascer, com o objectivo de as seleccionar para abortos. As estatísticas indicam que cerca de 90% das crianças com Síndrome de Down são rejeitadas e destruídas pelos seus pais, tudo porque têm um cromossoma extra. "Eles erguem a bandeira do racismo cromossómico como se fosse a bandeira da liberdade", escreveu uma vez. o Dr. Jérôme. "Que esta negação da medicina -de toda a irmandade biológica que liga a família humana- seja a única aplicação prática do nosso conhecimento, está para além de desolador". 

O Dr. Jérôme via cada vida como uma bênção, reconhecendo as pessoas com um cromossoma extra como tendo algo de bom a dar ao mundo. As estatísticas também indicam que 99% das pessoas que sofrem da síndrome são felizes e demonstram satisfação pelas suas vidas. Uma surpreendente percentagem de 97% das famílias que têm crianças com esta condição declaram que os seus filhos "enriquecem as suas vidas", independentemente do tempo que vivem.

O Dr. Jérôme morreu em 1994, com 67 anos. A sua vida de trabalho e convicções inabaláveis sobre o valor da vida humana não passaram despercebidas aos olhos da Igreja. Em 2004, o cardeal francês Fiorenzo Angelini ordenou a abertura do seu processo de beatificação, o primeiro passo para se ser reconhecido como santo da Igreja Católica. "Ele foi um homem de ciência que viveu heroicamente a Fé Cristã na sua profissão, com simplicidade e alegria, servindo a vida com devoção por inteiro e sem interesses pessoais", disse o clérigo.

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Defensores das crianças com Síndrome de Down incentivam-nos hoje a seguir o exemplo do Dr. Jérôme,  o de não ter medo de acolher aqueles que têm um cromossoma extra.

Segundo Monica rafie, co-fundadora do "Ministério Não temais", uma defesa autêntica e efectiva destas crianças deve começar pela protecção e acolhimento específico às que se encontram no útero.




1 comentário:

  1. Poderiam, por favor, ajudar a divulgar esta campanha: http://www.citizengo.org/pt-pt/2308-fim-do-aborto-gratuito ?

    Muito obrigado!

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